051 - problemas

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Era o nosso último dia e eu estava em choque pelo oque vi no quarto, eu não gostava de ver o Eddie daquela maneira e odiava que numa parte minha mãe estivesse certa, Edward é um drogado

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Era o nosso último dia e eu estava em choque pelo oque vi no quarto, eu não gostava de ver o Eddie daquela maneira e odiava que numa parte minha mãe estivesse certa, Edward é um drogado.

Isso não me fazia gostar menos dele, porém feria meu coração porque eu sabia que era um caminho sem volta, Deus sabe oque era aquela droga, talvez nem ele soubesse.

Eu não sei porque ele faz aquilo, mas eu queria que ele contasse comigo, pudesse contar tudo oque sente, seus problemas e tudo mais, quando esse garoto vai entender que eu amo ele? não importa as circunstâncias, eu literalmente perdi minha mãe por conta do nosso relacionamento.

E eu ficava magoada de pensar que ele não confiava em mim o suficiente para contar aquilo para mim, eu estava voltando para casa, eu já tinha ido no mercado e comprado um macarrão com almôndegas para fazer.

Parei o carro em frente a casa e desci do carro com as sacolas, abri a porta e ele estava sentado na sala, ele veio em minha direção quando viu que eu cheguei e me ajudou com as sacolas, ele era um cavaleiro eu amava isso nele.

Colocamos as coisas na bancada e eu sorri orgulhosa, a cada dia que passava eu me sentia mais mulher, mais independente e eu gostava disso, comecei a separar as coisas para cozinhar e já comecei colocando a água para ferver.

Eu olhei pra ele e ele andava pela cozinha sem rumo.
- Tudo bem? - Perguntei.
- Tudo eu só... - Ele interrompeu a fala e não parava de andar. - Eu quero te ajudar.
Eu entreguei o molho de tomate pra ele.

- Me ajuda no molho. - Falei e ele assentiu, eu reparei em seu rosto e os olhos estavam vermelhos e irritados, eu sabia que era por causa da droga, mas ignorei, ele abriu o armário e pegou uma panela e então se levantou e derrubou a panela fazendo um estrondo.

- Edward? - Perguntei.
Mesmo depois de derrubar a panela ele ficou parado, paralisado, quando ele ouviu minha voz, ele abaixou e pegou a panela.
- Desculpa. - Ele falou.

- Tá vendo, é isso que a droga faz com você. - Falei irritada, ele nem parecia ele.
- Você está exagerando Demi, eu só derrubei a panela, eu já te disse que foi só hoje.
- A claro, tá comprometendo até sua condenação motora e você quer mentir pra mim dizendo que foi só hoje? - Praticamente gritei.

- Você não manda em mim, e daí se eu estiver usando todos os dias? vai fazer oque? eu tenho 21 anos eu sou um adulto e você não vai ficar me dando ordens, eu uso porque quero e derrubar uma panela não quer dizer que eu esteja viciado. - Ele falou gritando e eu estremeci, eu nunca vi ele daquele jeito.

Uma lágrima escorreu por meu rosto.
- Tá vendo, você nunca nem levantou a voz pra mim, é isso que a droga estava fazendo com você, você tá se matando e eu estou tentando te ajudar e você nem reconhece isso. - Falei magoada.

Eu desliguei o fogo e saí correndo pra fora da casa, eu precisava de ar, quanto mais eu corria em direção ao mar, mais as lágrimas me traíam correndo pelo meu rosto, eu não controlava, elas apenas rolavam.

Eu corria e o vento cortava meu rosto, só me dei conta que já estava na água quando elas molharam meus pés e a barra da minha calça, eu ouvia ele gritar.
- DEMI. - Ele gritava e eu escutava sua voz se aproximando.

Eu limpei as lágrimas do meu rosto com as mãos, então eu senti sua mão em meu ombro.
- Desculpa, desculpa meu amor eu não queria falar daquele jeito contigo, eu só queria.. - Ele nem sabia oque falar. - Eu só escondi porque não quero te ver mal, te ver chorar, não chora por favor.

Eu assenti com a cabeça e funguei, ele me olhava preocupado e eu sentia meu coração despedaçado.
- Por causa dessa merda você está virando alguém que eu não conheço, você está virando outra pessoa, você está visivelmente alterado. - Falei chateada sem olhar em seus olhos apenas olhando o horizonte.

- Me desculpa. - Ele sussurrou.
Eu comecei a chorar mais alto, eu sentia meu estômago doer, eu me senti traída, mentiras e mais mentiras, gritos, isso não fazia parte do nosso relacionamento.

Eu estava certa quando disse que esse final de semana só podia piorar, eu coloquei minhas mãos em minha barriga e comecei a chorar e soluçar ainda mais intensamente, inclinei meu corpo pra frente.

Eddie puxou meu corpo de volta fazendo ele ficar reto e me abraçou por trás, ele começou a chorar, eu ouvia seu choro, eu só conseguia ver tudo embaçado, eu comecei a me debater, eu não queria ele aqui comigo, eu me sentia sufocada.

- Me desculpa Demi, eu te amo, não me deixa por favor, eu sei que eu não te mereço, você merece alguém melhor. - Ele falava com a voz trêmula e embargada. - Vamos embora por favor, vamos de volta pra Hawkins e esquecer tudo que aconteceu aqui.

Eu não queria esquecer, tivemos momentos bons, momentos divertidos, eu não queria, mas quando aceitamos um relacionamento devemos entender que vai bem além de beijos e carinho, relacionamento é uma responsabilidade, é aceitar estar e cuidar da pessoa.

E agora essa era meu papel, cuidar de Edward em seu momento mais delicado, quando ele já não falava mais por si, quando ele mais precisava de minha ajuda e eu estaria ali, porque aquele homem é o amor da minha vida e nada me faria desistir dele.

Eu parei de me debater e coloquei minhas mãos em cima de seus braços que enlaçavam meu corpo, eu me confortei em seu abraço e meu choro cessou, eu olhei pro mar e pensei e pedi ao universo, que aquilo acabasse e voltássemos ao que era antes.

Eu só queria que tudo fosse como antes, porém meu medo era que ficasse pior que aquilo, meu medo é que ele estivesse viciado, que não tivesse mais volta.

Eu só queria que tudo fosse como antes, porém meu medo era que ficasse pior que aquilo, meu medo é que ele estivesse viciado, que não tivesse mais volta

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(Revisado)

MEU CASO PERDIDO - EDDIE MUNSONOnde histórias criam vida. Descubra agora