-Ella, eu te amo- Ouvi a voz de Thomas em minha cabeça, uma memória forte dele confessando o seu amor por mim pela primeira vez não saía da minha cabeça.
O bom é que eu ainda não havia encontrado Minho hoje já que ele acabou dormindo na casinha dos corredores, se não imaginem só a confusão de pensamentos que iria ser?
É impressionante como mesmo depois de quatro anos o Thomas não me deixa em paz.
-Um doce pelos seus segredos- Alby ofereceu e eu franzi o nariz.
-Não sou tão barata assim- Eu disse e ele fez cara de pensativo.
-Dois doces?- Alby perguntou e eu discordei com a cabeça.
-Fecho com três barras de chocolate e duas bananinhas- Eu respondi e Alby estendeu o dedo mindinho, e eu cruzei com o meu dedo mindinho.
-Me diz maninha, o que aconteceu?- Alby perguntou e eu suspirei.
-Tudo começou quando eu nasci, e por algum motivo que eu não sei acabei me fudendo na vida e vim parar aqui e agora não tenho certeza nem mais do meu nome- Eu respondi deitando na grama já um pouco alta.
-Então você está com raiva?- Alby chutou e eu ri.
-Esse é o meu segredo Capitão, eu estou sempre com raiva- Eu respondi e ele riu -E você? Como está a vida?
-Tranquila, até agora a ideia do amansador está dando certo e não deu nada muito errado na minha vida- Alby respondeu sem usar nenhum palavrão -E sua vida amorosa?
-O Minho é um príncipe e eu não mereço ele- Eu respondi com simplicidade o fazendo franzir o cenho.
-E você acha isso por quê?- Alby perguntou e eu dei de ombros.
-É óbvio, ele me trata bem, é gentil, sempre educado, me faz rir e se preocupa com a minha saúde mental- Eu disse mexendo as mãos enquanto falava -Enquanto eu sou uma vaca egoísta e narcisista.
-Então vocês são um super equilíbrio que um dia vai salvar o mundo- Alby falou e eu ri da frase empurrando ele um pouco -Não vai perguntar da minha vida amorosa?
-Por que eu perguntaria sobre algo que não existe?- Eu perguntei de volta e ele abriu a boca em choque, rindo logo depois.
-Idiota- Ele me xingou enquanto eu ria dele, é bom estar na calmaria. Sem nada demais, só tranquila.
-Como Newt está?- Eu perguntei e ele suspirou.
-Mal, eu tenho tentado falar com ele mas parece que nada tira a angústia do nosso menino- Alby respondeu e eu assenti.
-Dê a ele o cargo de vice líder, ele deve estar se sentindo inútil e isso pode ajudar ele nesse processo de cura- Eu falei e Alby concordou.
-Eu to completamente perdido no que fazer Ella- Meu amigo disse e eu olhei para ele.
-Por que?- Eu perguntei e ele deu de ombros.
-O labirinto sem saída, cada vez mais adolescentes, sonhos esquisitos com uma velha louca e o mal humor do caçarola- Alby respondeu e logo ouvimos o barulho da caixa subindo -E pelo visto mais um fedelho.
Esbocei um sorriso gentil e me levantei com ele para ir até a caixa, já havia perdido minhas esperanças de que um dia uma garota ia vir.
Olhei lá dentro e vi um menino chorando, uma criança, o que aqueles bastardos tem na cabeça para mandarem a merda de uma criança para cá?!
-Eu vou- Disse para Alby enquanto os meninos já iam curiosos ver o que veio, ou melhor, quem veio.
Já somos em cinquenta e dois na verdade cinquenta e três com esse menino, temos nove grupos diferentes e todo dia uma nova confusão.
Olhei para o menino que estava de cabeça baixa enquanto chorava, o seu cabelo castanho é cacheado e ele é a criança mais fofa que eu já vi.
-Oi, tudo bem?- Eu perguntei e ele se assustou um pouco me encarando com olhos de corça.
-Quem é você?- Ele me perguntou com medo.
-Eu sou a Ella, consegue lembrar do seu nome?- Eu perguntei com calma enquanto me sentava ao lado dele, mas ele só balançou a cabeça negativamente.
-Eu não me lembro de nada, por que eu não lembro dos meus pais?- Ele perguntou e eu senti o desespero de sua voz e o abracei, vendo o garoto chorar em meus braços.
-Você está seguro agora, vamos cuidar de você- Eu prometi para ele -Nós vamos ser os pais que você não pode se lembrar, ok?
Ele assentiu me abraçando de volta, com força e eu segurei as minhas lágrimas. Ele não merecia nada disso, ele é só uma criança pequena que não merece crescer aqui.
Eu preciso tirar ele daqui, eu preciso voltar para o labirinto e tirar ele daqui. Nem que eu tenha que morrer por isso, porque algo dentro de mim parece dizer que por essa criança isso vale a pena.
-Acho que meu nome é Chuck- O menino disse e eu sorri.
-Chuck é um nome lindo- Eu falei ainda abraçada com ele que parecia não querer sair do meu lado e honestamente eu não quero que ele saía.
Não sei porque mas o Chuck é responsabilidade minha agora e aí de quem ousar fazer qualquer coisa contra o meu protegido.
Gente, por que é tão difícil achar um gif do Chuck sozinho?
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She belong to the maze
Fiksi PenggemarElla acordou no meio de um labirinto de metal, sem os a ajuda de ninguém, sem memória alguma, somente sabendo seu próprio nome. A garota não sabia oque fazer, mas sabia que precisava correr, correr pela sua própria vida, correr em direção aos muros...