MEU CASO PERDIDO - EDDIE MUNSON

061 - baleias

Acordei com o peso dos braços do Eddie em meu corpo, me mexi e ele deu espaço para eu sair, fui escovar meus dentes e me arrumar, não demorou até ele aparecer no banheiro, ele pegou minha escova e começou a escovar seus dentes.
- Hum. - Resmunguei e ele me olhou.

- Vingança. - Ele falou com a boca cheia de espuma e eu coloquei a mão na testa e ri, me aproximei e dei um beijinho em seu ombro, ele passou a mão em meu cabelo e eu sorri com o carinho, então me separei e fui pro quarto trocar de roupa.

Estava esperando o garoto que enrolava no banheiro eu já estava entediada.
- Que droga Eddie acelera.
- Pra onde quer ir que é tão interessante? - Ele perguntou colocando a cabeça pra fora do banheiro.
- Não vim pra Vancouver pra ficar em casa, se não tinha ficado na minha casa em Hawkins.

- Afinal oque vamos fazer? - Ele perguntou saindo do banheiro e vestindo seu casaco, eu sorri animada.
- Vamos ver baleias, eu marquei pra gente ir.
Falei e dei de ombros e ele ficou boquiaberta.
- Baleias? - Ele parecia chocado.
- Sim, baleias, você vai ver melhor na hora, vai ser mágico. - Falei animada.

- Caramba você me surpreende Demi Harrington.
- Eu sou assim. - Falei e pisquei um olho pra ele.
Saímos do quarto do hotel, Steve e Nancy preferiram ficar no quarto, quem sou pra intervir em recém namorados, então fomos só eu e o Eddie, pedimos um táxi primeiramente até a orla.

- A praia não é tão interessante no frio. - Falei, o vento balançava nossos cabelos e levantava a areia, o vento estava bem mais forte na praia.
- Realmente. - Ele falou e esfregou as mãos em seus braços afim de aquecer e eu o abracei de lado e ficamos lá esperando nosso barco.

Não demorou até vermos a embarcação, era grande, porém não muito, devia caber diversas pessoas, entramos e tinha outras pessoas com a gente, em sua maioria casais e famílias, eu fiquei olhando aquelas famílias e pensando em minha família no futuro, eu, Edward e nossos filhos, é algo que quero viver.

Nos sentamos e logo o barco começou a navegar, deu um pouco de enjoo assim que entramos em alto mar, muitas pessoas chegaram a vomitar, o moço avisou que corria esse risco, mesmo assim eu estava tão ansiosa que seria incapaz de vomitar ou ficar mal.

Eu estava eufórica querendo ver logo as baleias, fomos bem longe da costa, Eddie também parecia animado e virava a cabeça para todos os lados, eu coloquei a mão em seu peito e mesmo por cima de tantas roupas eu consegui sentir seu coração acelerado, parecendo estar em conflito com o próprio corpo.

- Ei, se acalma. - Avisei o garoto que continuo sorrindo animado e assentiu com a cabeça.
- Acha que um dias vamos trazer nossos filhos para ver as baleias? igual a essas famílias? - Arrisquei falar mesmo não sabendo se ele queria ter filhos.
- Eu acharia ótimo, daria um baita dejavu.

Ele falou e eu caí na gargalhada, meu coração tranquilizou quando ele concordou com a ideia, não eram planos para o presente, porém era ótimo pensar no futuro e saber oque nos aguarda, lógico que tudo é uma surpresa, porém era bom saber oque se quer do futuro, ainda penso muito na minha profissão.

- OLHA! - Eddie gritou animado. - Estou vendo uma.
Quando ele falou várias pessoas vieram para o nosso lado do barco, eu olhei um pouco mais distante e lá estava ela, ela pulava e caia na água, parecia dançar ballet ali mesmo dentro da água, na frente de todos.

- Que linda. - Falei e abri um sorriso largo, eu segurei a mão de Eddie forte e ele retribui o aperto.
Sua mão me passou segurança, eu observei outra baleia que apareceu, fazendo os mesmos movimentos que a outra, parecia até sincronizado, elas eram treinadas para isso? eu não sei, só sei que era lindo.

- Elas são tão fofinhas amor. - Eddie falou grudado na beira do barco sorrindo olhando as baleias.
- Sera que podemos adotar uma? - Falei animada.
- Se seu pai deixar. - Ele falou e deu de ombros, caímos na gargalhada juntos e um homem mandou a gente fazer silêncio, continuamos a rir mais baixo.

Foi um verdadeiro espetáculo, baleia para todos os lados, elas se jogavam para lá e para cá, eu amei o passeio e com o Edward era tudo mais divertido, rimos, nos divertimos e tivemos uma experiência única que com certeza jamais esqueceríamos, era algo gostoso de se lembrar.

Então quando o barco encostou na costa descemos, comemos em um restaurante na beira da praia, foi uma ótima comida, eram frutos do mar, o Eddie não gostou muito, ele não era o maior fã e falou que ficou com dó do bichinhos após ver as baleias.

Eu ri, eu confesso, mas era engraçado ver ele tão preocupado sabendo que logo ele esqueceria essa preocupação, depois de comer o convenci de ir até a praia, nos sentamos na areia e nos abraçamos a fim de fugir do frio, ele me abraçou forte e retribui o abraço me sentindo segura.

Era essa as sensações que ele me proporcionava, carinho, segurança, cuidado, amor, um toque seu já falava tudo isso, não éramos de demonstrar em palavras, mas era tudo passado por toque, por isso eu sempre gostava de estar ao seu lado e estar sempre grudada no garoto, eu amo ele.

E quanto mais tempo passamos juntos, mais eu percebo, eu meio a esses pensamentos precisei beija-lo, então virei seu rosto bruscamente e iniciei um beijo lento e gostoso, cheio de cuidado e carinho, apoiei minha mão em seu rosto que era o único lugar descoberto, por conta do frio.

Estávamos cheios de roupa, mas com esse beijo eu senti tudo esquentar, eu grudei nossas testas e olhei no fundo de seus olhos.
- Eu te amo. - Falei sorrindo sem mostrar os dentes.
- Sua mão está gelada. - Ele falou e riu e eu empurrei o garoto pra longe.
- Não me ama? - Fiz biquinho.

- Amar é pouco, eu sou viciado em você, já te disse isso? não consigo me ver vivendo sem estar ao seu lado, você me salvou Demi. - Ele falou em meu ouvido.