Anastasia - 28

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Anastásia

A uma semana descobri que José me fez perder meu bebê, ele bateu na minha barriga e também por conta de toda a situação, eu acabei abortanto.. foi um choque para mim, Christian não estava feliz, ninguém ficou feliz. Eu não estava feliz. Quando eu descobri, eu surtei, chorei tanto , eu estava tão nervosa que tive que ser contida, então depois que acordei conversei com meu pai, vovó conversou comigo, veio Kate e chorou comigo e não me deixou um segundo. Ela contou que Jack me salvou de José, que se não fosse por Jack ter chegado a tempo, aquele monstro teria feio coisa pior. Resumindo ...ele tentou, mas não consumou o ato. Mas ele fez algo muito pior, me tirou meu bebê, tirou a vida que eu carregava dentro de mim, levou a minha vida. Eu teria que agradecer ao Jack por me ajudar, eu nunca pensei que ele seria capaz de tal ato. Sou grata a ele por ter me salvado e por ter dado um fim aquele monstro.

A minha situação com Christian desandou. Eu não conseguia ficar perto dele, não por causa da nossa briga, tinhá algo mas forte ali . Que já não dava mais, Eu perdi nosso bebê, bebê que ele nem sabia que existia, quando soube, já nem existia mais. Ele não mostrou está chateado. Ele ficou triste. Ele chorou,ficou Arrasado talvez, mas eu não estava pensando nele , eu só conseguia pensar no meu bebê. Eu o perdi. Ah alguns dias atrás Christian veio me ver e trouxe Teddy. Ele sempre vinha me ver, mas eu o evitava. Até que ele veio me ver e trouxe Teddy. Mas não foi algo bom.. não nesse momento. Foi golpe baixo, mas nada mudou a decisão que eu tinha tomado.

...

Lembrança On*

Estava deitada na minha cama olhando para o nada como de costume, como eu venho fazendo desde que sai do hospital. Meu quarto estava uma bagunça, eu estava uma bagunça. Sem condições de interagir. Eu passava o dia assim, sem fazer nada literalmente. Eu só dormia e chorava. Eu sentia dores ainda e sem contar que eu estava péssima fisicamente e internamente. Acho que Carla, meu pai e vovó estavam me dando tempo, e eu agradecia. Nem Mia apareceu para me ver, Christian era o único que sempre tentava, mas uma hora ele cansava de receber como reposta poucas palavras que as vezes era sim ou não. Mas ainda sim ele vinha. Não sei por que, talvez remosso ou sei la. Ele não me amava, não tinha o por que de insistir em mim. Talvez ele estava fazendo o papel do pai da criança e tentando ajudar. Mas eu não queria ajuda dele. Se houvesse um bebê ainda, talvez eu precisasse. Mas não tem mais, então. Foi que eu tomei a decisão de acabar tudo. Se tudo estava complicado, piorou. A minha situação piorou. Eu não estava bem para lidar com um relacionamento aonde só existia amor do meu lado. Aonde a gente errou, aonde eu errei para chegar a esse ponto.

Estava na cama quando ouvi barulho, antes que eu pudesse mandar quem fosse ir embora, eu ouvi uma voz e de repente a porta se abriu com Christian e um ruivinho no colo, ele olhava para tudo curioso. Sem condições eu comecei a chorar, meu choro parece que chamou a atenção do bebê que me olhou, então meu coração perdeu uma batida quando ele me olhou e sorriu, e veio a palavrinha que eu jamais ouviria o meu bebê, o bebê que seria irmãzinha (o) de teddy pronunciar.

- Mamá. Mamá.... Ele se contorcia no colo de Christian, eu olhei dele para Christian..

- Ele me chamou de ....

-Sim. Aconteceu quando fui para casa dos meus pais, desde então ele não para. - Christian se aproxima e Teddy se joga para mim, eu o peguei, e o abracei forte e chorei. Era bom ter Teddy, agora é dolorido. Eu não consigo não lembra do meu bebê e isso me machuca tanto. Teddy é um anjo e não tem culpa de eu olhar pra ele e lembrar do bebê.
Fico um longo tempo com ele , até que ele dorme agarrado a mim, Christian e eu estávamos em silêncio e eu senti que era hora da conversa, eu precisava deixar Christian livre, livre para seguir a vida. Eu fui um escape para ele depois da morte da esposa, ele só viu em mim um remédio para amenizar a dor, ele nunca realmente me amou e nem vai. Por que, o quer que ele tenha sentido pela esposa, ainda existe. O que existe entre nos é uma mera atração, uma química. A perda desse bebê não fez bem a mim. Eu estou frágil, eu não posso ficar num relacionamento do jeito que estava antes. Eu preciso encerrar isso aqui, ele precisa seguir, talvez a mulher certa para ele está em algum lugar, talvez seja uma outra pessoa. Mas não eu.

- Eu sei que é um momento complicado, eu não sou a Ana que você encontrou meses atrás, eu não era tão forte assim, mas depois De tudo que aconteceu eu estou sem chão, eu nem sei o que será de mim daqui para frente. No momento eu estou tão frágil, eu sei que você não me ama, que tudo não passa de uma atração, química entre nós. Eu não o culpo Christian, eu entendo ...faz pouco tempo que você perdeu sua esposa, uma amor de tanto tempo não se esquece assim, na verdade nem se esquece, por que amor de verdade e para sempre. Por esse motivo, eu sei que ela é e sempre sera a única. E eu nunca chegarei lá....

Eu não o olho, eu não consigo, solto um soluço.

- Eu amo você tanto e me sinto mal por ter perdido seu bebê, isso mostra que não sou uma mulher boa, que eu não nasci para viver o que há de bom na vida, eu não consigo ser o amor da vida de um homem e nem de ninguém. Eu não nasci para ser mãe. A vida me tira essas coisas e confesso que ando cansada disso tudo. Acho que desde de muito cedo eu fui criada para não receber amor, eu não sou merecedora disso.

- Você é mãe do Teddy, E você é importante para mim. Anastásia o que você quer dizer com essas coisas ? Eu não estou entendendo. Para de pensar essas coisas, todos somos merecedores de amor.

- Eu estou frágil Christian, eu não estou num bom momento. Eu estou me sentindo morta por dentro, eu não consigo desempenhar nenhum papel no momento, nem de filha, nem de irmã, nem de neta, muito menos de mulher e nem de mãe. O que quero dizer é que eu não posso mais, eu não consigo. Isso tudo é mas forte que eu. Conforme o tempo passa a dor só aumenta e eu não consigo. O melhor para Teddy e você é longe de mim. Eu não serei uma boa companhia. Vá viver a sua vida, curta o Teddy da melhor maneira possível. Curta cada momento com ele.

Christian me olha incrédulo e se afasta, ele abre a boca várias vezes e tenta falar, mas nada sai, não depois de ele pensar muito.

- Você não pode nos afastar assim, quem disse que o melhor para nós e longe um do outro ? Teddy te ama, ele precisa de você. Eu preciso Ana, por Deus! Eu não aceito isso, eu também sofro com a perda, eu perdi meu filho, ele era tão meu quanto seu. Olha para mim ....

Eu o olho e o posso ver ele chorando. Eu estou do mesmo jeito. Eu aperto Teddy mais forte, talvez esse seja nosso último abraço.

- Eu amo você Ana, eu não vi isso, não antes, mas no ano novo longe de você, eu percebi que eu te amava, só ainda não tinha caído em si.

Sorrio amarga, e balanço a cabeça.

- V-você acha que ama, mas não ama Christian. Você diz isso para amenizar as coisas, mas a decisão está tomada. Eu sinto tanto... mas eu não consigo. Eu irei ver Teddy, quando der eu vou. Mas .....

Ele parece pensar um pouco, ele me olha e posso ver em seu olhar o coração dele quebrado, ele se aproxima de mim, por um momento eu penso que ele vai arrancar Teddy de mim, mas ele senta a minha frente e afaga meu rosto,ele descansa a testa na minha, eu fecho os olhos.

- Por favor Ana, nos podemos passar por isso juntos.

- Eu sinto muito.... Eu não posso....

começo a chorar. Ele beija minha testa e pega Teddy no colo, eu beijo a cabeça de teddy e o deixo ir. Antes que ele passe pela porta ele me olha.

- Eu estarei esperando por você.

Lembranças off

....

Naquela noite eu entrei numa situação crítica. Chorei até dormir, mas vazia do que tudo, tive o pior pesadelo da minha vida, eu sonhei com meu bebê, eu sonhei que Christian, Teddy e Leila como família E eu era humilhada e deixada de lado por eles. Foi um sonho cruel, muito cruel. Sonhei com o monstro do José e todo acontecido, sonhei com a situação que eu me encontrava antes de conhecer christian, da dor de cabeça que eu era para meus pais, para minha vó. E da situação que estou agora, ninguém merece uma pessoa fraca e fracassada como eu. Eu acordei naquela noite em prantos, eu tinha tomado uma decisão. Eu iria dar um fim a tudo aquilo. Seria fácil, eu precisava fazer aquilo. Caminhei até meu banheiro e liguei a torneira, peguei o frasco de qualquer remédio que o médico passou e outro para dor por eu ter feito um procedimento médico depois do aborto. Eu peguei uma quantidade suficiente dos dois para o que eu queria, então eu tomei de uma vez só, e eu sentei ali esperando pelo pior.

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