Prólogo

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A sensação de enjoo me acompanha desde que comecei a correr por corredores de metal, sem saber para onde ir, sem saber quais são os nomes dos meus pais, sem saber se eu estava viva ou morta.

Só lembrando de um simples nome que julguei ser o meu, pela forma com qual a minha mente o repetiu milhares de vezes seguido de apelos para eu me levantar.

Sabia que havia algo, ou alguém, me perseguindo, me vigiando. Vasculhando cada pequena partícula do meu ser. Ou talvez isso seja só paranoia de uma menina morta.

Mas agora nada disso importa, se estou viva ou morta não importa, se meu corpo já está cansado ou não é o menos importante para mim. A única coisa que importa para mim é achar a saída desse lugar maldito.

Continuei correndo até que vi a saída, um campo e segui até ele vendo um garoto de pele escura me olhar curioso. Por segurança ainda segurava o pedaço de galho que encontrei no chão metálico.

-Você sabe quem fez isso?- Ele perguntou desesperado, talvez tanto quanto eu, ou talvez só estivesse fingindo ser meu semelhante para me matar depois.

Neguei silenciosamente e ele assentiu ficando em silêncio e parecendo raciocinar oque fazer, enquanto eu estava pronta para atacar ele caso o mesmo tentasse me ameaçar.

-Tenho um pouco de comida- Ele falou para mim -Você está pálida e racionalizei ela de um jeito que poderia durar para nós dois, oque acha?

Assenti, não importa o quão desconfiada eu esteja, qualquer coisa é melhor do que correr faminta e sedenta pelo oque pareceram horas.

Ele me levou perto de um espaço vazio no chão e me contou que foi de lá que ele veio.

-Lembra o seu nome?- Eu perguntei, falando pela primeira vez desde que nos conhecemos e vi o rapaz sorrir para mim.

-Alby meu nome é Alby- Ele respondeu -E o seu?

-Sou a Ella- Eu respondi sorrindo de leve -Obrigada pela comida.

-Obrigada por aparecer- Ele respondeu rindo sem graça -É horrível se sentir isolado entre muros.

-Acredite, é pior dentro deles- Eu confessei e ele esboçou um olhar gentil.

Alby parecia mais legal a cada palavra que dizia, e por mais que meus instintos gritassem para voltar ao labirinto, e encontrar uma saída me obriguei a ficar sentada e começar algo.

Precisava achar a saída, mas algo me dizia que precisaria de ajuda para isso. Que eu precisaria de uma revolução. 

-Ella, come vai te fazer bem- Alby disse me dando uma maçã -Só mandaram frutas, mas tenho certeza que na próxima vão mandar coisas mais consistentes.

Assenti agradecendo ao garoto e me virando para onde as portas do labirinto estavam, eu ainda vou entrar nesse lugar e desvendar todos os seus segredos mais obscuros mas não hoje.

Assenti agradecendo ao garoto e me virando para onde as portas do labirinto estavam, eu ainda vou entrar nesse lugar e desvendar todos os seus segredos mais obscuros mas não hoje

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She belong to the mazeOnde histórias criam vida. Descubra agora