Chapter Thirty-Four: Survivor

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"Eu aprendi que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito"

"Eu aprendi que não posso escolher como me sinto, mas posso escolher o que fazer a respeito"

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Junho de 2001

Quando Harry se levantou, o corpo de Luna permaneceu imóvel no gelo machado de vermelho vivo do seu sangue. Toda a esperança que ele possuía de que fosse um sonho, um pesadelo, se foi no momento que ele olhou para os Volturi e o mundo continuou rodando, o tempo passando, e nada daquilo se desfez.

- É realmente uma grande perda - sussurrou Aro, olhando para a garoa caída, sem expressão. - Sua vida foi brilhante, assim como a sua habilidade.

- É tudo que importa pra você, não é? - respondeu Harry venenosamente, a dor do luto o dominando. Edward o segurou pelo braço quando ameaçou avançar em direção ao clã.

- Sim, Harry Potter, e você entenderá isso após séculos de existência. É necessária experiencia e habilidade para sobreviver e nos proteger, além de seguir a ordem natural da vida e meia vida. Essas... criaturas queriam quebrar aquilo que é sagrado, utilizando de um argumento frívolo e mesquinho. Sua amiga é uma heroína por salva-lo e poupar a todos uma dor inimaginável.

Harry sabia a qual todos ele se referia e, por um momento egoísta e que o fez ter nojo de si mesmo, ele agradeceu por não ter sido ele a morrer naquele dia. Agradeceu por não ter que machucar seu companheiro ou seus filhos ao deixa-los sozinhos.

- Nós vamos deixa-los em paz, a menos que transcorram alguma das nossas regras. Não me faça me arrepender de minha escolha, Harry Potter - Aro disse, lançando um ultimo olhar ameaçador antes de se virar, seguido pelo resto do clã, e desaparecer no meio da neve.

Harry olhou-os sumir tentando ignorar o sangue que secava na sua mão. Manteve o olhar para o longe, distante das manchas vermelhas nos seus pés e do corpo ainda quente cujo calor ele podia sentir começar a mudar. Sentiu um toque leve no seu braço, e se virou para olhar nos olhos de Hermione, que chorava.

- O que fazemos agora? - ela perguntou num fio de voz, e todos esperaram a sua resposta.

O que fariam agora? Ora, só havia uma resposta.

- Vamos para casa.

[...]

Forks chorava.

Desde que eles chegaram na cidade, a chuva não tinha cessado, as grandes nuvens cinza não mostrando sinal de parar o seu lamento pela alma brilhante perdida.

Harry não queria sair de onde estava, confortável envolto nos cobertores com cheiro de incenso e chá preto, olhando as paredes desenhadas e únicas, esperando a habitante do quarto entrar saltitante pela porta. Em suas mãos, estava uma carta, amassada nas pontas depois de segura-la por muito tempo, sem coragem de ler.

Mas ele tinha que ler. Tinha que ler antes do velório naquela tarde.

Com os dedos trêmulos, ele desenrolou o pergaminho, emocionado com a letra delicada que fora sua correspondente por anos.

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