O último badalar do relógio

26.

Narrado por Arabella

Acordo bem lentamente, meus olhos estavam passados como se estivesse carregando toneladas de coisas neles.
A luz do quarto era um tanto quanto forte, franzo meu cenho ainda com sono.
Escuto a porta se abrir e logo Andrew e uma enfermeira entram.

Ele estava com uma expressão de tristeza, se não o conhecesse bem cairia no seu fingimento profissional.

- Olá Srta, como está se sentindo agora?

- Mau, um pouco.

- Está com dor em algum lugar?

- Não mas, parece que eu fui pisoteada por vários elefantes.

- Ah não se preocupe, você teve que tomar um sedativo é normal parecer que você está carregando toneladas nas costas ou em qualquer parte do corpo.

- Hmm, isso é um tanto que reconfortante.

- Enfermeira poderia me dar uma rápida licença, por favor.

- Claro senhor, Srta se precisar de algo apenas aperte o botão vermelho ao seu lado virei imediatamente. Vou deixar vocês conversando agora, me dem licença.

A enfermeira fala em um tom muito sutil, ela sorri para mim antes de se virar de costas e sair do quarto, Andrew caminha até mim e se senta na cama ao meu lado, ele fecha os olhos e sua expressão de tristeza vai-se embora em 1 segundo.

Ele me olha com raiva, parecia que me queria morta.
Tenho a total certeza que em outras circunstâncias ele me enforcaria até ficar roxa.

- Mulher... se não fosse por isso eu te matava bem devagar.
Você quer morrer?

- Não sei... como achar que me sinto vivendo desse jeito, como você acha?

- Olha, sei bem que não nos conhecemos da melhor forma possível mas...

- Não, isso é mentira, nós nos conhecemos bem mas, você fez o que fez. Andrew sendo sincera, você é lindo eu teria te conhecido melhor sem dúvidas no passado quando apenas sentei naquela mesa e conversei com você!
Mas, agora já é muito tarde você mentiu pra mim!

- Não, eu nunca menti.
Nunca escondi de você quem eu realmente era, você nunca parou para perguntar para mim se eu tinha problemas ou se eu eu era militar ou muito menos se eu era louco por você.
Eu não menti em circunstância alguma, te falei sobre mim apenas não contei tudo mas, se você quer saber de tudo quando você tiver alta a gente resolve isso.
Mas, alguém muito importante mentiu pra você, e você caiu igual um patinho.

- Do que você está falando?

- A por favor não seja hipócrita, eu li a merda do seu diário.
Você só era um brinquedinho pro seu velho!

A raiva me consome, sem pensar lhe acerto um tapa onde sua cabeça vira  pela primeira vez, ele me olha de canto e me faz tem um choque de adrenalina, meu Deus o que eu fiz!

- Me desculpa, eu fiz sem pensar.

Ele me olha de canto ainda em fúria, antes mesmo que posso ter alguma outra reação, ele me agarra pelo pescoço, me olhando de lado aparentava mais ser um psicopata maluco.

- Sua vadia pretensiosa, você nega os fatos que aquele velho imundo fez com você só porque ele te dava um teto e comida na prato. Olha pra mim e me escuta com bastante atenção.

Ele puxa meu pescoço e chega perto de mim, sua respiração calma no pé de meu ouvido me dava anseio de nunca mais fazer alguma coisa contra ele.

- Sinceridade Arabella, quando toco em qualquer parte do seu corpo, o que você sente?

- N...nojo.

- Quando os merdinhas do orfanato de assediava, o que você sentia?

- Nojo!

- Ótimo, ótimo!
Quando o merda do seu avô passava a mão em seus seios, sua parte íntima ou tocava sua coxa  enquanto  se masturbava, o que sentia sua vagabunda hipócrita?

- Nojo e... medo de voltar para aquele lugar.

- Agora responde com mais sinceridade ainda, o que diferencia eu e seu avô?

- ...nada, a única coisa que pode se diferenciar e que você chegou a ter relações comigo, ele não.

- E pode me responder o por que ele não fez isso?

- Porque a Sr Miller viu uma vez e me deixava na casa dela para trabalho.

- Viu, você é uma hipócrita que defende aquele merda, VOCÊ ME ODEIA PELA MESMA COISA QUE AQUELE VELHO DOENTE FEZ!!
Mas quer saber, eu matei ele a tempo mesmo.

- O QUÊ

- Eu disse meu bem se você quissese morrer eu iria te puxar pelos pés e te trazer de volta!

- SEU DESGRAÇADO VOCÊ O MATOU!

- Matei hahahahahahaha...aí ai...

- Seu patife miserável...

- Tenho que ir vou assinar os papéis da sua alta, já volto.

Ele solta o meu pescoço e se levanta e com toda frieza do mundo fica me olhando chorar, ele abaixa a cabeça e logo vejo lágrimas escorrerem por seu rosto.
Ele aperta o botão  vermelho e logo a enfermeira aparece junto com um médico.

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  Ele faz uma cena de choro impecável.

-  Ela está tendo outra crise... eu não aguento ver isso.

Era a primeira vez que o vejo chorar, ele sai do quarto apressado sem olhar para trás.
Os médicos vem até mim a me colocam no aerosol que me faz relaxar bastante, o estresse logo se vai e eu sinto uma paz inigualável.

Ah eu quero realmente dormir agora.
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Sinto meu corpo chacoalhar um pouco mas, logo ele para, sinto algo grande e quente me segurar e me por com delicadeza em algo fofo e bom.
O sono vem outra vez e de novo me deixo levar.

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Eai, tudo bom, espero que sim.
Vota aí por favor isso é bem importante pro engajamento da história e se tiver algum erro de ortografia fala ok, era só isso mesmo boa leitura.
Bjs na teta creppy❤