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Estávamos voltando a Hawkins, Eddie parecia chateado e não falou quase nada no caminho, eu não gostava de vê-lo assim, mas ele tinha que saber que aquilo que ele fazia ia matar ele e eu precisava ajudá-lo e eu iria

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Estávamos voltando a Hawkins, Eddie parecia chateado e não falou quase nada no caminho, eu não gostava de vê-lo assim, mas ele tinha que saber que aquilo que ele fazia ia matar ele e eu precisava ajudá-lo e eu iria.

Ele estava com as duas mãos no volante, então ele tirou uma das mãos do volante e pousou na minha coxa, meu corpo arrepiou com seu toque, eu amava as sensações que ele me fazia sentir, pousei minha mão em cima da sua e entrelacei nossos dedos.

Eu sorri sem mostrar os dentes e ele ainda parecia chateado, estava quietinho e não esboçou nenhum sorriso, fomos praticamente o caminho todo assim.

Ele parou na minha casa, abrimos o porta mala e eu peguei minha mala, ele me ajudou e fomos até a porta, eu bati pois estava sem a chave e a porta foi aberta bruscamente, era meu irmão.

- Demi que saudade. - Ele falou me abraçando. - Não tô acostumado a ficar sem suas chatices.
Eu abri um sorriso largo e o apertei no abraço.
- Também morri de saudade do seu fedor. - Reclamei e ele deu uma gargalhada.

- Não vai falar que sente minha falta? - Eddie perguntou.
- Não cara, você tá pegando minha irmã mais nova.
- Ei, ela também tá me pegando. - Eddie reclamou e eu caí na gargalhada, momentos como aqueles aqueciam meu coração, era muito bom meu namorado ser melhor amigo do meu irmão.

- Você quem ficou se atirando pra cima dela, eu te conheço Eddie. - Steve falou brincando.
- Ninguém mandou ter uma irmã tão bonita e em minha defesa eu sou um ótimo namorado.
- Por favor né gente, tenho uma mala pra desfazer e um de vocês tem que levar ela lá pra cima. - Falei e eles cessaram sua conversa.

- Eu levo. - Eddie falou e pegou a mala do chão e subiu escadas acima.
- Steve, ele esta usando algo, algo pesado, eu vi ele cheirando um pó branco, talvez cocaína, não sei.
Eu falei assim que Eddie desapareceu pelas escadas, Steve fez um "o" com a boca e colocou as mãos no quadril.

- E agora? - Ele perguntou.
- Não sei, a gente tem que ajudar ele, mas eu não quero parecer tóxica, ele disse que foi a primeira vez, mas depois admitiu que não foi e se ele já estiver viciado? Eu não sei como lidar com isso.

- Fica calma tá? Nós vamos resolver isso, acho que o melhor a se fazer é você não desgrudar dele, o máximo de tempo que você puder passar com ele, faça isso, que tal dormir na casa dele essa semana? eu arranjo uma desculpa. - Steve falou tentando me tranquilizar.

- Tudo bem, tudo bem. - Repeti, não para ele ouvir, mas sim pra mim mesma, eu queria achar que estava tudo bem, mas eu sabia que não estava. - A gente vai ajudar ele, eu vou ajudar ele, só tenho medo de não conseguir.

- Olha ele já usou essas coisas antes, ele consegue parar, só que ele fica extremamente explosivo, ele vai gritar, te xingar, ser agressivo, principalmente em abstinência, vamos ter que ajudar ele a ficar limpo, vai ser difícil e ruim, mas depois é só cuidarmos pra ele não continuar e tudo vai dar certo. - Steve finalizou e ouvimos os passos de Eddie descendo as escadas.

- Eddie eu vou reformar umas coisas no quarto da Demi, tudo bem se ela dormir na sua casa por um tempo? - Ele perguntou e eu fiquei observando sua reação.
- Tudo bem, claro. - Eddie concordou.
- Que ótimo, eu vou então arrumar minhas coisas pra ficar na casa do Eddie, sobe comigo? - Perguntei me referindo ao Eddie e ele assentiu com a cabeça.

Então subimos as escadas juntos e fomos pro meu quarto.
- Seu quarto é lindo, porque quer reformar? - Ele perguntou sem entender.
- Sabe aqueles dias ruins em que fiquei presa por conta da minha mãe eu ficava olhando para essas paredes e só me dei conta agora de quanto isso me faz mal e me trás péssimas lembranças, sem dizer que temos que por uma porta no meu quarto.

- Tudo bem, só estava curioso. - Ele falou e me ajudou a começar a tirar as roupas da mala que estava pousada na cama.
Fui tirando e separando as que já estavam limpas, então assim que tudo separado devolvi as roupas limpas pra mala e peguei mais algumas no guarda roupa e outros pertences pessoais.

- Pega a escova pra não ter que usar a minha. - Ele falou e eu revirei os olhos.
- Chato. - Resmunguei e peguei a escova, levei pra mala e fechei de uma vez só, as roupas sujas coloquei no cesto, não eram muitas a viagem foi curta, analisei se nada faltava.

- Podemos ir. - Falei e ele assentiu. - Pega pra mim?
Perguntei me referindo a mala e ele pegou e descemos escada a baixo.
- Tchau maninho, venho ver você frequentemente. - Me aproximei dele pra apenas ele ouvir. - Eu quero que realmente faça uma reforma no meu quarto.

Ele revirou os olhos com as minhas palavras.
- Tudo bem casal, se divirtam, eu vou ter muito trabalho aqui. - Steve falou e eu ri.
- Tchau. - Eddie se despediu e fomos pra fora.

Devolvemos a minha mala no porta mala e decidi dirigir meu carro pela 3° vez, ainda estava me acostumando, Eddie pareceu relutante em deixar, ele gostava de andar de carro apenas quando ele dirigia, porém eu estava com medo das drogas alterarem sua maneira de dirigir.

No caminho para sua casa meu coração apertava, eu não conseguiu ver meu Edward naquele garoto sem vida, ele não esbossava nada, Eddie era tão expressivo que me assustava vê-lo daquele jeito.

- Edward, fica sóbrio ta? Se não for por você, faça por mim, eu não quero ver você morrer, eu preciso de você. - Falei olhando pra ele e tirando a atenção da estrada por segundos e logo voltando, uma lágrima solitária percorreu meu rosto.

- Me desculpe. - Ele falou.
- Não quero suas desculpas, quero você sóbrio e longe das drogas, só isso tá? - Falei e ele assentiu.
- Eu vou tentar.
- Você não vai tentar, você vai conseguir.

- Você não vai tentar, você vai conseguir

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(Revisado)

MEU CASO PERDIDO - EDDIE MUNSONOnde histórias criam vida. Descubra agora