O Soberano da Cosa Nostra - Os Mafiosos, 3

Capítulo vinte e oito

No fim, tudo que Lorenzo e eu tivemos foi um pequeno resfriado devido à chuva gelada, o doutor Francis receitou um remédio, muito líquido e repouso.

No entanto, Lorenzo não entendeu bem a parte do repouso e ficamos uma semana no quarto, trancados. Eu nunca imaginei que ele fosse tão... insaciável. Lorenzo cumpriu com a promessa de testar todas as posições do Kama Sutra e eu não seria hipócrita em dizer que não gostava daquela sua fome por mim.

Eu adorava.

Contudo, naquela sexta de manhã, ele havia ido resolver algumas coisas na empresa Cattaneo e eu fiquei para ler as correspondências e para a minha surpresa havia um convite para uma festa de aniversário de Luigi.

Seria naquela sexta à noite.

Teríamos que ir de uma forma ou de outra, uma desfeita dessas poderia não ser vista com bons olhos, mas eu precisaria preparar as roupas e comprar o presente...

Alguém me abraçou por trás enquanto eu arrumava a correspondência na mesa e pensava em qual vestido usar. Dei um gritinho e olhei por cima do meu ombro, Lorenzo tapou a minha boca com a sua mão e riu baixinho.

— Eu te assustei? — o teu perfume inebriou todo o ambiente.

Lorenzo estava de terno e era louca a forma que ele ficava sexy quando usava aquelas roupas.

Revirei os olhos e Lorenzo tirou a mão da minha boca.

— É claro — falei com um sorriso — você disse que só vinha para o almoço.

Lorenzo suspirou.

— Eu felizmente resolvi tudo que eu precisava — logo seus lábios encontraram meu pescoço e eu dei uma risadinha devido às cócegas que eu sentia naquela região — e aquele escritório é muito chato sem você.

O puxei para mais perto de mim, confesso que passar aquela manhã sem ele não havia sido nada divertido.

— Preciso te dar uma coisa.

Lorenzo afastou-se de mim apenas para tirar algo de dentro do bolso do terno, assim que suas mãos saíram, uma caixinha de veludo preto estava ali.

Ergui as sobrancelhas, curiosa.

Ao abrir a caixinha o meu coração deu um salto no peito, havia duas alianças finas de ouro, na maior havia o meu nome e na menor o nome de Lorenzo, olhei para ele emocionada.

— Prometi comprar a aliança para você e acredito que demorei tempo demais — ele murmurou pegando em minha mão — mas penso que agora ela faz muito mais sentido, você é minha esposa e eu sinto isso agora.

— Ah — funguei.

— Você é linda, sabia? — sua voz foi apenas um sussurro.

Lorenzo tirou a aliança menor e colocou em mim, seus lábios beijaram os nós dos meus dedos e um calor subiu pela minha espinha. Retirei a aliança maior e a coloquei no seu dedo, acariciei sua mão e observei o anel por uns momentos, uma emoção começou a tomar conta do meu corpo, Lorenzo era o meu marido, e não só no papel, ele realmente era meu.

Eu não tinha dúvidas de que quando ele estava me beijando, me acariciando ou dentro de mim, era no meu rosto que Lorenzo pensava, era eu quem ele desejava. Inúmeras vezes ele gemeu o meu nome baixinho só para me deixar mais louca ainda.

Lorenzo finalmente era meu.

Ele havia se mudado oficialmente para o meu quarto, nosso quarto. E eu preferi assim, queria viver nossa história em um lugar nosso, não em algo que já pertenceu a outra pessoa, com memórias envolvendo outra mulher.