Ano 4. Mês 3.2

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Minho não falava comigo desde de manhã e já estava me preocupando, ele geralmente não vai para o labirinto três dias seguidos.

-Ele está me ignorando- Eu confessei para Clint enquanto ajudava ele a organizar as coisas -Tipo, hoje ele nem mesmo me deu bom dia direito! Só me beijou e foi trabalhar.

-Nossa quanta ignorância dele tentar encontrar uma saída para todos nós e não perder tempo falando com a namorada- O idiota reclamou continuando a ler algo sobre fisioterapia.

-Exato!- Eu exclamei sem me importar com o seu sarcasmo -Tenho quase certeza que tem algo de errado com ele, o que você sabe sobre?

-Por que eu saberia algo sobre?- Clint questionou ainda sem tirar os olhos do seu livro.

-Alby surtaria caso descobrisse algo de errado, Gally e Minho brigaram por só Deus sabe oque e Newt simplesmente não liga- Eu respondi enquanto separava os medicamentos em caixas diferentes -E isso torna você, o único amigo do meu namorado que ele falaria o que aconteceu. Então desembucha.

Clint me encarou e balançou a cabeça negativamente parecendo pensar em algo.

-Não vou quebrar a confiança do meu amigo mas...- Ele começou e justamente quando ia falar algo o citado apareceu, fazendo com que nós dois olhassemos para a porta surpresos -É só falar no diabo que ele aparece.

-Pensei que você tinha ido para o labirinto- Eu falei para meu namorado que deu de ombros e se recostou no batente da porta.

-O chefe me mandou ir descansar, segundo ele o nosso querido médico disse que eu não posso correr por mais de dois dias seguidos- Minho acusou com um sorriso amarelo.

-Não quero mais ninguém tentando se matar então não espere que eu me desculpe por querer o seu bem- Clint disse se levantando com seu livro -Inclusive eu vou deixar vocês dois conversando, até depois.

Minho parecia desesperado quando nosso amigo fechou a porta nas costas dele.

-O que aconteceu?- Eu perguntei vendo o asiático evitar me encarar.

-Nada- Ele respondeu esfregando as mãos.

-Minho- Chamei querendo saber o motivo de tanto nervosismo -Eu só quero saber a verdade.

-Quem é Thomas?- Ele perguntou e meu coração parou por um instante -Você falou o nome dele enquanto dormia.

Será que se eu fingir um desmaio a situação melhora ou fica pior?

Por que o cruel não resolve apagar minhas memórias nesses tipos de momentos?

-Ella, eu não estou bravo, só quero saber quem é ele- Minho me falou e logo depois suspirou -Não gosto de ser feito de trouxa.

-Eu não estou te fazendo de trouxa- Falei tentando processar como ia contar tudo para ele, aqueles desgraçados do cruel deviam estar se divertindo com aquilo como se fosse sua novela mexicana favorita.

-Então me diga quem é ele- Minho disse exasperante, suspirando e vindo até mim -Por favor.

Olhei nos seus olhos e respirei fundo, me sentando em cima da mesa. Hora da verdade.

-Eu me lembro de toda a minha vida antes daqui, não toda, toda, mas boa parte dela- Eu comecei a contar -Morávamos todos em uma espécie de laboratório e você era o melhor amigo do Alby, nós mal nos falávamos porque meu ciclo social era outro. Na verdade meu melhor amigo era o Newt, minha melhor amiga era a Teresa e eu...

Ele me olhou parecendo me incentivar a continuar, parecia curioso e tinha certeza que uma enxurrada de perguntas vinha por aí.

-Eu era apaixonada por um garoto, Thomas- Confessei e esperei por sua reação, ele estava com as sobrancelhas levantadas em choque -E nós namoravamos.

Algo parecido com um "oh" saiu de sua boca e ele cruzou os braços.

-E na verdade não chegamos a realmente terminar- Acrescentei tendo a certeza que não deveria ter dito aquilo só depois que disse.

Ele estava quieto. O Minho nunca fica quieto.

-Olha eu entendo que você não me ame mais, vá terminar comigo e eu vou morrer solteira, sozinha, mal amada e sem nenhum gato porque nem mesmo um gato ia conseguir amar esse ser humano horrível que eu sou- Eu falei rapidamente olhando para o chão -Mas dá para fazer isso rápido? O silêncio é meio humilhante.

-Você acha mesmo que eu vou terminar com você por que você descobriu que tem um ex?- Minho questionou em um tom de escárnio.

-Você não vai?- Eu perguntei de volta e ele se aproximou de mim, colocando as mãos na minha cintura e me trazendo mais para ele.

-Eu jamais faria isso, sabe por que? Porque somos eu e você para sempre- Ele respondeu fazendo um carinho que ia da minha cintura ao meu quadril -E eu não vou deixar nenhum garoto idiota interromper o que nós temos.

Beijei ele com todo o amor que eu tenho por ele, afinal Minho está certo. Somos eu e ele contra o mundo, e nem o cruel, nem o Thomas, nada, nem ninguém vai conseguir nos separar.

Afinal, Thomas nem mesmo vai vir para cá. O cruel nunca mandaria o seu queridinho para sofrer conosco, relés mortais.

 O cruel nunca mandaria o seu queridinho para sofrer conosco, relés mortais

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She belong to the mazeOnde histórias criam vida. Descubra agora