Chapter Thirty-One: Life Changes

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"Você não acorda um belo dia e se transforma em borboletas — crescer é um processo"

"Você não acorda um belo dia e se transforma em borboletas — crescer é um processo"

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Junho de 2001

Da próxima vez que acordou, Harry estava na sua própria cama, confortável na sua casa. Alguém passava um pano úmido pelo seu rosto e pescoço, e ele não conseguiu evitar o estremecimento ao sentir o tecido macio batendo na ferida na sua pele.

- Harry? - essa voz não era de quem ele achava que pertencia. Ao invés do seu companheiro, era Hermione quem o velava no sono. - Ah, ele está acordando. Vá chamar Edward!

Harry não sabia com quem ela falava, mas não reclamou se tivesse o companheiro ao seu lado o mais rápido possível.

Ele tentou se levantar, mas era como se seus membros estivessem presos a cama. Harry se sentia tão fraco... Quanto tempo tinha dormido? Há quanto tempo não comia?

- Shh! Não se mecha, ou sequer tente se mexer. Você precisa se alimentar, Harry.

Ele já tinha presumido aquilo, mas não tentou externar seus pensamentos. Harry decidiu que esperar seria mais produtivo, e se manteve parado, tão imóvel que mal percebia a própria respiração.

O barulho da porta se abrindo levemente chamou a sua atenção, e o moreno forçou seus olhos a se abrirem, tranquilo com a escuridão reconfortante que não irritava sua retina recém exposta novamente. Remelas colavam suas pálpebras juntas, e mais uma vez ele se perguntou por quanto tempo tinha dormido.

A porta se fechou, e Harry sentiu mais do que viu que só havia ele e mais uma pessoa no quarto. Passos leves se aproximaram, hesitantes, e o moreno esperou.

- Coração? - aquela voz meio rouca, falhada pela emoção, sempre teria o poder de acordá-lo por completo. Qualquer ressalva ou hesitação que Harry tivesse se esvaiu naquele momento, e uma inspiração forte deixou o seu corpo.

- E-Edward - sua voz mal funcionava de tão seca que sua garganta estava. Na sua linha de visão, ele pôde ver uma sombra dos cabelos cor de cobre do vampiro, e um segundo depois um canudinho era pressionado contra a sua boca.

A água era quase uma benção e uma maldição. Não estava gelada, mas ardia ao descer, causando mais dor do que ele podia imaginar. Ainda assim, não conseguia parar de beber, sentindo que, se parasse, morreria desidratado, seu corpo absorvendo cada gota como se evaporasse.

- Calma, espera um pouco. Você vai passar mal assim - Edward brigou, puxando o canudo dos seus lábios e respingando água na sua bochecha.

Harry agradeceu quando ele se inclinou para limpá-lo, permitindo-o ver seu companheiro perfeitamente, mesmo na penumbra.

Ele não estava bem, aparentemente. Seus olhos tinham bolsas escuras sob eles, o que surpreendeu o moreno — há quanto tempo ele não dormia para isso ser visível? —, além da pele mais pálida que o normal. Mesmo assim, ele não conseguiu conter o seu sorriso, e nem as lágrimas que tomaram conta dos seus olhos, embaçando sua visão.

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