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– É isso que eu ia contar, é a namorada dele.

[Nome] deu um estralo com a língua, e assentiu. Ela não poderia julgá-lo, muito menos cobrar Wakasa disso. Eles não tinham mais nada e havia se passado um ano.

Ele havia seguido em frente. Pelo menos no pensamento dela.

– Ah sim, mas enfim. – a mesma coçou a nuca e o encarou – Precisamos conversar, está ocupado agora?

– Akashi? – o moreno negou com a cabeça – Não estou.

– Takeomi, tem uma toalha para me secar ou alguma coisa que eu possa eu vestir? – virou-se para o balcão e antes do moreno responder, Wakasa interrompeu.

– Tenho roupas reservas no carro, um minuto. – ele saiu do estúdio, indo fazer o que havia dito.

– Namorada. – [Nome] repetiu em voz alta e suspirou. Pegou o maço de cigarro de Takeomi e ele olhou indignado.

– Ei! – exclamou e ela o guardou do bolso.

– Eu vou precisar disso mais que você. – deu as costas para Akashi e foi até a porta pegar as roupas que Wakasa havia ido buscar, voltou e foi até o banheiro vesti-las.

Quando ela vestiu a camiseta branca, sentiu o cheiro dele depois de muito tempo. [Nome] abraçou a própria cintura, percebendo que aquilo séria a última vez que vestiria algo dele. E logo depois, colocou a calça moletom preta, e pôs o maço de cigarros no bolso dela.

– Vamos? – Wakasa chamou, pegando a chave do balcão.

– Pode ir na frente. – disse desbloqueando o celular – Me encontra na cafeteria, vou de táxi.

– Não precisa, [Nome], vamos resolver isso logo. – quando tirou os olhos do celular, e o encarou, viu seu olhar cabisbaixo, a fazendo desistir do táxi.

Quando entrou no carro, sentou no banco de trás. Já que o da frente, não pertencia mais a ela. O caminho até a cafeteira nunca havia sido tão longo e desconfortável. [Nome] havia passado o olho pelo carro, percebendo ter coisas que julgava ser de Nicole. Elástico de cabelo, lixa de unha, um batom e um óculos de sol. Wakasa as vezes a encarava pelo retrovisor, sentindo um aperto no peito toda vez que a via, e pior ainda quando ela encarava de volta.

Ele pensava o caminho inteiro o que iria acontecer depois daquela conversa.

Será que ela já estava com outra pessoa? E se estivesse, ela estaria na mesma situação que ele? Wakasa tinha tantas perguntas a fazer, mas não faria nem a metade delas.

Quando chegaram na cafeteria, ambos sentaram nas cadeiras, ficando frente a frente.

– Boa tarde! Vocês querem algo? – Wakasa negou.

– Um cappuccino e um sanduíche, por favor. – a mulher anotou e assentiu – Obrigada. – como já estava tudo pronto, o pedido chegou mais rápido do que o esperado. – Aqui. – a mesma arrastou o prato para frente de Wakasa que olhou confuso.

– O que tá fazendo? – ela revirou os olhos e pôs o prato mais perto.

– Come, você está muito magro. – ele arqueou as sobrancelhas e ela levantou de forma razoável, puxando a parte de baixo do olho dele – E possivelmente anêmico.

– Pensei que tinha ido fazer música, não medicina. – ele riu e [Nome] mordeu o inferior da bochecha, segurando a risada.

– Idiota. – arrumou a postura, dando um gole em seu capuccino. – Imaushi.

– Hum. – respondeu, dando uma mordida no sanduíche.

– Por que não me contou o que havia acontecido naquela noite? – ele levou o olhar até ela, que tinha seus olhos cabisbaixos.

𝐈𝐓'𝐒 𝐒𝐎 𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓, wakasa imaushiOnde histórias criam vida. Descubra agora