Chapter Thirty: Like Lily

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"A verdade vai te libertar"

 Seus ouvidos surdos captavam o som da agua rasa nos seus pés, e seus olhos cegos nada viam além de um contorno claro ao longe

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Seus ouvidos surdos captavam o som da agua rasa nos seus pés, e seus olhos cegos nada viam além de um contorno claro ao longe.

Harry tentou andar, mas seus pés pareciam presos na água, como se fosse um daqueles líquidos não newtonianos que Hermione lhe explicara sobre. Conseguia se mover muito lentamente, mas quando tentava algum movimento brusco, estava preso.

Aquele contorno claro, porém, se aproximava rapidamente.

Ele não andava; flutuava sobre o líquido, zombando do seu proposito. Parecia trazer uma luz própria, iluminando o próprio caminho e nada mais. Logo, o que parecia a muitos metros de distancia, estava muito próximo.

Seu rosto, Harry reconheceu, e por isso tentou se afastar com pressa, se vendo caído de costas no líquido estranho por causa do movimento brusco.

Os cabelos marrom claros flutuavam ao redor da sua cabeça como se estivesse em gravidade zero. As rugas formadas em seu rosto com a idade e preocupações não existiam mais, e ela parecia mais jovem e cheia de vida do que nunca, embora estivesse morta.

- Pequeno Lírio... - sua voz parecia mais limpa, como se fosse de antes dela começar com o seu vicio em cigarros. Harry teve que segurar as lágrimas pela milionésima vez no dia.

Não havia uma pessoa nesse mundo que o dissesse como ele era parecido com a sua mãe, somente ela. Sirius e Remus o chamavam de Prongslet, em referencia ao seu pai, e pouco lhe falavam sobre Lily Potter. Ela... ela o contou de tudo.

- Andy? - perguntou Harry, desacreditado, imaginando que seus olhos o pregavam uma peça.

- Olá, Harry. Como está?

Ele se levantou com pressa, mas não correu. A encarou com os olhos verdes nublados, confusos e desesperados, e esperou algum sinal de que não estava enlouquecendo.

- Tem muito tempo que eu não te vejo... bem, que não falo com você.

Harry fechou os olhos com força, esfregando-os como se para dissipar a ilusão. Puxou os cabelos ao ver que ela continuava ali, perdido.

- Eu morri? - sua voz fraca questionou, embargada, vacilante.

- Não - disse uma segunda voz -- uma voz masculina. - Bem, sim, mas posso manda-lo de volta.

O moreno se virou, tentando não cair, e encontrou o dono da voz profunda e tenebrosa que exalava escuridão.

Era um homem de pele tão escura quanto a noite, embora cintilasse como as estrelas, e fosse tão lisa quanto gesso na parede. Se não fosse pela saia que usava, estaria nu. Seu peito tonificado estava descoberto, expondo runas que ele nunca vira e que brilhavam como ondas iluminadas pela luz da lua. Na verdade, Harry conhecia uma, sim. O triangulo que envolvia um circulo que era cortado por uma reta. O símbolo das Relíquias da Morte.

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