Deveria te odiar, mas eu te amo... Senju Tobirama

Capítulo 14

Kana acordou sentindo uma certa dor na região da barriga, o que a fez levar a mão até a região, mas parou ao sentir um peso sobre seu corpo. Olhou pelo canto do olho e viu o paltinado dormindo tranquilamente, enquanto abraçava a cintura da jovem. Kana virou-se com cuidado para se aconchegar mais ao Senju, sentiu o homem apertar mais um pouco a cintura da mesma, a puxando para perto. Por um instante, Kana esqueceu-se do desconforto em seu baixo ventre. Sentindo esse leve desconforto, a Uchiha retirou o braço do Senju de seu corpo e levantou-se, seguindo para a cozinha da forma despida que se encontrava. Colocou água em um copo e a bebeu, desejando que o desconforto passasse apenas com aquele copo, mas sabia que teria que recorrer a remédio ao decorrer do dia.

A Uchiha lembrou-se da primeira noite que os dois tivera, onde ambos tinham se entregado de corpo e alma naquela cabana e naquela cama. Um sorriso bobo surgiu em seus lábios, ao recordar daquela noite, o que pra ela foi uma noite magica. Desejou que o sentimento forte daquela noite, fosse repetida. Kana riu em imaginar Tobirama se declarando primeiro, mas lembrou do que ele dissera. Aquela noite nunca teria acontecido se Tobirama não tivesse aberto seu coração para ela, mesmo que indiretamente. "Você disse que estaria aqui, quando eu tomasse a minha decisão, não foi? [...] Eu quero você, Kana. Não só hoje, mas todos os dias." Kana estava dispersa em seus pensamentos, só retornou a si, ao sentir os braços de Tobirama lhe rodear a cintura.

- Bom dia, criança.

- Quando vai parar de me chamar assim?

- Não vou.

A jovem deu um riso e pousou o copo na mesa virando-se para encarar o homem. Percebeu que ele já estava vestido e notou que ele já havia acordado a um tempinho.

- Você já vai?

- Acredito que meu irmão já esteja me procurando.

- É claro. Então, te vejo depois.

- Eu já vou indo, tenha um bom dia, criança.

Kana nem teve tempo de responder e viu o platinado sumir de sua vista. Apenas de acordar e poder ver o homem antes de seu dia realmente começar, ela já estava feliz, mesmo que fosse ter um dia bem puxada, aquele momento bastaria para deixa-la feliz e leve pelo resto do dia.

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- Bom dia, Ken-san!

- Kana-sama, bom dia. Como está?

- Estou bem, obrigada por perguntar. E você?

- Estou bem também. Mas no que posso ajuda-la, Kana-sama?

- Bom, eu vim por dois motivos. - disse já séria novamente. - Eu gostaria de um remédio para dor, e gostaria de falar sobre alguns pontos do relatório do posto de saúde.

- Claro. Vou providenciar o seu remédio e logo depois poderemos conversar mais tranquilamente.

- De certo.

Concordou deixando o homem bem a vontade no pequeno consultório que tinham instalado no distrito e esperou pelo remédio. As ervas para o chá não demoraram para ser colhidas e entregues a Kana, e logo depois os dois jovens começaram a conversar. Não havia muita diferença de idade entre Ken e Kana, então os dois no privado, se tratavam como dois irmãos. O principal motivo de Kana ir visita-lo assim que retomou ao posto de líder, foi a morte da anciã. Kana sentiu-se mal por não ter podido estar lá com ela, e nem sequer pode se despedir, e como Ken era o ajudando mais fiel da anciã, Kana não pode deixar de querer saber o que de fato aconteceu, além da longa vida que anciã tivera.

Quando Kana foi embora da pequena clinica, ficou pensando em tudo que a anciã tinha feito por ela. Desde sempre, a anciã lhe aconselhou e cuidou da jovem, principalmente por Madara ter pedido. Era fato que Kana sempre foi uma jovem doce e meiga, cheia de energia, e essa a era a melhor a sua melhor essência. O pouco que ela entendia sobre medicamentos e cura, havia aprendido com a anciã, e seria eternamente grata a ela por todo o aprendizado que ela tivera.