Um casamento da conveniência ao amor

Enfrenta e senta

Capítulo 62

# Ana Júlia

"Ou você...
senta e lamenta
Ou você...
enfrenta e senta ."

E quer saber? Que se dane o mundo! Vou sentar, vou dar tudo o que ele quiser e matar aquela vontade louca que me consumia.
Meu corpo ansiava pela nossa união. Ele conseguia incendiar cada centímetro da minha pele sempre que ele passeava as suas mãos por toda a sua extensão, me levando à loucura.
Enrolei meus dedos em seu cabelo, acariciando a sua nuca enquanto ele soltava gemidos de prazer, entre os beijos. Christopher apertou a minha cintura e me trouxe para mais perto, me fazendo sentir o tamanho do seu desejo por mim exposta pela sua ereção. 

— Chris, me leva pro quarto! — Falei quase sem fôlego.

Ele me alçou no ar e me segurou em seu colo, sem interromper os beijos. Havia uma mistura de desejo e carinho, como se através daquele momento ele demonstrasse que não desejava mais ninguém além de mim. Ele estava tão cuidadoso que inevitavelmente senti algumas lágrimas brotarem dos meus olhos.

— Ana eu não sei se eu sou o homem perfeito pra você, mas eu prometo que vou tentar não te decepcionar nunca mais.

Assenti. Ele me carregou com facilidade até o andar de cima e assim que chegamos em nosso quarto, ele me colocou delicadamente sob a cama. Antes de tomar qualquer outra ação, Christopher me encarou com os olhos cheios de admiração e intensidade e eu fiquei ali, observando as inúmeras emoções que eu conseguia enxergar em seu olhar.

Ele beijou meus pés lentamente e em seguida traçou uma trilha de beijos em minha perna, enquanto dividia sua atenção entre mim e o meu corpo. Ele retirou a minha calcinha com a boca e beijou a minha intimidade, me fazendo ir ao céu em poucos minutos.

Olhei para ele e comecei a rir com o tamanho de seu membro, quase estourando dentro do short de pijama. Tudo o que eu queria naquele momento era senti-lo dentro de mim e satisfazer os meus desejos mais impuros.

— Deita amor — Puxei levemente o seu braço, mas ele se afastou — Eu quero te dominar quero sentar até amanhecer.

Ele sorriu, animado com a ideia, mas acabou se detendo.

— Não quero meu amor, vou dar um jeito nisso sozinho!

— Que decepção! Christopher negando fogo? — Comecei a rir feito louca, sem entender — Eu te amo seu ogro gostoso, mas sou enfermeira e sei que o bebê ou os bebês, ficarão bem.

Arregalei os olhos em sua direção, brincalhona.

— Já imaginou se forem 3?

Ele começou a rir.

— Não Ana Júlia Silveira Glecory, nós vamos ter relações sexuais sim, mas prefiro esperar a sua médica autorizar— Respondeu — Não sabemos se está tudo certo e eu não sou um homem imprudente.

Assenti. Infelizmente não fizemos mais nada além de assistir um filme água com açúcar na Netflix e ficar conversando sobre coisas banais até pegarmos no sono. Adormecemos abraçados e mesmo a nossa reconciliação não acontecendo do jeito que eu esperava, eu estava feliz. Afinal, já estava mais do que na hora de nos reconciliarmos.

Acordei com o Christopher beijando meus lábios e sussurrando em meus ouvidos. Uma tentativa pra lá de deliciosa, mas ainda era cedo e a preguiça dominava o meu corpo. Sorri e resmunguei algo em resposta à sua tentativa baixa em me acordar.

— Amor se levanta — Gargalhou — Eu vou te levar em um lugar muito especial.

Com dificuldade ele conseguiu me tirar para fora da cama e fui logo tomando um banho para tentar espantar todo aquele sono. Troquei de roupa e desci para o primeiro andar, ao encontro do meu marido que já estava me esperando para tomar café.
Ele ficou falando sobre a surpresa que ele tinha preparado e fiquei imaginando qual seria ela. Christopher sempre me surpreendia com os presentes mais improváveis e ele fazia questão de me causar essas reações. Eu não precisava de jóias, casas, carros ou de artigos de luxo, somente do seu amor. Aquele com certeza era a maior conquista que eu tive com aquele casamento, mas mesmo assim, eu sabia que ele queria me agradar. Eu sabia que ele ficava feliz sempre que me presenteva e somente por isso, aceitava todas as suas maluquices.