「Chapter eight」

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Dove POV

Passar a tarde e a noite cercada pelas irmãs Carson, me fez esquecer o quão ruim é minha vida. Ter esbarrado no Noah e escutá-lo falar aquelas palavras horrendas me fez voltar a ter culpa pelo o que aconteceu com o Cas, nunca parei de me culpar pelo sequestro, porém ele só fez essa culpa aumentar mais ainda. No dia seguinte iria com Lina visitar alguns apartamentos onde terei minha liberdade e estarei longe dos julgamentos daqueles que dizem ser meus pais.

Entrei em casa ao ver o carro de Sofia sumir na curva, deixei meu tênis na entrada podendo sentir a madeira gelada nos meus pés descalços. Escutei vozes vindo da sala e umas risadas, segui o corredor até alcançar a sala vendo meus pais e meu irmão ali, ótimo os sermões irão vir em triplo. Tentei passar reto por eles, mas meu plano falhou quando meu padrasto chamou.

— Onde você estava? — questionou, atraindo toda atenção para nós.

— Na casa de uma amiga fazendo trabalho da faculdade — falei seca — Vou para o meu quarto

— Mocinha, respeite seu pai e fale com ele direito — indagou minha mãe irritada.

— Pelo o que eu saiba meu pai morreu e eu não devo satisfação da minha vida para esse cara — apontei para Ricardo — Vou para o meu quarto, estou cansada

— Dove, a mãe está certa. Você tem que respeitar o Ricardo — olhei para Thierry, sorri debochada.

— Por que não cuida da sua vida e deixe a minha em paz — falei revirando os olhos.

— Dove Cameron… — chamou minha mãe, porém segui meu caminho para o meu quarto no andar de cima.

[...]

Deixei meu corpo cair na minha cama após um longo banho para deixar que as coisas ruins do meu dia sejam levadas pela água, também fiquei lembrando de Sofia e das formas peculiares que nos conhecemos. Desde que nos esbarramos no dia que cheguei da França suas fisionomias ficaram na minha cabeça e estava me perguntando quando veria aqueles olhos amendoados novamente e eu a vi. Seu maldito sorriso ainda está fresco na minha memória e aqueles olhos me analisando.

Pisquei os olhos tentando parar de pensar naquilo, abri meu notebook entrando no documento sobre o caso do meu filho. Cliquei vendo os arquivos ali contido se expandir, peguei meu caderno e caneta para anotar algumas datas e conteúdos das pastas. Vi uma por uma, todas as pistas, testemunhas e por aí vai, era tudo que eu já tinha visto antes, nada de novo. Sem nenhuma pista do meu filho, talvez ele esteja morto.

— Lo? — fechei o notebook rapidamente ao escutar a porta do quarto se abrir, me virei para encarar meu irmão mais novo entrar. Suspirei aliviada.

— Você me assustou, Cam — sentei na cama deixando minhas anotações de lado.

— Desculpa — entrou e fechou a porta vindo até mim — Eu não gosto de como eles tratam você — sentou do meu lado — Thierry é o protegido deles, isso é óbvio. Eles me aceitam bem, porém você…

— Eu estou acostumada, Cam. Dei vários motivos para ter esse tipo de tratamento — toquei na sua mão.

— O alcoolismo foi sua maneira de lidar com o luto do papi, o Cas foi uma benção nas nossas vidas e o resto foi causado pelas pessoas más que não deixam outras pessoas serem felizes — me olhou — Você não merece esse tratamento todo, nada do que faz não chega ao pés do que o Thi faz

— Ele é o queridinho, Cam e isso nunca vai mudar. Por isso amanhã eu vou atrás de um apartamento para alugar, ainda tenho dinheiro que consegui em Paris e consegui pegar um pouco da minha herança — falei — Aí sairei daqui e posso levar você comigo, se quiser

𝐓𝐡𝐞 𝐎𝐧𝐥𝐲 𝐄𝐱𝐜𝐞𝐩𝐭𝐢𝐨𝐧 - Dofia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora