Oito

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☽ Oi, anjinhos! Como vocês estão?☽ Eu sei que demorei, é que essa semana foi muito intensa pra mim, eu não estava arranjando tempo pra finalizar o capítulo, peço desculpas
☽ Aqui vamos entender um pouco do que aconteceu com o Kook
☽ Acho que vocês vão gostar muito do capítulo, principalmente do final, hehe
☽ Nos vemos lá embaixo nas notas finais. Boa leitura!

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Eu estava desesperado tentando arrumar um jeito de tirá-lo daquela crise, o Kook parecia não me reconhecer, ele se encolheu no cantinho, tampando os ouvidos e chorando bastante, aquilo cortou o meu coração.

— Sai, não chega perto! — era um choro doído e eu só queria achar um jeito de confortá-lo.

— Kook, sou eu, seu hyung! — eu me aproximei mais lentamente — Eu não vou te machucar. — ele me olhou e então finalmente pareceu me reconhecer.

— Tae? — ele enxugou as lágrimas que escorriam pelo rostinho pequeno.

— Está tudo bem. — eu o puxei para mim, abraçando seu corpo para fazê-lo sentir seguro.

— Me tira daqui, por favor.

Kook suplicou e eu não tive outra atitude senão ajudá-lo a caminhar até o carro. Eu o coloquei no banco do carona e fui rápido em guardar as compras no porta malas para irmos logo para casa.

Quando chegamos no prédio, um dos seguranças me ajudou a subir com as compras. De volta ao apartamento, eu ajeitei só o que dava e o que era necessário, como as coisas da geladeira para não deixar o Kook sozinho por muito tempo.

Ele agora estava encolhidinho no sofá com o olhar distante e assustado, e eu não gostei nada de presenciar isso, seu brilho sumiu totalmente, eu gostava quando ele sorria, definitivamente odiei vê-lo chorar.

— Eu estou preocupado. — ele me olhou assim que ouviu minha voz. Eu estava sentado ao seu lado no sofá — O que aconteceu lá no mercado? Quem você viu?

— Eu não me lembro exatamente quem ela é, mas lembro o que ela fez comigo. — o Kook abraçou os próprios joelhos e se encolheu mais, eu queria fazer algo para ajudá-lo, mas sabia que tocá-lo poderia piorar mais as coisas porque ele tinha dificuldade com toques.

— Eu sei que é um assunto delicado pra você, mas se eu puder ajudar em algo, me deixe saber.

— Aquela mulher me maltratou muito. Eu me lembro de todas as cicatrizes que ela me causou, me lembro de todas as surras que eu levei e de tudo o que ela me disse. Eu me lembro de flashes, em alguns eu estava vestido com roupas femininas porque ela me obrigou, estava em uma casa e tinham vários homens por lá. Eu servia bebidas e limpava o lugar vestido com roupas minúsculas. Os homens ficavam mexendo comigo, me dizendo coisas desagradáveis e os toques eram contra a minha vontade e em lugares que eu não queria que me tocassem.

As lágrimas escorriam pelo rosto dele e aquelas lembranças pareciam machucá-lo verdadeiramente. Eu não tive reação no primeiro momento, tudo aquilo que eu estava ouvindo era absurdo demais. Eu fechei minhas mãos em punhos, beliscando a minha própria carne para descontar toda a raiva.

O Kook parecia ser tão novo, trazia consigo uma inocência muito grande, como diabos alguém pode ter se aproveitado disso? Essa pessoa é um verdadeiro monstro.

— E ela estava lá no mercado, eu reconheceria aqueles sapatos em qualquer lugar, porque na última surra que levei, eu estava quase desmaiado no chão e a única coisa que eu podia ver naquele quarto escuro eram aqueles sapatos verdes.

Safety - TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora