Dezesseis

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☽ Oi, bebês. Como estamos hoje?
☽ Bom, esse é um capítulo de descobertas, já sabemos o nome do cara que levou o Jeongguk e sabemos também o que aconteceu. Mas o que será que vai acontecer depois das descobertas?
☽ Quem lê Sinner vai lembrar quem é a Park Jina, a senhora que aparece nesse capítulo, espero que vocês façam conexões, rs. Quem será esse filho que ela cita? (será que é o mesmo de Sinner?)
☽ Quero agradecer pelas interações, Safety está crescendo bastante graças a vocês, isso é muito importante pra mim, obrigada de coração
☽ Nos vemos lá embaixo nas notas finais, boa leitura!

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Depois de ouvir aquela notícia, fiquei meio desanimado, era uma notícia difícil de dar ao Jeongguk, eu sabia que isso o impactaria de forma negativa. Ele parecia ansioso, andando de um lado para o outro enquanto Seokjin hyung tentava acalmá-lo.

— Kook, vamos tomar um sorvete? — eu queria tentar fazer o impacto ser um pouco menor ao dar a notícia.

— Mas você disse que eu estou tomando muito sorvete e que isso pode ser prejudicial para a minha saúde. — fez um bico com os lábios, mas eu estava tão nervoso que não conseguia prestar atenção em nada, meus pensamentos acelerados me faziam capotar.

— Hoje pode. — ele me acompanhou e nós saímos do cartório. Fomos até uma sorveteria que ficava na esquina da rua onde estávamos. Ele escolheu o de baunilha e eu o de morango, mesmo não tendo vontade alguma de tomar sorvete àquela hora. Nos sentamos ao ar livre e ele me olhava em expectativa porque sabia que eu tinha algo a dizer, acho que o meu nervosismo transpareceu para ele.

— Você tem algo pra me falar?

— Termina o sorvete primeiro, depois eu falo. — eu tentava formar frases na minha mente na tentativa de escolher um jeito menos difícil de contar.

Assim que terminamos, ele continuou com aquele olhar ansioso, eu abri a minha galeria, selecionando a foto da certidão de óbito de Jeon Doah, sua mãe.

— Você vai precisar ser forte agora. — eu o entreguei o celular porque achei que seria menos pior se ele visse a certidão, e assim que terminou de ler, seus olhos marejaram.

— Ela morreu... — disse baixinho — Eu tô lutando para prender as minhas lágrimas porque eu estou cansado de tanto chorar, pareço fraco. — limpou uma lágrima que escorreu e eu segurei a sua mão por baixo da mesa.

— Não se prende, eu sei que é difícil, pode chorar, isso não significa que você seja fraco. — ele encostou a cabeça no meu ombro e se sentiu mais à vontade para colocar pra fora o que estava sentindo.

— Dói saber que eu fui arrancado dela, que nem pudemos nos despedir e que eu nunca mais vou vê-la. — aquele era um momento dele, eu queria deixá-lo desabafar o quanto quisesse, mesmo que sentisse um aperto no peito devido ao grau de complexidade da situação — Acho que os meus únicos momentos felizes foram ao lado dela. A minha mãe cuidava de mim com muito amor e dedicação, mesmo tendo engravidado de mim tão nova, mesmo sendo mãe solo, mesmo não tendo muitas condições, ela nunca me deixou faltar nada.

— Sua mãe parecia ser uma mulher incrível.

— Ela era. — ele sorriu em meio às lágrimas — Ela é um exemplo de força e determinação. A minha mãe era diarista, saía todos os dias bem cedo para trabalhar, quando não tinha com quem me deixar, ela me levava junto. As dificuldades da vida não a desanimaram, pelo contrário. A esperança de vê-la novamente me moveu, foi isso o que me fez tentar fugir várias vezes daquele lugar, e naquela noite eu consegui. — eu podia sentir a dor em seu tom de voz — Eu me libertei, mas muitos garotos da minha idade e até mais novos do que eu ainda estão passando por aquele inferno. — ele fungou — Preciso ajudá-los, por mim e pela minha mãe, isso é como combustível pra mim, eu não vou parar. Quero que todas as mães que tiveram seus filhos levados, os tenham de volta.

Safety - TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora