053 - casamento

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Já fazia uma semana que eu estava na caaa do Eddie e a cada dia ele ficava pior, ele estava magro, tão magro que seu rosto estava fundo, seu cabelo sempre bagunçado, ele não se preocupava com sua aparência

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Já fazia uma semana que eu estava na caaa do Eddie e a cada dia ele ficava pior, ele estava magro, tão magro que seu rosto estava fundo, seu cabelo sempre bagunçado, ele não se preocupava com sua aparência.

Ele sempre andava com os olhos vermelhos, ele saia e quando voltava estavam assim, suas pupilas ficavam grandes, enormes, pareciam que iam explodir.

Ele emagreceu tanto dentre uma semana que eu quase não o reconheci, ele só podia usar calça com cinto, se não a calça caía no chão, suas camisetas que antes definiam seu corpo agora ficavam largas.

Ele sempre andava com as mãos tremendo, ele derrubava muito as coisas no chão, as vezes eu não entregava as coisas na mão dele porque já sabia que ele ia derrubar, ele já quebrou 2 copos e 3 pratos só essa semana.

As vezes ele não conseguia nem andar em linha reta, ficava cambaleando, não conseguia escrever direito, quando estudávamos era quando eu conseguia perceber claramente os sintomas, ele não conseguia simplesmente escrever, isso me assustava, eu nunca o vi daquele jeito.

Esses dias ele também vem falando lento, com a voz arrastada, ele falava com uma voz constante de bêbado, era assustador como alguém ficava assim sem nenhum pingo de álcool no corpo.

Ele também odiava barulhos desde que tudo começou, ele se incomodava com músicas, com coisas caindo no chão, quando eu falo muito alto, quando o tio dele faz chá e a chaleira apita, essa semana ele pegou a chaleira e jogou na parede com a água fervendo, alguns respingos vieram nele e acabaram o queimando.

Era assustador, porém eu tinha esperanças de que hoje seria bom e eu esqueceria de tudo isso, hoje era o casamento do tio do Eddie, já estávamos a caminho, Eddie estava tão lindo, ele deixou eu arrumar ele, foi a primeira vez que vi ele assim na semana.

Eu não me preocupei muito com a minha aparência, mas estava agradável de qualquer maneira, o carro parou em frente ao salão de festas, já estava cheio de pessoas desconhecidas e barulho, Eddie arregalou os olhos claramente incomodado.

- Tudo bem? - Perguntei.
- Sim. - Ele se limitou a isso.
- Então vamos casar seu tio. - Falei animada e ele nem esboçou um sorriso.
Saímos do carro de mãos dadas, andávamos pela festa sem rumo, Eddie segurava forte minha mão.

Então sentamos na nossa mesa, cada mesa era destinada a uma família, eu fiquei na mesa dos noivos por conta de ser da família agora, Eddie olhava para os lados e eu estava com medo da sua reação.

Ficamos um bom tempo aproveitando, não deixei ele beber, me limitei a um copo apenas, ficamos comendo vários docinhos e salgadinhos, estava tudo delicioso, eu realmente por um momento achei que correria tudo certo, achei que Deus teria piedade de mim e me daria um dia para ter absoluta paz.

Enquanto eu pegava uns docinhos deixei Eddie na mesa sozinho, quando voltei ele já não estava lá, entrei em desespero e comecei a procurar o garoto por todo o local, entrei na parte interna, aonde ficava a cozinha e uma sala, banheiro, algumas coisas.

Eu entrei na sala e ele estava lá encolhido, seu rosto estava afundado em seus joelhos e ele segurava suas pernas, eu odiava ver ele daquele jeito, eu sabia que ele estava sensível ao barulho, me aproximei dele e agachei.

- Tudo bem Edward?
- Não, me deixa em paz.
- Calma, fica calmo.
- SAI DAQUI. - Ele falou alto e eu não sai do seu lado, ele não saiu de perto de mim desde sexta, ele já estava em abstinência a um dia, era isso que falava mais alto, não era ele.

- SAI DAQUI EU DISSE PRA SAIR VOCÊ NÃO SAI DO MEU PÉ TODO O SANTO DIA, EU NÃO TE AGUENTO MAIS. - Todas aquelas palavras saindo da sua boca faziam do meu coração estilhaços, mas eu tentava me convencer de que aquele não era ele.

- Eddie por favor. - Falei calma e ele levantou bruscamente, eu também levantei e ele saiu andando, eu fui atrás e ele passou pelo armário que tinha diversas louças e puxou com a mão, eu estava um pouco distante, não o suficiente pra me livrar do armário.

Então o armário caiu bruscamente em cima de mim, me cobrindo do peito para baixo, eu bati a cabeça com força e sentir meu corpo arder, também foi possível ouvir os barulhos das louças se quebrando, quando olhei pra ele torci pra que ele voltasse ao normal.

Ficasse preocupado e arrependido, percebesse oque a droga fazia com ele, mas ao invés disso ele olhou no fundo dos meus olhos e saiu correndo da sala, eu comecei a chorar e então várias pessoas apareceram na sala provavelmente por conta do barulho.

Meu corpo doía, mas oque mais doía era meu coração, ele simplesmente me deixou lá daquele jeito, era demais pra mim, eu sentia que ele não me amava mais, eu queria me convencer de que era a droga, mas como eu podia ter tanta certeza disso?

As pessoas ligaram para a ambulância e se juntaram para tirar o armário de cima de mim, assim que tiraram o armário eu olhei pra baixo, tinha uma poça de sangue que cobria meu vestido azul, minha perna estava muito machucada com vários pedaços aterrados.

A única coisa ilesa foi da cabeça pra cima e os braços, de resto haviam cacos em todo o meu corpo, não demorou até a ambulância chegar, mas pra mim pareceu uma eternidade, era uma tortura ficar olhando pro meu corpo daquele jeito.

Quando chegaram imobilizaram meu pescoço e me levaram, eu fui sozinha, eles não fizeram nada no caminho e me limitei a pedir pra ligarem pro meu irmão.

Com toda aquela dor, ainda assim eu me preocupava com Eddie, se ele fugiu com certeza ele foi usar droga, eu tinha medo daquele garoto sozinho, assim que Steve fosse no hospital, eu iria falar pra ele cuidar do Eddie pra mim até eu me recuperar, seria doloroso, mas nada comparado a dor de ver Edward daquela maneira.

Com toda aquela dor, ainda assim eu me preocupava com Eddie, se ele fugiu com certeza ele foi usar droga, eu tinha medo daquele garoto sozinho, assim que Steve fosse no hospital, eu iria falar pra ele cuidar do Eddie pra mim até eu me recuperar, s...

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(Revisado)

MEU CASO PERDIDO - EDDIE MUNSONOnde histórias criam vida. Descubra agora