P.O.V. Helena.
A Gi voltou. Ela voltou mais animada, provavelmente porque estava com o Mário e o Lucas. Ela os conhece a poucos dias, mas já adora os dois.
- O Lucas parecia desanimado, né. - Bia senta no sofá ao meu lado.
- Eu acho que ele ainda gosta da minha irmã, só está confuso.
- Não sei não, Gi. - Eu disse.
- Na verdade, eu tenho certeza disso.
- Você ainda é pequena para entender essas coisas. - Bia.
- Pelo contrario. Por eu ter 13 anos, eu entendo as coisas com mais facilidade.
- Eu não quero me iludir, Gi. É melhor acreditar nele e pronto.
- Tá legal, mas é o que eu acho.
(...)
19:52P
assei o dia inteiro assistindo. Nada me animou.
A campainha toca, então vou atender.
...
- O que você quer? - Era o Henrique.
- Conversar com você.
- Toda vez é isso. Você é totalmente idiota e um dia depois aparece na minha casa para conversar. Mas tanto faz.
- Deixa eu entrar?
- Entra, entra.
Ele entra e se joga no sofá e coloca os seus pés emcima da mesinha e centro.
- Traz uma água para mim?
- Deixa de ser folgado! Tira os pés de cima da mesa e levanta do sofá. Vai ficar com sede agora.
- Desde quando você está chata desse jeito?
- Cala a merda dessa boca, Henrique. Vai embora.
- Calma, deixa eu te falar uma coisa.
- Fala, mas fala rápido.
- Não foi só na festa que eu te trai com a Luiza, e eu fiquei com mais umas 3 garotas, não precisei de você.
- Você veio na minha casa para esfregar isso na minha cara?
- Vim.
- Então vai embora agora! - Grito.
- Calma. Não precisa ficar assim.
- Henrique, vai embora.
- Só depois da minha água.
- Sai daqui, Henrique!
- Calma, daqui a pouco a Gi aparece aqui.
- A Gi saiu com a Bia, mas daqui a pouco elas estão por aqui mesmo então vai embora!
- Mas a minha água. - Ele provoca mais ainda.
- Quer saber, Henrique. Eu não quero saber o com quantas de garotas você me traiu, eu não estou nem ai. Eu nunca gostei de você de verdade.
- Sério? Legal, estamos combinando agora! - Ele abre a porta e sai.
- Fecha a porta! - Grito, mas ele iguinora.
Peguei meus fones, meu celular e um moletom.
Sai de casa e comecei a caminhar. Eu queria ficar longe de tudo.
Eu caminhava e pensava em muitas coisas ao mesmo tempo, mas com os segundos, a musica tomava conta da minha dos meus pensamentos e apenas memórias se passavam como um filme na minha cabeça.
Praia. A praia era meu lugar preferido, então fui até lá. Ela me trazia algumas memórias boas, e as ruins, eu nem lembrava mais.
Eu vi o Lucas. Ele estava sentado na areia de frente para o mar. Por alguns segundos eu me perguntei se não estava pensando demais nele, então vejo que não. Ele realmente estava ali. Começo a me perguntar o que ele fazia lá. Com fones de ouvido, eu não tenho medo de nada, então fui até ele e sentei ao seu lado.
P.O.V. Lucas.
Ouvi alguns passos na areia atrás de mim, e logo, senti alguém do meu lado.
- O que você faz aqui? - Ouço a voz da Helena.
Eu a olho. Era bom estar ao seu lado, mesmo depois de ontem. - Eu que te pergunto.
- Você sabe que aqui é o meu lugar preferido. E melhor para pensar um pouco, principalmente a noite. É mais bonito. Agora o que me surpreende e você aqui. - Ela responde.
- Eu vim fazer a mesma coisa que você. Pensar um pouco. E também...eu gosto dessa praia, ela me lembra voc- Não termino de falar. - Nada.
- Ah..legal. - Ela estranha. - Você ainda está mal por causa de ontem?
- Por incrivel que pareça, eu não estou me importando muito com a Luiza, eu já falei com o Mário e vi que com a Gi, está tudo ótimo. Então..não.
- Não parece. Você mesmo disse que veio pensar um pouco.
- Tá legal. Não muito.
- Você pode me falar por que?
...
- Deixa pra lá.
- Tá, tudo bem. Sobre ontem a noite...a gente pode continuar amigos, né?
- Por mim, claro que sim. Quem não quer ser seu amigo? - Digo e ela sorri.
Eu começo a reparar em sua face. Faz tempo que não a via daquele jeito, sorrindo daquela forma. Seus traços, cabelo, tudo era muito bonito.
Ela percebe meu olhar, então volta a sua atenção ao mar.
Eu não conseguia parar de observa-la. Foram alguns segundos, mas para mim, o tempo passou bem devagar.
A cada segundo, eu chegava mais perto dela. Eu não sabia ao certo o que queria, mas eu tinha quase certeza que minha vontade era de beija-la.
Ela me olha novamente, então nossos rostos estavam muito pertos um do outro. Eu tinha vontade de ter seus lábios nos meus, então quando percebo, eu já tinha o que desejava.
Um beijo lento aconteceu entre nós. Naquele momento, eu percebi que aquele beijo, era o que eu queria a muito tempo, e ele foi um dos mais verdadeiros que já me aconteceu. Mais uma vez, eu percebi que tê-la daquele jeito, era tudo o que eu queria.
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Wi-fi (T3ddy)
Random01/05/2022 Ela nunca imaginou todo o caos que viveria por aquele vizinho.