Capítulo 25

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Sentadas sobre o sofá da sala, Ruth, Maiara e Marília tinham seus olhares atento contra Maraisa que fitava seus próprios pés. Depois de muita insistência da Marília, a mesma conseguio com que ela falasse o que ouve, Marília roía suas unhas enquanto sua mãe desferia alguns tapas sobre suas mãos a repreendendo.

Marília: Quer falar o que aconteceu agora?. - Marília pergunta pela milésima vez em cinco minutos.

Maiara: Denovo?. - A olha incrédula e a mesma da de ombros.

Marília: Quando ela vai falar?. - Sussura ao pé no ouvido de Ruth que finge que não a ouve.

Maraisa: Isa.. Isa não falar com vovó e nem balala.

Sem pensar duas vezes, Ruth se levanta puxando a mão da Maiara que olhou a mulher incrédula, logo a arrastando em direção ao próximo andar.

Maiara: Tia Ruth, eu quero saber!.

Ruth: Estaremos na cozinha queridas. - Foi a última coisa que elas ouviram antes das duas sumirem de vista.

Marília limpa sua garganta sorrindo sem graça antes de se levantar e se sentar ao lado da Maraisa, que sem aviso pula em seu colo e a puxa para um abraço.

Maraisa: Não briga com Isa Mommy, Isa.. Isa não culpa. - Afunda seu rosto na dobra do pescoço da mulher, deixando com que suas lágrimas caíssem ali.

Marília: Brigar com você?, como assim Maraisa?.

Maraisa: Isa não pode contar, Lau briga com Isa.

Marília: Lauana?, brigar com você?, o que está acontecendo Maraisa?. - Marília tenta afasta-la para visualizar seu rosto, mas ela se aperta ainda mais.

Ruth e Maiara apareceram na sala desfarçadamente "lendo" algumas revistas que estavam de cabeça para baixo se sentando em alguns pufs no canto da enorme sala, fazendo Marília sorrir fraco e negar com a cabeça. Maraisa suspira lentamente algumas vezes tentando se acalmar, o que parecia difícil naquele momento mas depois de alguns minutos com a ajuda da Marília, que o tempo todo a abraçava com força, conseguiu cessar seu choro, assim, contando tudo o que tinha acontecido para a loira.

O olhar assustador e raivoso de Ruth e Maiara, fitando Marília que estava completamente vermelha, suas mãos firmes agarravam Maraisa contra seu corpo tentando protege-la de algo que já tinha acontecido. A respiraçao pesada batendo contra sua nuca, denuncia que Maraisa tinha dormido.

A deitando ali mesmo no sofá aconchegante, Marília logo se levanta raivosa sobe o olhar atentado das duas mulheres, proucurando as chaves do seu carro.

Marília: Cadê essa merda que não acho quando preciso?. - Joga algumas almofadas no chão proucurando o objeto.

Maiara: Ei, ei aonde você está pensando que vai?. - Joga a revista sobre a mesa de centro indo até Marília que sorriu vitoriosa quando encontrou as chaves.

Marília: Eu vou, mostrar aquela filha da puta a nunca mais mexer com o que é meu. - Vai em direção a porta prendendo o seus cabelos em o coque desageitado.

Maiara: Tia Ruth, a senhora vai deixar?. - Pergunta incrédula virando sua atenção para a mulher que já subia as escadas com Maraisa em seu colo.

Ruth: Acompanhe ela para mim querida, só não a deixe encontra nada pontiagudo pelo caminho. - Sorriu diabólica fazendo a ruiva arrepiar antes de ir correndo para a porta tentando alcança-la

Antes que Marília pudesse ligar o carro, Maiara entra com rápidez sentindo sua respiraçao ofegante por uma pequena corrida de segundos que tinha dado até chegar ao veículo.

Marília: Aonde você pensa que vai, Maiara?

Maiara: Eu vou ver você ensinar a lauana a não mexer no que é seu. - Fala simples, arrancando um pequeno sorriso da Marília, quase que não visível.

Ligando o carro, Marília acelera deixando marcas no asfalto e Maiara assutada segurando em seu banco.

...

Maiara: Você só vai conversar com ela, né?. - Pergunta andando em passos rápidos, tentando alcançar a loira que andava em passos largos.

Tocando a campainha da casa que continha uma música alta e abafada pela porta fechada, logo é aberta por uma lauana totalmente embriagada segurando um cigarro que acabava aos poucos com o vento forte que entrou, a casa estava extremamente cheia de pessoas embriagadas assim como ela, e a música que antes estava abafada, poderia ser ouvido do outro lado da esquina.

Lauana: Eu já disse que não quero a porra do.. - Marília lhe avança com um soco em seu maxilar fazendo-a chocar contra o chão.

Maiara dá um gritinho assustada chamando a atenção do pessoal dentro da casa que virou seus olhares para Marília que em poucos segundos já estava em cima da lauana, distribuindo socos rápidos na mulher.

Lauana: Porra, me solta sua maluca dos inferno. - Se debatia tentando se soltar dos golpes que eram desferidos contra seu rosto, enquanto suas palavras aumentava cada vez mais o ódio da Marília.

Maiara ficou sem reação assim como as pessoas presentes ali, que apenas olhavam assustados cochichando uns com os outros.

O Marcos, "amigo" da lauana, pouco ligava para o que estavam acontecendo no andar debaixo, já que o mesmo pegava uma das amigas da lauana no andar de cima.

Depois de alguns longos minutos ali vendo lauana com seu rosto totalmente coberto pelo sangue, gemendo de dor e com força apenas para tentar segurar os braços da Marília. Algumas pessoas tomam a iniciativa de tentar tirar a mulher que na visão deles estava totalmente descontralada, pois não tinham a idéia do motivo daquela agressão. 

Xx: Mão na cabeça todo mundo!. - Todos foram despertados por uma voz potente que ecoou pelo local.

O som que antes poderiam estourar os tímpanos de qualquer um, agora estava totalmente desligada. Maiara arregala seus olhos, se isso era possível, enquanto Marília colocava a mão em sua cabeça suspirando cansada, pois queriam continuar o que estava fazendo ali, mas tinha medo de se ariscar.

Seu blazer branco, agora manchado de vermelho pelo sangue da lauana que ainda gemia no chão, denunciava o que tinha acontecido ali, o que já era óbvio mais do que óbvio. Com a Marília em cima do corpo da mulher.

Um policial foi até Marília a algemando enquanto outros três revistavam as pessoas ali, que estavam mais do que bêbadas, ou drogadas.

Xx: Você vem também mocinha. - Se direciona a Maiara que ainda estava paralisada com tudo que tinha visto ali.

Maiara: Eu?.. - Pergunta sentindo seu coração gelar, a visão da Almira brava veio em sua mente, mesmo sabendo que já era de maior e dona do seu nariz, o medo de sua mãe nunca passava.

Algemando as duas, o homem levanta a Marília com cuidado, logo dois socorristas se aproximando da lauana que praticamente chorava pondo a mão em seu nariz, prestando os primeiros socorros. O policial direciona as duas para fora da casa, sentindo as luzes fortes de dois carros de polícia e da ambulância batendo contra seus olhos.

Maiara: Não precisava disso tudo, Marília!. - Maiara fala sentindo um frio na barriga e suas mãos tremerem em nervoso.

Marília: Precisava sim, a se precisava... - Fechava seus pulsos sentindo a adrenalina ainda correndo por todo o seu corpo.

Xx: Deixem para conversar na cadeia, lá vocês terão bastante tempo pra isso.

Um policial segura o braço da Marília com delicadeza guiando a mesma para dentro do carro, assim como a Maiara.

Maiara: Meus pais vão me matar Lila. - Choraminga recebendo um olhar divertido da loira.

Marília: Tia Almira, vai matar você.



...

The baby Maraisa | MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora