– Você de novo. – Sanzu bufou ao ver [Nome] na porta de sua casa. – Se deu certo, por que está aqui?
– Não deu certo. – o rosado saiu da frente da porta para que ela entrasse e fosse em direção ao quarto dele.
– O que aconteceu? – fechou a porta e a viu sentar-se em sua cama, agarrando o travesseiro branco e macio que encontrava-se em cima dela.
– Não quero falar sobre isso. – Sanzu franziu as sobrancelhas, porém percebeu a garota apertar a almofada fortemente. – Me empresta “Nossa Última Carta” que você escreveu, não consegui comprar ainda.
– Toma. – entregou o livro nas mãos da garota, que se indiretou-se para começar a ler. – Fiquei surpreso que você lia meus livros, sabia? – [Nome] olhou para ele, arrumando o fio solto que atrapalhava sua visão.
– Bom, eu li um, e me interessei pela forma que você escreve. – ele sorriu de satisfação, sentando-se na cadeira em frente a escrivaninha.
– Já que você vai ler, vou continuar trabalhando. – o mesmo voltou a escrever seu livro, enquanto [Nome] supria suas mágoas através de páginas com um romance com final dramático. – Da pra soluçar mais baixo, porfavor. – ele girou na cadeira, percebendo que [Nome] havia deixado o livro de lado, e estava chorando por algo completamente diferente.
Ela estava deitada, agarrando nas pontas do travesseiro. Sanzu tirou os óculos e os colocou sobre a mesa, e levantou-se, sentando ao lado dela na cama. Passou as mãos sobre o cabelo hidratado da garota e desceu a mão, limpando a lágrima que estava escorrendo do rosto dela, que não adiantou, já que outra já vinha logo em seguida.
– Quem terminou, você ou ele? – ela não olhou para ele e respondeu.
– Fui eu. – Haru não escondia sua expressão de surpresa em relação a resposta. Ela continuava a falar, porém contou como foi a conversa. Sua voz estava embargada e baixa, mas Sanzu a escutava com toda atenção.
– Se sentia tudo isso, por que decidiu voltar? – finalmente, seus olhos cruzaram com os dele.
– Porque eu não conseguia deixa-lo. – confuso, Sanzu franziu as sobrancelhas – É como se eu tentasse tirar a mão dele de mim, mas ele não quer soltar. Porém eu também não queria que ele me soltasse. – ela sentou na cama, ficando frente a frente com Wakasa – Eu pensei que conseguiria deixar todo o passado, no passado, mas não consegui.
– Pelos meus três anos de faculdade em psicologia, eu diria que você é dependente emocional do Wakasa, mas eu também faltei na maioria das aulas, então eu não confiaria muito. – [Nome] finalmente havia soltado uma risada, rasa, mas uma risada, fazendo Sanzu ficar satisfeito com aquilo.
– Por que parou com a psicologia? – ele deu de ombros.
– De louco já basta eu, cuidar de outros malucos não é pra mim. – [Nome] riu revirando levemente os olhos.
– Faz sentido. – sorriu brevemente, encarando os olhos de Sanzu – Mas você seria um ótimo terapeuta, me ajuda bastante, quando preciso.
– [Nome], transar não vai resolver seus problemas. – ela riu, depositando um tapa no antebraço do garoto, o fazendo sorrir de volta.
– Não tava falando disso, seu idiota. – com segundos de contato visual, a mão de Sanzu foi de encontro com o rosto de [Nome], acariciando a bochecha da garota.
– Eu te beijaria agora. – os olhos dela arregalaram-se levemente – Mas não posso, seria incoveniente. – ele deu uma leve risada, tirando suas mãos do rosto de [Nome].
Era difícil para Sanzu aceitar que seus sentimentos nunca seriam correspondidos, e aquela transa que tiveram ano passado, foi apenas uma transa. O rosado sempre teve uma queda pela garota, desde novos, porém apenas apenas um crush platônico, sempre a admirou em segredo, sentia sempre seu coração palpitar maia forte quando a via, principalmente quando ela cantava, mas com um adolescente frio, que nunca entendeu os próprios sentimentos, nunca pensou o que aquilo seria. Porém, esse "problema" se agravou na visita que ela havia feito há 12 meses atrás.
Todos seus romances trágicos, refletia em seus sentimentos por ela. Amybeth amou os Scott por 7 anos, mas nesses 7 anos, ela conheceu um garoto, que no final das contas a amou em segredo, ele havia sido apenas um amigo que a aconselhava. Familiar, não? [Nome] não notou isso quando leu o livro, ou talvez não lembrasse direito do garoto do livro, já que sua vida romântica refletia na história do casal principal, então o personagem secundário não iria fazer um impacto maior que eles.
Sanzu nunca acreditou que [Nome] realmente o amaria um dia, já que não fazia sentido. Foi apenas uma foda. O caminho estava livre para ele tentar algo agora. Mas como ele disse, era incoveniente. Ela estava vulnerável, seus sentimentos estavam confusos. Ele iria ser uma grande idiota de fizesse algo. E Haru, tinha noção disso.
– É melhor você ir. – [Nome] o encarou, vendo-o desviar o olhar e levantar-se da cama, voltando para sua mesa de trabalho. Ela suspirou e também levantou-se.
– Até mais. – beijou o topo da cabeça do garoto, antes de sair pela porta do quarto. E deparar com uma surpresa nada agradável.
– Que porra é essa? – ela arqueou as sobrancelhas, vendo Wakasa sentado no sofá, junto a Akashi que estava tão surpreso quanto.
– Não lhe devo satisfações, Wakasa. – deu as costas e ouviu os passos do garoto indo até ela, e ambos saíram da casa. – Por que diabos me seguiu?!
– Você acabou de terminar comigo e já veio atrás de outro cara? – Imaushi parou em frente a ela, esperando alguma resposta.
– Vim conversar com um amigo.
– Você já teve algo com ele? Não teve? Você não esteve aqui antes atoa. – suspirou fundo e o encarou.
– Nós transamos uma vez. Quando você terminou comigo. – Wakasa arqueou as sobrancelhas. – Por que a surpresa? Você havia terminado comigo.
– Mas porra! Na mesma noite? Que amor era esse que você tinha por mim? – ela o encarou surpresa, e suspirou fundo.
– Eu estava pensando o que eu iria fazer depois daquela conversa, HUMILHANTE! – ela pôs seu dedo sobre o peitoral de Wakasa – Eu andei quadras, sozinha, de madrugada. E a porra de três homens bêbados, velhos e idiotas estavam querendo foder comigo, e provavelmente se Sanzu não tivesse aparecido, eu teria sido estrupada da pior forma possível. – conteu-se e colocou as mãos no bolso da calça que usava – Eu não planejava transar com o Sanzu, porém, juntou bebida, cigarros e depois sexo, não tive a intenção, mas aconteceu, sinto muito se você acha que isso anula tudo que eu senti, e ainda sinto por você.
[Nome] sempre dava a última palavra nas discussões, mas dessa vez, não. Quando virou de costas para o garoto, ela não viu a expressão que o mesmo havia feito. Fechando os olhos para conter sua fala que seria inusitada, ele contorcendo os lábios e relaxando o rosto.
– Eu te amo, [Nome]. – a mesma que já tinha dado as costas, segurou o choro – Eu fui um babaca com a Nicole, e com você, mas desta vez, não vou ter seu irmão super protetor pra fazer eu me afastar de você da pior maneira. Nada vai me fazer ir embora de novo. Eu prometo.
– Wakasa, eu não confio mais em você. – com os braços cruzados, ela apertou suas mãos, esmagando seu antebraço. – Eu não confio mais em promessas vazias como essa, tá tudo diferente na minha cabeça agora.
– Deixe-me reconquistar sua confiança. – ele levou sua mão vagamente, até a dela, que estava apertando seu antebraço, cravando-o com as próprias unhas – O que eu posso fazer?
– Você lembra como fez pra conquista-la? – Wakasa franziu as sobrancelhas e pensou, balançando negativamente a cabeça– Pois é, nem eu.
Os dois olhares vazios se encontraram e ambos suspiraram. Aqueles olhares que antes brilhavam um pelo o outro, não estão mais ali, estão perdidos, sem saber o que fazer para todo aquele brilho voltar.
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𝐈𝐓'𝐒 𝐒𝐎 𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓, wakasa imaushi
Fanfiction-𝐈𝐓'𝐒 𝐒𝐎 𝐒𝐖𝐄𝐄𝐓 | +𝟏𝟖 [Nome] sempre pensou que se sentir atraída por alguém mais velho era errado, porém não se contia quando via o melhor amigo do seu irmão mais velho, que por coincidência pensava o mesmo sobre ela. Por um acaso ela aca...