058 - clínica

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- Ai meu Deus do céu Steve

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- Ai meu Deus do céu Steve. - Praticamente gritei.
- Oque aconteceu? - ele se aproximou assustado.
- A mamãe ela veio aqui e nos ameaçou com uma arma, ela obrigou ele a se drogar, bem na minha frente, era muita muita droga. - Falei com a voz trêmula.

- Calma Demi, vamos pensar ok? vai dar tudo certo.
Eddie estava deitado em meus braços, ele respirava porém ele estava grogue e quase não respondia por si, eu tinha medo de uma overdose ou algo assim.
- Steve quando ele ficar bem, ele vai ter recaída, não vamos poder cuidar dele, tem uma clínica de reabilitação no final da cidade, podemos levar ele lá, é a melhor opção dele, a recuperação agora vai ser ainda mais difícil. - Falei confiante, porém por dentro eu estava morta de medo.

- Certo, leva ele pro carro. - Steve falou e foi pra fora, eu levantei o Eddie e ele conseguiu ficar em pé, seu corpo estava fraco porém ele conseguia andar com a minha ajuda, sai andando devagar até lá fora, quando chegamos la fora Steve ajudou e colocou o Eddie deitado no banco de trás, entramos no banco da frente e ele foi no volante.

O caminho foi longo, eu toda hora olhava pra trás pra ver como ele estava, ele estava completamente perdido, eu segurei sua mão forte e ele não apertava a minha, ele estava mole, eu continuei a segurar até o final.

O caminho começou a ficar sinuoso, tinha árvores e estava ficando mais escuro devido a sombra que as árvores causavam, chegamos em frente a uma casa, parecia ser uma casinha antiga, em frente tinha uma placa escrito "clínica de reabilitação de Hawkins".

Paramos e carregamos o Eddie com pressa até a casa, tocamos a campainha e ficamos esperando, uma mulher abriu a porta e ela se assustou ao ver o estado de Eddie e abriu mais a porta dando espaço para entramos, levamos ele pra dentro e a mulher fechou a porta, ela nos levou até um quarto e a seguimos.

Deitamos ele na cama e ela não evitou a pergunta.
- Qual droga? - Ela perguntou.
- Não sabemos, um pó branco, talvez cocaína. - Falei praticamente gaguejando.
- Ele usou uma grande quantia, o coração bate devagar, ele está praticamente desmaiado, uma hora ele vai voltar agressivo e totalmente diferente.

A mulher falava e eu só conseguia olhar pra ele.
- Já sabemos, passamos por isso antes. - Falei com uma dor no coração. - É difícil explicar mas resumindo obrigaram ele a usar isso, ele estava viciado porém estava limpo a 3 semanas, passamos por tudo quando ele ficou sóbrio pela primeira vez.

- É difícil, sinto muito garota, é seu irmão? - Ela se perguntou referindo ao Eddie.
- Não, meu namorado. - Falei e ela arregalou os olhos.
- Bem, as garotas costumam desistir de caras assim, a maioria que acabam aqui tinham um relacionamento e foram abandonados.

- Eu amo ele, jamais faria isso. - Falei confiante.
Steve observava quieto e prestava atenção em tudo.
- Olha vou precisar chamar o médico, vocês tem que preencher a ficha e vocês pagam o valor por dia.
Ela falou e assentimos saindo do quarto.

Fomos na recepção e programamos tudo, deixamos nossos telefones, informações, endereço, tem muitas pessoas que vão e abandonam as pessoas lá, nunca foi minha intenção, eu pretendia visita-lo sempre que puder.

[1 semana depois...]

Eu estava na clínica na recepção esperando para entrar, logo a moça apareceu e me levou até seu quarto, ele estava pintando um quadro, eu não podia ver pois o quadro estava de costas pra mim, quando ele me viu ele saiu de trás do quadro e veio em minha direção me dando um abraço.

Eu já tinha visto ele 2 vezes essa semana, essa era a terceira, mas parece que nunca era o suficiente, ele estava bem difícil de lidar na primeira vez, mas ele já estava melhor, a enfermeira ficava com a gente no quarto, ela disse que quanto melhor ele ficar menos regras terá, por enquanto será assim por minha segurança.

Eu abracei ele forte, não queria largar, era muita falta, eu estava estudando bastante e essa era minha vida basicamente, estudar e esperar pra ver o Eddie, quando eu vinha eu trazia livros e estudávamos, eu mesma fui até o diretor explicar as faltas e o diretor relevou e falou que ele só tinha que conversar com os professores para passarem trabalhos para substituir os que ele perdeu.

- Tudo bem? - Perguntei.
- Sim, é bem difícil as vezes, acho que o pior é a solidão.
- Desculpa, fiz isso pelo seu bem, não queria te prender aqui, mas assim vai ficar mais fácil de ficar sóbrio. - Falei tentando tranquiliza-lo, mas meu coração doía.

- Eu entendo. - Ele falou simples e nos sentamos em umas cadeiras que tinham no quarto.
- Você sabe quando vai sair? - Perguntei.
- 3 semanas. - Ele falou e eu sorri sem mostrar os dentes.
- 3 semanas a partir de agora?
- Sim. - Ele assentiu com a cabeça.

- Tudo bem, um mês, tenho certeza que irá passar rápido. - Afirmei. - Oque está pintando?
- É uma surpresa pra você. - Ele falou e eu sorri.
- Que merda eu queria ver, nunca soube que você pintava.
- Eu descobri junto com você, aqui não tem muito oque fazer. - Ele deu de ombros.

- Sinto muito. - Falei e dei um abraço.
- Tudo bem.
- Não está tudo bem Edward, isso foi culpa da minha mãe, você não merece uma namorada com a mãe louca. - Minha voz tremia e embargava.
- Não chora, a culpa não é sua de ter uma mãe assim, sem dizer que eu namoro com você e não com ela.

Ele brincou e eu ri, uma lágrima escorreu meu rosto e ele limpou com a mão e dei um leve sorriso.
Eddie usava aquelas roupinhas de hospital, seu cabelo estava preso em um coque e ele estava fofinho com esse visual.
- Não vejo a hora de você sair daqui. - Falei.
- Eu também, oque vamos fazer quando eu sair daqui? - Ele olhava no fundo dos meus olhos.

- Eu sei um lugar bom, mas vou fazer surpresa.
Falei e ele riu fraco.

Falei e ele riu fraco

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(Revisado)

MEU CASO PERDIDO - EDDIE MUNSONOnde histórias criam vida. Descubra agora