Bonus Catarina

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Capítulo 50

Bônus Catarina

Uma noite inconsequente

# Catarina

Eu não devo nada a ninguém e trabalho desde os meus 16 anos. Sou indecifrável e independente. Nasci no Brasil mas vim para os Estados Unidos junto com a minha mãe que tinha como desejo melhorar a nossa situação econômica. Minha melhor amiga se chama Ana Julia e ela é totalmente o oposto de mim pois enquanto ela é doce e delicada eu sou uma fera indomável.

"Que cada mulher possa ter a liberdade de se sentir cada vez mais livre sobre suas decisões, sair da prisão do medo: medo de estar em um relacionamento que não lhe faz bem, medo de ser mal vista, mal falada.

Saber que o melhor relacionamento é aquele consigo mesma. O seu bem-estar não deve estar relacionado à alguém, mas sim a você mesma!

Ei musa, lembre-se: relacionamentos não te definem, comentários depreciativos não te definem, suposições não te definem e não definem nenhuma mulher. Não aceite quem te diminui, te violenta emocionalmente, ou fisicamente.

Que possamos nos libertar dessa estrutura machista que vivemos e tenhamos cada dia mais a nossa liberdade de escolha, sem julgar-nos e comparar-nos com outras pessoas.

Sou grata por tudo o que me cerca, por tudo o que me acontece e até mesmo pelas decepções... Sou grata pela adversidade da vida que me desafia a ser melhor a cada dia"

Minha mãe me criou sozinha desde quando eu era uma bebezinha e até hoje eu não sei quem é meu pai. Sei que ele é americano, mas não tenho acesso às outras informações porque minha mãe nunca quis conversar sobre ele comigo. Obviamente eu sempre a respeitei e mesmo tendo curiosidade, eu nunca insisti para que ela me contasse sobre ele. Afinal, ele não nos fez muita falta. Passamos por algumas dificuldades, mas graças a isso eu tive que aprender a me virar desde cedo. Para pagar a faculdade, por exemplo, acabei virando uma dançarina de boate de streap tease e fui ainda mais além quando decidi me prostituir. Felizmente foi por pouco tempo e graças a minha melhor amiga e a minha mãe, fui trabalhar na casa dos Glecory.

Sou auxiliar de enfermagem da Mileny, ela tem a mesma idade que eu, porém uma personalidade muito diferente. Ela é doce e ingênua enquanto eu sou impulsiva. Gosto de viver a vida e que mal tem nisso? Hoje inclusive, acabei a convencendo de ir em uma festa super badalada oferecida pela sua própria família. Quero conhecer gente nova, dançar, me arrastar até a pista de dança e esquecer que o mundo lá fora existe.

Nos arrumamos ali mesmo em sua casa, com uma equipe de profissionais da beleza e apesar da cadeira de rodas e da depressão, Milleny estava melhorando a cada dia.

Minha best friend Ana Júlia se casou por conveniência com o Christopher Glecory, o meu patrão. Ele é um homem arrogante que chega a ser insuportável, mas eu sei que ela é completamente apaixonada por ele, mesmo não admitindo.

Ela chegou com a nossa pequena jujuba no colo e eu acabei a convencendo também de se juntar a nós duas e ir na festa de boas vindas do tal primo da Mileny e do Christopher.

Meu vestido era preto, colado no corpo, deixando à mostra todas as minhas curvas. A minha maquiagem estava carregada, passei um batom vinho e coloquei uma máscara estilo mulher gato. Era um baile de máscaras então o traje era a rigor.
A Milleny escolheu um vestido rosa mais delicado e pra Ana Júlia eu escolhi um vestido vermelho sensual, afinal, ela precisava chamar a atenção de outros caras e esquecer aquele safado do Christopher.

Eu estava na cozinha quando escutei o idiota do Cristhopher chegando em casa e maltratando a Ana Júlia. Não sei o que me deu, mas fiquei com tanta raiva que peguei uma panela e bati contra a cabeça dele. A Anaju ficou transtornada e gritou para que eu fosse embora junto com a Milly.

Um casamento da conveniência ao amorOnde histórias criam vida. Descubra agora