Anastasia - 27

803 87 3
                                    

Anastásia

Eu não posso acreditar que é ele, e que ele está aqui, que me reconheceu. Se eu o reconheci,claro que ele ia me reconhecer, deixa de ser boba Ana. Droga, o que farei. Isso de novo não. Me escondo atrás do armário em que quando eu era pequena, eu me escondia. A diferença que antes, era dentro do armário, hoje já não dar.

- pelo que vejo, você recorda de mim né boneca. Eu demorei a sair, mas agora o tio voltou para terminar o que não pude com você. Eu sofri lá, aquele lugar é um inferno. Mas eu so podia pensar em você boneca.

Ouço os passos dele, eu fecho os olhos e começo a chorar em silêncio. O medo está tomando conta de mim.

- Não torne as coisas difíceis Aninha, prometo não lhe machucar.

Procuro por meu celular, mas eu não encontro. Merda! Eu preciso que alguém me ajude. Ele não pode me machucar. Por favor!
Antes que eu possa pensar novamente, sinto meu cabelo sendo puxado. Me apavoro e tento me soltar, mas é em vão.

-Me solta, está machucando. O que você quer de mim? Me deixa em paz.... -Peço chorosa e me debatendo.

- Eu pedi com carinho, você me fez procurar por você. E você sabe que odeio esses seus joguinhos.

Ele me joga num sofá velho que tem aqui e me olha malicioso, eu tento fugir, mas ele me empurra com mais violência, eu gemo de dor e tento me afastar dele enquanto choro.

- por que o choro querida, eu nem comecei.

Ele diz desabotoando o cinto e abrindo a calça. Como ele fazia antes, fecho os meus olhos, isso de novo não. Ele não ... ele não pode fazer isso comigo. Ele caminha para perto de mim e tenta me beijar, mas eu o afasto e isso o faz sorri incrédulo e sem delongas ele me dar um soco no rosto. Eu choramingo.

- Você é uma merda irritante, sempre foi. Agora ver se você fica na sua ou eu vou pegar pesado. Eu vou fazer você pagar, eu queria que a Vadia da sua mãe estivesse aqui, para ela ver o que um dia ela me impediu de fazer com você. Mas já que ela não está aqui. Vou deixar o estrago para ela ver depois, enquanto isso vou fazer o que eu sempre quis a anos atrás, agora será melhor. Prometo fazer com carinho boneca .

Ele sorri, um sorriso diabólico que minha alma senti calafrios e medo, ele segura meu pescoço forte enquanto beija meu rosto e desce pro meus seios , eu me contorco e tento empurra-lo de cima de mim quando sua mão desce para minhas partes íntimas, eu aperto minhas pernas para não dar passagem a ele, mas ele aperta mais meu pescoço me fazer quase não respirar. O medo me domina .

-Pare, por favor..... P-por Fa-vor... -sussurro em súplica.

-então colabora porra!. - ele diminui a pressão no pescoço enquanto me olha.

- Não, eu não posso.... Me deixe ir. -Sem esperar, eu arrumo forças e dou um soco nele, ele se afasta de mim, eu tento sair, mais José é mais rápido. Ele pode nos ser tão alto que eu, mas ele é rápido e tem força, apesar da idade ..ele consegue agarrar minha blusa e me faz cair. Ele me olha tão irado que ele começa a me chutar, eu grito para ele parar, mas quanto mais grito, mas ele me bate, eu lembro do meu bebê e protejo minha barriga. Cansado, ele para e me puxa como se fosse um saco de batatas e me joga no sofá, no ato bato minha cabeca e levo a mão ao local ferido e vejo muito sangue, eu choro e reclamo de dor, dói tanto na cabeça quanto no corpo, no rosto e na barriga. Por um momento temo pela minha vida e a do bebê. Acho que hoje é o fim para mim .. com a visão borrada, ainda consigo ver José, o monstro que arruinou minha vida me olhando com aqueles olhar diabólico enquanto caminha até mim com a calça jeans até o joelho e o seu membro de fora, eu choro e tento me afastar, mas não consigo. Meu corpo não me obedece. Minha visão fica escura e eu tento não deixar o sono vim, mas então isso é mais forte que eu, eu tentei ... mas tudo escureceu, Acabou para mim.

....

Tudo parece uma névoa escura, eu não consigo entender nada, ouço barulho de sirenes, não sei se é de Polícia ou ambulância, sinto meu corpo balança, sinto minha cabeça doer, na verdade tudo dói em mim. Ouço um choro próximo de mim, choro de Carla, mas o que Carla faz aqui e por que ela chora ? Por mim ? Mas ela não gosta de mim. Ouço a voz de Jack, o que ele faz aqui ? Eu me desespero, o que ele quer ? Ele veio atrás de mim também. Mas lembro de José e o meu terror e maior.

- Precisamos ir, ela Não está bem. Ela está perdendo muito sangue. -Ouço a voz de Jack.

- A minha filha, vocês precisam ajudar ela.

Eu fico sem entender o por que Carla chora e o por que de Jack está preocupado comigo, mas não tenho tempo para pensar, o sono e a escuridão me consomem.

...

Acordo com o corpo dolorido, parece que o caminhão passou por cima de mim, resmungo de dor, tento abrir os olhos, mas em vão, tudo claro demais para mim. Fico de olhos fechados e tento pensar e organizar meus pensamentos. Nem chego abrir os olhos e olhar para minha mão para saber que estou com agulhas enfiadas em mim. Me pergunto por que ? E o por que estou no hospital. Então lembro, de está sozinha em casa, de José aparecer, dele tentar me violentar, de ele me espancar e de tudo ficar escuro e enfim conseguir o que queria, começo a chorar. E o meu bebê? Ele machucou o meu bebê.... Eu me sinto estranha. Abro os olhos cheio de águas e olho ao redor. Posso ver o típico quarto de hospital, ao lado da minha cama há um sofá e vejo Carla deitada, olhando para janela, posso ver Christian de costa para mim. Ele está no celular e não me percebe acordada. Eu fico apenas observando. Eu me sinto estranha. O que Carla faz aqui, tento me mexer e isso faz barulho. Carla acorda assustada e me olha, Christian faz o mesmo. Vejo ele encerrar a ligação e Carla se aproxima de mim.

- Por Deus Ana, você está bem ? - Não respondo nada, eu apenas olho ambos. Foi uma pergunta boba.

-Ana, você está com dores, quer alguma coisa ? -Christian indaga e eu nego.

- onde está Teddy?

- Teddy está com meus pais. -Assinto sem saber o que dizer. Tá tudo tão estranho.- Ana ...

- Ele conseguiu o que sempre quis, ele conseguiu.... - Digo olhando para Carla que começa a chorar, olho para Christian que está sem expressão, mas posso ver seu punho se apertar. Eu já não choro, não consigo.

- Vou chamar o médico. Christian sai do quarto e Carla me olha.

-Ana... Eu...

- Não diga nada Carla, ele disse que ... o estrago do que ele faria ficaria para você ver depois. Para você lidar. É castigo o suficiente... Eu só queria entender o por que ?

- eu o denunciei, por que ele fez o mesmo com a filha da amante dele, e ela me procurou para falar sobre isso. A menina foi violentada por ele é ela nem sequer soube. Quando descobriu era tarde, ela tentou e ele faltou matar as duas, então ela se calou. Mas ela me alertou e eu não sabia o que fazer, eu não podia acreditar. Eu não queria acreditar. Até que percebi você estranha e eu senti que o pior tinha acontecido. Mas você nunca me disse nada. E eu deixei por isso, então eu apenas fui lá e o denunciei ... levei você para fazer os exames para comprovar, você não entendia nada, era tão pequena, mas nada de pior tinha acontecido. E eu suspirei aliviada. Mas eu me culpava, eu sempre me culpei. Mas eu te amo, e se eu fui uma péssima mãe, foi por que você nunca mereceu uma pessoa como eu. E eu fazia de tudo para que você não gostasse de mim. Por que eu falhei com você e continuo a falhar filha.

- Filha ? Bem, Você fez um bom papel para me afastar. No fim deu certo Carla.
Carla me olha desolada, mas concordou. E eu ainda me sentia mal, algo não estava certo ali.

Uma chance para o Amor Onde histórias criam vida. Descubra agora