Capítulo 37A primeira vez
# Ana Júlia
Christopher me encarou com um sorriso maroto brincando em seus olhos. Nossas mãos estavam unidas enquanto a outra estava no volante, uma atitude simples mas que estava aquecendo o meu coração. Eu estava fora de órbita, a adrenalina corria pelas minhas veias enquanto a dúvida dos nossos próximos passos pairavam sob a minha mente. A felicidade me consumia pouco a pouco enquanto meu coração acelerado pulava dentro do peito e aparentava sair a qualquer momento pela minha boca. Encostei minha cabeça em seu ombro relutando contra a vontade incontrolável de me entregar de corpo e alma ali mesmo.
Olhei pela janela do carro e admirei a vista. Era verão e lá fora, o clima agradável de final de tarde se completava àquela deliciosa brisa do ar que entrava pela pequena fresta da janela do carro.
Olhei para ele novamente e o vi assumir uma expressão ansiosa.— O que foi?
Ele deu de ombros. Ergui os olhos para os seus e antes que eu pudesse dizer qualquer outra coisa, o barulho do motor de um automóvel que se aproximou me distraiu, atraindo novamente os meus olhos para a janela. Era um barulho familiar. Observei meu marido estacionar o carro nas dependências de uma loja de automóveis de luxo e em seguida desci do carro, desconfiada. Christopher me puxou pela mão e com um sorriso divertido em seus lábios, me conduziu para perto de um Audi vermelho, que tinha um laço enorme disposto sob a lataria.
Ah, puta merda! É um R8!
Virei minha a cabeça para Christopher que me examinava com um olhar cuidadoso.
— Feliz aniversário de um mês de casamento — disse, enquanto avaliava a minha reação.
Fiquei ali, estática, pois era o máximo que consegui fazer. Ele estendeu suas mãos e me entregou uma chave presa a um chaveirinho com uma miniatura minha.
— Agora você passou totalmente dos limites — Respondi, quase gritando — Para que isso?
Ele me deu um Audi R8! Puta merda. E era exatamente como eu sempre sonhei !
Meu rosto se abriu num sorriso imenso e dei pulos de alegria sem sair do lugar. Agarrei o seu pescoço puxando-o para mim e lhe beijei, desesperada pelo seu sabor. Christopher pousou as mãos na minha cintura, apertando-a levemente enquanto mordia o meu lábio inferior. Mas assim que o soltei, parte da minha alegria se esvaiu ao ver a vendedora secando descaradamente o meu marido. Não consegui esconder o meu olhar de reprovação para a loira debochada e lhe fiz uma careta. Eu estava empolgada, o carro era lindo, mas ao mesmo tempo eu sentia uma vontade enorme em recusar o presente. Christopher achava que o seu dinheiro era muito importante para mim, mas a única coisa que eu queria era o seu amor verdadeiro.
Avancei novamente em seus braços e grudei meus lábios em sua boca.
Ele me alçou no ar e girou o meu corpo como se eu fosse uma criança de cinco anos.— Você não precisa fazer isso para me conquistar, você já conseguiu isso com as suas atitudes — Gritei com empolgação — Amei muito! Obrigada meu amor!
— Tudo para você, Sra. Ana Júlia Silveira Glecory. — Ele abriu um grande sorriso.
Minha nossa. Que grande demonstração de carinho!
Apesar de ser um presente exagerado, aceitei de bom grado e liguei para a dona Glória para que ela passasse a noite com a Juh. Falei que eu e o Christopher, precisávamos de um momento a sós e ela super entendeu. Tínhamos contratado uma babá, porém como eu não a conhecia direito, fiquei com meu pé atrás.Liguei o meu carro dos sonhos e saí da concessionária. Segui pelas ruas de Nova York ainda mais decidida com a decisão que eu havia tomado: Christopher decidiu me levar para um outro lugar e sem maiores explicações eu aceitei. Estacionei em um shopping para comprar algumas coisas que estavam me faltando enquanto Christopher se dirigiu à uma loja de conveniência. Comprei alguns biquínis, algumas lingeries — se bem que eu não vou precisar de roupas — e o esperei finalizar as suas compras. Eu não tinha a mínima ideia para onde ele estava querendo me levar. A ansiedade era muito grande, a minha expectativa era enorme, do mesmo tamanho do membro dele.
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Um casamento da conveniência ao amor
Literatura Femininaum casamento sem amor por contrato de conveniência será que isso vai dar certo? No livro vai ter devaneios, sonhos de um com o outro o tempo todo! Sinopse Um homem milionario, Cristopher Giovanny Glecory vinte e cinco anos, desiludido, frio, calcul...