O Soberano da Cosa Nostra - Os Mafiosos, 3

Capítulo vinte e nove

Assim que chegamos na casa de Luigi, Lorenzo sussurrou no meu ouvido:

— É difícil resistir a você quando usa um vestido desses.

Uma risada escapou dos meus lábios e eu resolvi ignorar o arrepio que subiu pela minha espinha, que apenas Lorenzo conseguia provocar.

— É sério, Lianna, você fica deliciosa de vermelho.

Olhei para ele com um sorriso malicioso nos lábios.

— Bom, você me diz que fico deliciosa de vestido vermelho, com a camisola... — Franzi a testa. — Hum, e também com aquele vestido que você quase destruiu no seu escritório naquela noite. — Lorenzo deu uma risada maliciosa e apertou minha cintura. — Fica difícil não mexer com a sua mente maliciosa.

Lorenzo beijou a ponta do meu nariz, carinhosamente.

— Verdade, o problema é que até com um saco de batatas você ficaria deliciosa, porque você é simplesmente a mulher mais linda e sensual que eu já conheci.

Olhei para Lorenzo em choque e sem reação.

Nesse momento, Dante e Marina se aproximaram de nós, os dois nos olhavam com curiosidade, Marina sorria genuinamente feliz pelo brilho no olhar de Lorenzo.

— E aí irmãzinha, melhorou do resfriado? — Dante perguntou.

Abri um sorriso tentando me recompor.

— Hã... sim — falei — estou novinha em folha, pronta para outra.

Lorenzo bufou.

— Não está não.

Sua mão na minha cintura se apertou e Dante arqueou as sobrancelhas escuras, Marina observava tudo com divertimento.

— E como está a vida com esse carrasco do meu irmão? — dei uma risada e olhei para Lorenzo.

— Até que ele não é tão ruim — falei com um sorriso.

Lorenzo me olhou com um brilho faminto no olhar.

Dante deu uma tossida.

Olhei para ele envergonhada, Lorenzo queria ser discreto no início da nossa relação, ele não queria ter que contar para todos que havia desistido de continuar amando a ex-esposa por ela ter sido infiel a ele.

Lorenzo também não queria que as pessoas pensassem que ele estava me usando como muleta para esquecer o antigo relacionamento. No entanto, não estávamos sendo nada discretos e tanto Dante como Marina estavam percebendo algo rolando entre nós.

Um sorriso amarelo surgiu no meu rosto.

— Futura cunhada, vamos conversar a sós.

Marina me pegou gentilmente pelo braço e me levou até um canto discreto.

— O Lorenzo se apaixonou por você, não foi? — Ela perguntou com um gritinho.

Gaguejei e não saiu nada da minha boca.

— Eu sabia, eu percebi o jeito que ele estava te olhando — ela deu uma risada — ele merece ser feliz e que bom que é com você, não tenho dúvidas de que vocês merecem.

Sorri.

— Obrigada, Marina — murmurei — preciso te perguntar uma coisa...

Contudo, Marina apertou um pouco mais o meu braço, olhei para ela assustada, seu rosto estava sério e ansioso.

— Estou com uma coisa para entregar ao seu marido — ela começou, era nítido o seu nervosismo — é um pen drive, mas tenho medo de que isso acabe estragando a relação...