Ventos da mudança

162 16 49
                                    

— VENTIS MUTATIONIS!! — Ouve-se uma voz profunda gritando.

Em um recinto que parecia uma sala do trono havia uma adolescente de dezessete bilhões de anos sentada completamente torta em seu trono prateado, ela era um misto de lobo negro com humano, mas com asas de cor cinzenta, olhos heterocromáticos, um olho aqua e um olho castanho, e possuía cabelos trançados pretos com pontas brancas. A garota usava um vestido branco estilo sereia que fazia dégradé para um tom de verde azulado comumente usado

— Do que precisa, senhor Fatum? — Ventus perguntou desinteressada.

Fatum, o destino, um homem de etnia africana e olhos cinzentos que era tecnicamente pai de Ventus, era o homem que chegou gritando, usava um terno cinza escuro e uma gravata preta, um homem deveras elegante, uma das divindades mais velhas dentre todas, o filho mais novo dentre as três grandes divindades. Os três grandes são O destino (Fatum), O tempo que na realidade é uma divindade feminina (Tínai) e O espaço (Leoconi) e as outras mais fortes são a vida (Bywyd), A morte (Moris), A mudança (Ventus), o sentimento (Temlo), O instinto (Insty), A guerra (Lika) a paz (Izamilye) e por fim, mas não menos importante, a divindade criadora, Sarity. Fora as divindades que estão de férias, os deuses do caos e da praga.

Ventus era a mais nova entre todas, ela nasceu a partir dos poderes do destino e da singularidade, ela é um encosto na existência da maioria das divindades pelo simples motivo de que ela é quem recebeu mais poder de Singularity, Ventus era a sorte, o azar, a mudança de planos, as súbitas escapadas da morte, as mortes repentinas, os desafios às leis da física. Tudo o que as outras divindades planejam o trabalho dela é atrapalhar, mudar o que já foi planejado. As únicas que não são afetadas pelos poderes sem controle de Ventus são Insty, Singularity (obviamente), Tínai e por fim, Leoconi, afinal o que eles controlam é quase imutável. Insty e Ventus são interligados de forma que consequentemente os pressentimentos reais sempre acontecem. Nenhuma das duas tinham total controle, são as mais novas afinal.

— COMO ASSIM VOCÊ TEVE A AUDÁCIA DE DAR A VISÃO PARA ALGUÉM SEM TER TERMINADO O TESTE?! — Fatum gritou com Ventus, não que ela estivesse dando importância.

— Eu simplesmente pensei e achei uma boa ideia, e sinceramente, não está alterando muito as coisas lá, tirando o garoto completamente confuso com o teste... — Ventus disse a última parte entre risinhos.

— MAS VOCÊ FEZ O GAROTO ROMPER O FIO!! — Fatum continuou gritando com Ventus.

— Ou ou ou! Não é minha culpa! Não fiz nada disso não, ele não assinou teu contrato idiota ele que faz o próprio destino esqueceu? Fora que ele que começou, eu só cortei o fio! — Ventus diz petulante, mas ainda achando graça da situação, ela ama ver humanos se lascando com coisas que ela faz sem querer. Ela faz incondicionalmente pessoas perderem e ganharem jogos de azar por exemplo.

— Sinceramente, aonde a senhorita Singularity estava com a cabeça para te dar tanto poder?! — Fatum diz cansado.

— Eu sei lá! Mas meu trabalho é mudar o curso das coisas! E é isso que eu faço!! Vocês brigam comigo e eu só estou fazendo meu trabalho!! — Ventus disse ajeitando sua posição para se sentar normalmente.

— Isso não vai ficar assim Ventus e você sabe, eles irão para o inferno por conta de sua imprudência — Uma mulher disse, se sentando em um dos tronos.

Esta divindade é Moris, a morte. Que usava um vestido preto com detalhes em azul marinho, a morte carregava uma longa foice, que era seu catalizador e uma máscara pendurada em seu cabelo.

— Lady Moris, sinceramente... aquela coisa está mais para uma cidade de pecadores do que para uma punição eterna... — Ventus disse desafiando, ela já acabou lá em diversas punições, ela sempre conseguia fugir na primeira hora.

— Ugh, o que eu faço com você? — Fatum disse se retirando da sala.

Ao ver Fatum se retirando só para irritar Ventus usou magia para fechar a porta do nada. O catalizador de Ventus era uma pedra da Lua envolta em uma lança com um cabo de mármore. Assim logo depois se teletransportando para o mundo humano, indo a um cassino quebrando os sistemas que fazem as pessoas perderem sempre.

⋅•⋅⊰∙∘☽༓☾∘∙⊱⋅•⋅
Após os acontecimentos do réveillon muita coisa aconteceu, inclusive o fio dos três se entrelaçando mais a cada dia, o que fez Izana aos poucos realmente começar a acreditar que aquilo realmente poderia dar certo, mesmo eles três não sendo originalmente almas gêmeas. Principalmente após o sonho que ele teve. Um sonho deveras estranho inclusive, mas ainda assim um sonho interessante, aonde ele falava com um lobo preto gigante, a única coisa que ele entendeu daquela porra foi que nada estava fadado a dar certo, muito menos a dar errado.

Ao acordar daquele sonho ele viu algo, ele havia concluído o teste, seuS fioS estavam aparecendo, brilhavam como uma fita led. Então como uma pessoa com fome ele foi tomar café, e como sempre, Takemichi já estava acordado. Ele estava fazendo um capuccino para si, e como sempre, perguntou se Izana queria café, mesmo sabendo a resposta, mas Izana não esperava ver um nó firme unindo seu fio ao de Takemichi, parecia que mesmo não se encaixando, mesmo que não estivesse predestinado, nem o melhor desfazedor de nós poderia sequer afrouxar aquele em especial, que unia três fios vermelho-brilhante.

— Takemichi você roubou o moletom de Kakucho — Izana disse entre risos.

— Talvez... não conta pra ele!! — Takemichi disse, ansioso.

— Não me contar o que? — Kakucho apareceu na cozinha com uma puta cara de sono.

— Nad— Takemichi foi interrompido.

— O Takemichi roubou teu moletom — Izana disse novamente entre risos.

— Ah vai tomar no meio do teu cu! Porra! Pedi pra não contar!! —Takemichi disse irritado.

— Vem cá Take — Kakucho disse antes de dar um abraço em Takemichi que estava tristinho por Izana ter dito. Porra! O moletom era confortável.

Takemichi se aconchegou no abraço e fuzilou Izana com os olhos, o platinado riu enquanto tomava seu café.

— Gente... que viadagem logo de manhã cedo... Euem, credo — Senju disse, pegando um copo d'água.

— Sejam gays em um quarto ou sei lá. — Hina disse, ela sentia falta da Emma.

— Inclusive Hina eu tenho que conversar contigo beleza, a gente almoça em um restaurante aqui perto e conversa sobre.

— Tá bom... — Hina disse confusa.

⋅•⋅⊰∙∘☽༓☾∘∙⊱⋅•⋅

REVISADO!

Até os laços mais fortes podem ser quebradosOnde histórias criam vida. Descubra agora