MEU CASO PERDIDO - EDDIE MUNSON

046 - segura

Eu entrei em desespero quando descobri aquilo, minha irmã estava presa e eu não poderia fazer nada, eu fiz o mais inteligente a se fazer no momento, liguei para a Robin e para a Nancy para elas virem aqui ajudar.

- Oi? - A Nancy falou do outro lado da linha.
- Nancy? - Perguntei. - Preciso da sua ajuda.
- Pra que? - Ela falou.
- Preciso de você aqui, é urgente, vem rápido.
Falei e desliguei o telefone.

Logo disquei o da Robin.
- Alô? - Era uma voz masculina.
- A Robin está? - Perguntei.
- Vou passar para ela. - Fiquei esperando a Robin responder. - Oi? - Ela finalmente falou.

- Robin? Preciso da sua ajuda, você precisa vir aqui em casa. - Falei agitado.
- É sobre a Demi? - Ela perguntou preocupada.
- Sim. - Respondi simples e desliguei o telefone.

Me sentei no sofá e fiquei esperando elas, a Nancy era muito inteligente, ela saberia oque fazer, minha mente girava e eu estava extremamente agitado, meu coração palpitava com pressa.

Então ouvi batidas na porta, eu saí correndo que nem um tiro, ao abrir a porta as duas estavam lá, eu agradeci por minha mãe ter saído de casa para ir no mercado, tínhamos poucas horas ou até menos para ajudar Demi antes que me minha mãe chegasse.

- Oque foi? - Nancy entrou já falando preocupada.
- Minha mãe prendeu a Demi lá em cima, ela trancou a porta e a janela, ela não está dando nem comida, precisamos ajudar ela e logo! Temos pouco tempo antes da minha mãe chegar.
- Meu Deus Steve e agora? - Nancy falou preocupada.

- Tadinha dela, ela deve estar morrendo lá dentro, tanto tempo presa num quarto, todo esse tempo, porque a mãe de vocês é tao cruel? minha mãe é ruim, mas ela jamais deixaria eu ficar com fome, eu estou seriamente preocupada com a coitadinha.
Robin não parava de falar.

- Robin silêncio, vamos começar a procurar a chave, quanto antes começarmos melhor e mais chance de acharmos, eu cuido da cozinha, a Robin da sala e o Steve cuida de lá de cima por ele conhecer mais a casa. - Nancy falou de forma mandona e séria, por isso eu amo essa mulher.

Concordei e sai subindo correndo as escadas, comecei pelo quarto, procurei em cima das estantes, dentro do guarda roupa, tirei todas as roupas das gavetas para ajudar e ser mais rápido, procurei debaixo da cama, debaixo do colchão, dentro das bolsas, eu procurei em todos os cantos daquele quarto.

Então saí correndo pro banheiro do quarto dela, procurei até dentro da privada e nada, minha mãe tinha se empenhado em esconder, talvez nem na casa estivesse, talvez não fôssemos achar nunca e quais eram as chances da minha irmã morrer de fome naquele quarto e eu não poder fazer nada?

Procurei na banheira, no armário, na parte de dentro do espelho, debaixo dos tapetes, então o banheiro já estava limpo, eu nem procurei no meu quarto, já fui correndo pro escritório.

Joguei tudo no chão, deixei em cima e dentro das coisas limpo para poder ter ampla visão, enquanto vazia isso eu percebi o quanto ia demorar, não tinha chance de acharmos, então desci as escadas com pressa.

- Não vai dar certo. - Falei alto e as duas vieram até mim.
- Fazemos oque então? - Nancy perguntou.
- Eu tenho um plano, já volto. - Fui para a dispensa externa, tinha algumas ferramentas do meu pai e que usavam na manutenção da casa.

Entrei e peguei o machado mais pesado que tinha, então entrei de volta para dentro de casa, segurava o machado com dificuldade, quando entrei elas arregalam os olhos.
- Nós vamos derrubar aquela porta. - Falei e fui em direção as escadas.

Subi com cuidado devido ao peso do machado, quando cheguei em frente ao seu quarto falei alto:
- DEMI SAI DE TRÁS DA PORTA.
- TÁ. - Ela gritou de volta.

Então me preparei e dei uma primeira machadada na porta, abriu um buraco, não grande o suficiente para poder sair, dei mais uma machadada e o buraco se estendeu, então com força dei a última e terceira machadada e a porta abriu um rombo, Demi saiu de lá, e eu saí correndo para abraçar ela.

- Por Deus Demi eu fiquei tão preocupado.
- Desculpa. - Ela falou chorando.
- A culpa não é sua, não peça desculpas, a mamãe está louca. - Falei tentando consola-lá. - Não quero ser chato Nancy, mas precisamos sair daqui, podemos ir pra sua casa? Se ficarmos aqui eu tenho medo doque minha mãe possa fazer.

- Claro, sem problemas, vamos logo. - Nancy falou e dei a mão para a Demi, ela estava tão magra, eu fiquei com dó dela, ela parecia abatida com a situação.
Saímos com pressa de casa e entramos no meu carro, a Nancy e a Robin foram no carro da Nancy.

Eu fui logo atrás do carro da Nancy, seguindo a garota mesmo sabendo do caminho da casa dela, não demorou até chegarmos, até porque a Nancy mora no mesmo bairro que a gente.

Paramos em frente a sua casa e descemos, eu dei a mão para a Demi de novo, eu queria demonstrar apoio a ela, entramos na casa e descemos para o porão.

- Vocês podem ficar aqui. - Nancy anunciou.
- Obrigada Nancy, de verdade, você tá sendo maravilhosa em ajudar a gente.
- É o mínimo que posso fazer. - Ela sorriu fraco.
- Vou fazer algo pra Demi comer. - Falei.
- Pode ir. - Nancy falou.

Olhei pra Demi e ela se sentou no sofá, ela tinha falado bem pouco, subi as escadas e decidi fazer dois lanches, coloquei tudo que a Demi gostava, ficou um sanduíche bem recheado, peguei um pouco de suco também, então desci com pressa para levar para ela.

Entreguei um sanduíche em sua mão e o outro deixei na mesa juntamente ao suco, ela começou a comer com pressa.
- Não está com sede? - Perguntei.
- Eu bebi água da pia. - Ela falou de boca cheia e com a voz trêmula e meu coração se apertou, então subi para ligar pro meu pai, ele precisava saber disso.

Disquei seu número e contei tudo que havia acontecido.

(Revisado)

Estou escrevendo os próximos capítulos já imaginando vocês me xingando kakakakka