The Fallen Angel - Tokyo Revengers. [CONCLUÍDA]

♡ Capítulo 23.

◇ Pov Hana / [Nome]

Keisuke e eu estávamos do lado de fora do reformatório e meu pé batia sem parar no chão enquanto esperávamos. Alguns dias haviam se passado, inclusive, meu aniversário estava próximo. Meu cabelo estava preso por causa do calor, assim como o de Baji.

O portão de ferro começou a abrir lentamente, haviam dois guardas ali, fardados de azul, um terceiro saiu e levava um rapaz junto com ele.

Kazutora estava um pouco mais alto, magro, com os cabelos escuros alcançando a altura dos ombros de maneira uniforme, as mechas loiras haviam sumido.

Encarei o moreno ao meu lado, Baji estava parado, olhando para o amigo com os olhos marejados e um sorriso reluzente como o sol. Sorri de satisfação e alegria.

Os olhos cor de areia de Kazutora nos encontraram e se arregalaram.

Eu fui a primeira a me mover, a caminhada rápida fez o Hanemiya correr até nós e Keisuke fez o mesmo, correndo em meu encalço.

Pulei no pescoço de Kazutora o abraçando, ele passou os braços por mim e Keisuke envolveu nós dois em um abraço apertado cheio de sorrisos e lágrimas.

--- Bem vindo de volta, Tora! --- Falei, ainda o apertando fortemente.

--- É bom estar de volta, Hana. --- Ele riu.

Levamos Kazutora para a casa de Baji e após o Hanemiya tomar um banho e comer, contamos a ele toda situação que se desenvolveu nos últimos meses. Ele prontamente aceitou nos ajudar, sabia que podia contar com ele.

--- Kazutora, você tem onde ficar? --- Baji questionou, lavando a louça na pia.

Olhei para o Hanemiya sentado a minha frente. Sua garganta oscilou por um momento e ele sorriu, parecendo mecânico ao falar.

--- Meus avós, vou ficar com eles. --- Contou.

Mordi os lábios. Os pais de Kazutora haviam cortado os laços com ele após ser preso pela segunda vez, Baji havia me dito isso, mas eu duvidava sobre essa história de avós.

--- Qual é, fala a verdade, cara. --- Kei se virou, secando as mãos num pano de prato --- Seus avós nem moram em Tóquio, isso se eles ainda estiverem vivos.

--- Eu vou me virar. --- Kazutora afirmou, sem dar espaço para discussão --- Vocês me tiraram do reformatório, isso já é bom o bastante.

--- Ah, vamos, Tora, não precisa disso com a gente. --- O encarei --- Olha, meu pai deixou um apartamento pra mim, a empresa do Pah está o alugando, mas assim que o contrato com o inquilino atual acabar você pode ficar lá pelo tempo que precisar.

--- Hana, não precisa...

--- Claro que precisa. Eu não vou morar lá de todo jeito, e já o alugo faz tanto tempo, seria bom ajudar um amigo, meu pai ia gostar. --- Sorri pequeno --- Não se preocupe com aluguel, você vai pagar prestando serviços a gangue, mas vai demorar um tempinho para poder se mudar, que tal?