Capítulo 35: Boliche.

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Kyle

Florence se afastou, erguendo os belos olhos até mim e se aproximando para me dar um beijo. Deixei que ela saísse dos meus braços, sentindo falta do seu calor, enquanto via ela se aproximar da cama e se deitar sobre ela, puxando o urso e os chocolates.

—Acho que fui trocado agora. —Murmurei, fazendo ela soltar uma risada. Me aproximei da cama e observei ela abrir o chocolate e começar a comer.

—Eu nunca te trocaria por nada. —Afirmou, fazendo meu coração acelerar no mesmo instante. Florence se sentou na cama, abrindo um sorriso pra mim. —Seus irmãos derrubaram tinta verde na Lilian.

—As gêmeas? —Indaguei, chocado.

—Não, Caleb e Adam. —Ela deixou o chocolate de lado e ficou de pé na minha frente. —Caleb amou dizer que elas eram adotadas, mas não pensou duas vezes antes de defendê-las da senhora James.

—Um Carson, com toda certeza. —Afirmei, apertando as bochechas de Florence, enquanto seu rosto se iluminava com um sorriso. —Vamos sair hoje. Eu e você.

—Pra onde? —Indagou, com os olhos brilhando em curiosidade.

—Vou te levar pra jogar boliche, Srta. Miller. —Afirmei, deixando um beijo no cantinho dos seus lábios. —E depois vamos no cinema, assistir um filme juntinhos. —Dei outro beijo no canto da sua boca. —E depois, vamos andar pelas ruas de Miami, observando as lojas e fazendo qualquer coisa que envolva nós dois, juntos, de mãos dadas, ou trocando beijos.

—Eu gostei desse roteiro. —Murmurou, com as bochechas coradas, afundando o rosto no meu pescoço. —Eu gostei muito mesmo desse roteiro.

—Que bom, KitKat. Minha intenção é te agradar e te fazer feliz ao máximo. —Afirmei, a apertando contra mim. Beijei o topo da cabeça dela, sentindo meu coração cada vez mais acelerado por Florence.

[...]

Segurei a bola de boliche, me aproximando de Florence, que observava as pessoas jogando ao nosso redor. Ela voltou a atenção para mim e sorriu.

—Vamos ver as suas técnicas. —Murmurei, entregando a bola pra ela e observando ela se voltar para a pista onde deveria jogá-la para acertar os pinos.

—O que eu ganho se derrubar todos? —Indagou, parecendo curiosa. Me escorei no suporte das bolas de boliche e olhei pra ela com as sobrancelhas erguidas.

—O que você quer?

—Se eu ganhar, você vai me levar ao próximo jogo do Colorado Avalanche que tiver. —Afirmou, me fazendo encolher os ombros. E pelo sorriso dela, ela sabia o que eu estava pensando.

—Você é má, hein. Sabe que eu não curto nem um pouco hóquei. —Murmurei, negando com a cabeça.

—É só um jogo. Você não vai morrer por me levar. —Retrucou, brincando com a bola de boliche nas suas mãos.

—Não, porque não vou assistir o jogo. Vou ficar assistindo você. —Declarei, vendo as bochechas dela ficarem vermelhas. —Mas, se eu ganhar, você vai ir esquiar comigo no próximo inverno.

—Ah, não, Kyle. Você sabe que eu não gosto. —Os olhos dela se arregalaram e eu comecei a rir. —Isso não, sério! Eu não gosto nem um pouco.

—Porque você não aprendeu a esquiar direito. Você foi uma vez, caiu, se machucou e nunca mais quis ir. —Argumentei, não ia perder essa chance. —Eu posso te ensinar. Você não vai se machucar, prometo. Não se pode viver em Aspen e não gostar de esquiar, KitKat.

—Falou o cara que não curte hóquei. —Ela resmungou, revirando os olhos com um sorriso divertido.

—Eu só prefiro futebol. —Dei de ombros.

—E o que tem de interessante em homens se esmagando em um campo? —Indagou, cruzando os braços na frente do corpo.

—A mesma coisa interessante que você vê quando está assistindo homens se esmagando no gelo. —Rebati, cruzando os braços na frente do corpo também, vendo ela soltar uma risada.

—Touché, Sr. Carson. —Ela se virou para pista. —Eu topo.

Florence olhou para os pinos do outro lado da pista, respirando fundo antes de lançar a bola. Observei ela deslizar até derrubar metade deles. Florence gemeu em resignação. Soltei uma risada e peguei a bola no suporte para jogar a minha vez.

Duas hora depois, depois de várias rodadas de boliche, eu havia oficialmente ganhado dela. Florence olhou para os pinos que haviam ficado de pé depois do seu último lance. Ela encolheu os ombros e olhou pra mim.

—Vamos esquiar no próximo inverno. —Afirmou, com um ar derrotado que fez meu coração derreter. Puxei ela pra mim, deixando um beijo na sua testa.

—Vou te ensinar a esquiar, não se preocupe. Não vou deixar você se machucar. —Murmurei, segurando o queixo dela para fazê-la olhar pra mim. —Vou comprar ingressos pro próximo jogo do Colorado Avalanche.

—O que? Não, não precisa. Eu perdi. —Afirmou, negando com a cabeça. —Você nem gosta de hóquei.

—E daí? Eu não ligo de te levar para o jogo. Vou estar aproveitando meu tempo ao seu lado. Não ligo se seja num jogo chato de hóquei. —Declarei, vendo ela tombar a cabeça de lado e me olhar com um carinho de partir o coração. —Vamos esquiar e assistir um jogo de hóquei, KitKat.

Ela me encarou por alguns segundos, com uma expressão séria. Abracei sua cintura e a puxei para um beijo, não conseguindo suportar a forma intensa como ela me olhava. Seus lábios se encaixaram nos meus e ela me abraçou pelos ombros, retribuindo o beijo.

—Eu te amo, sabia? —Ela se afastou de mim, olhando fixamente para os meus olhos. Meu coração acelerou e eu engoli em seco.

—Eu também te amo, KitKat. —Afirmei, enquanto ela me abraçava apertado, como se eu fosse a coisa mais importante pra ela. E eu esperava que ela estivesse falado aquilo, com a mesma intensidade que eu estava falado.

Porque antes, nós éramos apenas amigos. Melhores amigos. E pra mim, agora, ela é muito mais do que qualquer coisa.



Continua...

10 Maneiras de se Apaixonar por Florence Miller  / Vol. 3Onde histórias criam vida. Descubra agora