CAPÍTULO 13

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Se encontrarem após um ano, talvez não fosse a melhor escolha, mas eles não podem fazer nada ,quando o destino ou os amigos deles decidem, tramar algo.

O que eles não contavam, era que o mesmo sentimento de um anos atrás, estaria mais vivo que nunca, e que quando se vissem tudo aquilo viria a tona, as lembranças de quando eles se amavam, os seus olhares cúmplices nos encontros de família... ou quando ele roubava um beijo dela.

Eram tantas lembranças boas, que lembravam o Bruno... e uma só ruim!

A mente dela a castigava as vezes, com o simples pensamento " pelo menos ele ,falou a verdade ". Laura preservava muito a sinceridade, mas nem a verdade saindo dos lábios dele, faz ela voltar atrás. Afinal , sincero ou não foi uma baque forte pra ela!

Ela decidiu secar suas lágrimas, ali no banheiro e curtir o melhor que aquela festa, tinha a oferecer.

BRUNO REZENDE

- para de ficar encarando, aquela garota.
Raquel falou, pela milésima vez. Respirei fundo, largando meu copo sobre o balcão.

- tá ficando tarde, que tal ir pro seu quarto?!
Falei

- tá me dispensando?
Perguntou.

- tô! Tá mais insuportável que o normal, implica com tudo. Talvez, seja melhor você voltar pra SP. Isso aqui,não vai dar certo.
Falei, e ela arqueou a sombracelha.

- se eu for embora, Bruno,  não tem mais volta.
Falou, e dei ombros.

- a porta fica ali, boa viagem.
Falei, sorrindo pra ela. Que saiu batendo o pé,  e no meio do caminho passou empurrando o Gabriel.

- ei, não olha por onde anda!
Ele gritou, e me encarou.

- Ela tá indo embora.
Falei

- agora entendi.
Falou rindo.

- a Laura tá loquinha!
Zulu falou, assim que se aproximou.

- tô vendo, ela vai subir na mesa?
Perguntei, observando a cena.

- vai, o tal amigo tá igual a ela.
Gabriel falou

- ele que se foda, mas ela tá exagerando .
Falei preocupado,  que ela caísse dali.

- ele é tão fofo.
Zulu falou ironicamente.

Revirei os olhos!

- vai fazer o que Romeu?
Gabriel perguntou.

- se eu fizer o que eu quero, ela quebra a minha cara.
Falei,  soltando um riso. E vendo ela descer da mesa, e começar a dançar com Aline.

- então senta aí, e só assiste. Pois pelo jeito, ela só tá se divertindo.
Zulu falou, e assenti.

- é bom ver ela sorrindo.
Falei, sorrindo bobo olhando ela rir de algo, que Aline falou. Henrique,  cochichou algo pra ela e saiu dali, desconfiei um pouco, mas pelo menos ele desgrudou dela... pelo menos por essa  noite.

As horas se passaram, e com ela chegou o fim da festa. Todos levemente alterados, e eu mais ou menos quase sóbrio... pela primeira vez em minha vida  não consegui encher a cara, olhando ela beber daquele jeito. Olhei em volta do salão, e notei que ela já tinha ido embora.

Caminhei de volta pro quarto, e vi alguém no mesmo corredor que o meu resmungar e bater na porta, na tentativa de abrir ela.

- que inferno.
Ela falou, com a língua arrastando.

- deixa que eu te ajudo!
Falei, tirando as chaves da sua mão, que me olhou de canto.

- não  preciso da sua ajuda.
Falou, apontando o dedo pra mim e quase caindo ali.

em família-bruno rezende Onde histórias criam vida. Descubra agora