Capítulo 13

154 17 3
                                    

GIORDANA HÉRNANDEZ - semanas depois

— Viu o que saiu na mídia sobre você e Iago?

O sol já estava alto quando acordei com o som insistente do meu celular. Era minha irmã. A conexão entre nós é quase telepática, então não me surpreendeu que ela estivesse ansiosa para falar comigo.

— Sim, eu vi — respondi, tentando disfarçar o tom preocupado na minha voz. As notícias tinham chego à minha família, e agora todos pareciam estar envolvidos na situação.

— Fica tranquila, Jane já está cuidando de tudo com a mídia. — - voz da minha irmã soava calma, como se isso fosse apenas mais um obstáculo a ser superado.

— Obrigada, Gi. E como estão todos? — perguntei, enquanto meus pés me levavam instintivamente até a varanda. O ar fresco da manhã me envolveu, trazendo consigo a tranquilidade que eu precisava.

— Mamãe liga todas as manhãs dizendo que está com saudades. Estamos todos bem, afinal, o aniversário de Vito está chegando!

Sorri ao imaginar minha mãe, sempre tão carinhosa, tentando preencher o vazio que a distância entre nós havia criado.

— Ótimo, nos veremos lá então. Também estou morrendo de saudades, você não sabe o quanto — confessei, observando a vastidão da paisagem que se estendia diante de mim. — Eu amo vocês.

— Também te amamos! Não é, filho? — ouvi a risada gostosa do meu sobrinho ao fundo, o som puro e inocente que me fez abrir um sorriso. — Tenho uma novidade! Luna está grávida novamente, acredita?

— Meu Deus — soltei uma gargalhada, imaginando o caos que aquilo traria. — Donato deve estar louco, não é?

— Um pouco. Mas eles estão construindo a própria família... Ah, sim! Mandem elas entrarem — Gi começou a falar com alguém que devia estar na porta. — Maninha, tenho que ir, minha sogra e minhas cunhadas vieram passar o dia comigo! Depois a gente conversa mais. Beijo, se cuida. Te amo.

— Vocês também. Tchau. — desliguei a chamada e voltei para o quarto, onde encontrei Iago, sentado na cama, me observando com aquele sorriso que sempre mexe comigo.

— O que faz aqui? — perguntei, não conseguindo evitar o sorriso que se formava nos meus lábios.

— Não posso ver minha esposa? — ele se levantou, se aproximando com passos lentos e calculados, até que suas mãos envolveram minha cintura. — Estava com saudades.

— Eu também! Mas hoje irei na casa da sua tia Maryam — disse, ao mesmo tempo em que notava a surpresa em seu olhar. — Tasha irá comigo, estamos indo visitar Aurora.

— Ah! Sim, a esposa de Isaac. Que bom que vocês estão cultivando uma amizade — ele comentou, claramente satisfeito.

— Sim. — me soltei do abraço dele e fui até o closet, onde meus pertences agora residiam, resultado de uma decisão tomada após nossas intensas noites de amor. — Estamos nos dando bem. Sua família é bem receptiva.

— Eu gostaria que você tivesse um bom relacionamento com minha mãe, mas sei que isso não depende só de você — ele murmurou, a sombra de uma preocupação cruzando seu olhar.

— Exato. Cintia já deixou bem claro que não vai com a minha cara, e eu não vou forçá-la a me amar. Mas ela terá que me aturar; não vou mais permitir insultos — afirmei, com uma determinação que surpreendeu até a mim mesma.

— Não está errada — ele concordou, se aproximando novamente, seus lábios encontrando meu pescoço em um beijo suave. — Você está tão gostosa esses dias, sua bunda aumentou.

A Inabalável- Nova Era 6 - Conto Onde histórias criam vida. Descubra agora