Mês 3: Clint

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Dessa vez consegui escutar o que o garoto estranho dos meus sonhos falava, na verdade tenho a leve impressão de que cada vez mais consigo ver mais vividamente as coisas nos meus sonhos.

-Ella me escuta- O garoto dizia segurando nas minhas mãos -Não confie no C.R.U.E.L.

Sentia eu mesma no sonho ficar assustada com a frase, como se aquilo fosse uma novidade e algo a se temer muito.

-O que você descobriu Tom?- Eu mesma do sonho perguntei para o garoto que discordou com a cabeça. 

-Foi tudo uma mentira- Ele respondeu agitado e eu fiquei sem entender, uma mentira? O que eles mentiram sobre? -Os experimentos, o que eles fizeram com os outros grupos, foi tudo uma mentira.

-Como você sabe?- O meu alterego perguntou para o garoto que desviou o olhar -Tom, como você sabe tudo isso?

O garoto me olhava arrependido, como se de alguma forma aquilo pudesse me prejudicar.

-Você precisa ajudar os outros- O moreno disse subindo sua mão para fazer um leve carinho no meu rosto -Entre no labirinto antes que tudo comece e me espere.

Perai, como assim eu entrei no labirinto?

-Tom, eu não posso fazer isso- Meu alterego falou ficando com os olhos cheios de lágrimas -Não posso abandonar todos aqui! Não posso deixar o meu irmão...

-Ella- O moreno falou algo mas sua voz parecia cada vez mais distante, e enquanto eu tentava me apegar na memória minha mente parecia rejeitar aquilo.

Acordei com dor de cabeça e também com o barulho da caixa, que merda de sonho e que merda de vida!

-Bom dia flor do dia!- Minho exclamou para mim bem humorado, recebendo um sorriso curto como resposta -O que aconteceu para estar tão mal humorada?

-A vida aconteceu!- Eu exclamei brava mas o mesmo só me abraçou de lado.

-Bora ir ver a caixa, princesinha- Minho falou e eu revirei os olhos.

-Quando vai parar de me chamar de princesinha?- Eu perguntei e ele fez uma feição pensativa.

-Quando você virar meu amor- Ele respondeu fazendo com que minhas bochechas corarem e eu empurrar ele.

Eu odeio o jeito que esse idiota me faz sentir!

-Bom dia Ella- Gally me cumprimentou já olhando para a caixa onde Alby falava com um garoto.

-Mais um garoto?!- Eu perguntei baixo, por que só tem eu de garota? Que injusto!

-Sim, vários garotos mas o único bonito permanece sendo eu- O Minho falou e Gally riu.

-Vai sonhando- Gally contrariou e o Minho ergueu as sobrancelhas.

-Não acredita?- Minho perguntou se virando para mim -Ella, meu amor, quem você acha o garoto mais bonito da Clareira?

Fingi pensar, agora me parece o momento perfeito para provocar um pouquinho esse trolho que o Minho é. 

-O Alby é muito bonito mas prefiro loiros, então acho que eu escolho o Gally- Falei vendo o asiático franzir o cenho e Gally rir -Se bem que o novato não é nada mal.

Minho fingiu um sorriso amarelo e eu ri da cara dele.

Alby logo subiu com o novato, um garoto com o cabelo cacheado e loiro, olhos verdes. Realmente ele é um gato!

-Eu sou a Ella, e esses dois mértilas do meu lado são o Minho e o Gally- Falei estendendo minha mão -Já lembrou o seu nome?

-Clint, eu me chamou Clint- O novato respondeu apertando minha mão.

Parecia já ter visto ele em algum lugar, só não me lembro aonde, o sonho não saía da minha cabeça será que todos aqueles sonhos estranhos podem ser lembranças?

O garoto logo saiu com Alby e Gally, enquanto eu e o Minho ficamos para tirar as coisas da caixa.

-Você parece tensa- Minho comentou guardando um livro médico -Aconteceu algo?

Um zumbido de besouro estava ao lado da minha cabeça. 

"Não confie no C.R.U.E.L" A voz do garoto estranho ressoava na minha cabeça.

-Dor de cabeça- Eu falei de dentro da caixa e Minho desceu lá comigo.

-Conheço um ótimo jeito de curar dor de cabeça- Minho disse no meu ouvido ficando atrás de mim, enquanto eu segurava uma caixa com roupas.

-Qual?- Eu perguntei e ele massageou os meus ombros com cuidado, me fazendo conter um suspiro -Você tinha razão minha dor de cabeça já sumiu.

Quando pensei em sair dali porque honestamente aquele ambiente já estava ficando arriscado de se estar, Minho me puxou pela cintura, fazendo com que eu ficasse com centímetros de distância dele.

-Mas quem disse que eu terminei- Ele falou chegando mais perto e quando seus lábios estavam quase precionando os meus, Alby tossiu de fora da caixa.

Senti meu rosto esquentar enquanto meu melhor amigo cruzava os braços e encarava a minha situação.

-O que foi?- Minho perguntou para Alby ainda sem me desencostar da parede, quando foi mesmo que eu encostei na parede?

-Ella preciso falar com você- Alby falou com a voz firme e Minho revirou os olhos -Agora.

Saí do meu antigo lugar subindo de volta para a terra firme sem me lembrar direito como se anda.

Por que Diabos o Minho precisa ser tão gato?

Por que Diabos o Minho precisa ser tão gato?

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She belong to the mazeOnde histórias criam vida. Descubra agora