Capítulo 14

461 52 23
                                        

Benjamin Taylor

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Benjamin Taylor

Aqui está o texto reescrito com uma abordagem mais fluida e envolvente: Ao entrar no meu apartamento, senti uma pontada de frustração ao ver uma jovem atraente que parecia muito mais nova do que eu. Encarei a cena ao redor da mesa onde estavam meus sobrinhos, minha irmã e meu cunhado. Meu cunhado comentou, meio brincando:


— Olha só, a Bela Adormecida chegou.


— Titiooooo! — gritaram Laura e Lourenzo, correndo para me abraçar.— A corrida demorou, hein? Onde você estava? — perguntei, tentando desviar o olhar da garota.


— Oi, Jim! — exclamou minha irmã, que estava preparando uma macarronada deliciosa com carne moída numa tigela ao centro da mesa, acompanhada de suco.

— Nem vou te abraçar porque está com cheiro de quem não tomou banho.

— Foi mal, já vou me lavar. O jantar está pronto?

— Sim, estamos te esperando.

— Ótimo, Casey, você pode vir um minuto comigo?...Levei Casey, meu cunhado e amigo, para um canto e falei sobre Angélica. Ele ficou chocado.

— Cara, você sabe que isso pode te complicar, né?— O que você quer dizer?— A garota tem dezessete anos. Beijar é uma coisa, mas pela lei, qualquer intimidade maior pode ser considerada crime.

— E eu não sei? Você acha que essa culpa de desejar ela todos os dias não me atormenta? Já até sonhei com ela. Eu a vejo como uma mulher.

— Uau! Você realmente está a fim dela, mas se ela te faz feliz, siga em frente. Só não a leve para a cama até ela completar dezoito anos. E, considerando que ela é do interior e você é um bilionário, é melhor ter cuidado.

— Casey, eu nunca me envolveria com ela. Não posso me entregar enquanto não encontrar minha filha, viva ou morta. Angélica não tem nada a ver com isso. Nesse momento, a porta se abriu e meus sobrinhos entraram.

— Papai, a mamãe está te chamando! — anunciou um deles. Casey me olhou com um sorriso cúmplice.

— Fica tranquilo, não vou contar nada à Jim, nem sobre a tortura. Ele olhou para os filhos.

— Quem vai querer voar até a mamãe? — perguntou, pegando os dois pelos ombros, uma brincadeira que eles adoravam....Na escola, entrego as chaves do carro para minha irmã, que pediu emprestado para ir ao antigo acampamento tirar algumas fotos e comparar pistas com Lourenzo e Laura, os espertos gêmeos de oito anos.

— Cuidado, Jim, você está grávida — eu disse, encarando meus sobrinhos dentro do carro.— Eu sou policial da CIA, estou bem preparada. Aliás, antes que eu me esqueça, o Casey está fazendo uma entrevista com o departamento de polícia.

— Ok — respondi. Nos abraçamos, ela me deu um beijo no rosto e fez uma brincadeira irritante, como quando éramos crianças. Meus olhos se fixaram em um casal passando de moto. Quando reconheci a garupa, quase enlouqueci: era Angélica, que me lançou um olhar fugaz antes de se aconchegar ao idiota com quem estava.

— Herrera! — exclamei ao vê-la, mas ela me ignorou.

— Ela sempre é mal-educada com você? — perguntou minha irmã. Angélica se virou um pouco e deu alguns passos em direção a Jim.

— Depende. Afinal, seu marido não é educado conosco em sala, então por que eu deveria ser?— Uau! Menina, você está sendo...

— Herrera, vamos parar com isso. — Ela me lançou um olhar furioso e saiu, balançando o quadril e vestindo uma saia jeans e sandálias de tamanco alto. Olhou para mim mais uma vez, como se tentasse descobrir quem era Jim. Eu não podia arriscar.

— Agora você entende por que é arriscado vir ao colégio.— Quem é ela? — minha irmã perguntou, apontando para Angélica, que estava parada com aquele garoto e alguns colegas.

— Uma aluna. Melhor você ir — respondi, franzindo a testa.

— Sei... — disse ela, parecendo desconfiada. — Quer conversar sobre isso? Tocou em meus ombros. Angélica a avistou e saiu furiosa....Na sala de aula, vejo a supervisora aparecer com o garoto.— O que esse imbecil está fazendo aqui? — pensei.

— Professor Benjamin, peço que a turma dê boas-vindas ao jovenzinho Rafael, que está vindo do Havaí e vai passar uma temporada conosco. A porta se abriu e eu fiquei de boca aberta ao ver Angélica falando ao celular, parecendo não notar a presença da supervisora nem do garoto que ela estava abraçando minutos antes.

— Mamãe, eu também estou sentindo sua falta, do papai e do meu irmãozinho. Prometo passar na loja para ver como estão as coisas, mas agora preciso desligar e, adivinha, tenho aula com um idiota.

— Srta. Herrera, o que significa isso? — perguntou a supervisora.

— Porra! — Angélica xingou, sem perceber que estava diante da classe inteira. Eu sorri discretamente, pois estava a alguns metros dela, e ela me encarou.

— Foi mal... — tentou se desculpar. 

— Caramba, Rafa, por que não me disse? Ela foi até ele, o abraçou, e eu odiei ver como ela girava em sua direção. A supervisora pegou uma régua e bateu na mesa.

— Herrera, professor, me acompanhem. Angélica me lançou um olhar cheio de raiva e seguimos a supervisora pelo corredor.

— Supervisora, foi mal, me desculpe... — ela fez um gesto de misericórdia.

— Pelo que me lembro, você está na detenção e, como isso não está ajudando, por ter me atrapalhado e atrasado a aula do professor de História, você será a assistente dele por dois meses.

— Mas, supervisora!

— Está decidido! Tudo o que o professor Benjamin pedir, você obedecerá. É isso ou ser expulsa.— Ok! — ela estendeu a mão, sem entender de imediato.

— Seu celular...

— O quê?

— Está confiscado! Você sabe que é proibido usá-lo dentro da sala de aula. A supervisora virou as costas e Angélica me encarou.

— Isso tudo é culpa sua. Ela ia passar por mim, mas eu a segurei.

— Me espere no laboratório, preciso falar com você.

— Nunca mais quero conversar com você, "professor". Já entendi sua. É um canalha de quinta categoria, esconde que tem mulher e filhos? Que papelão, francamente... Ela me empurrou e entrou, batendo a porta com força.

— Pelo visto, a pobrezinha se deu mal.

— Não enche, Mike, não estou de bom humor. Benjamin entrou na sala com uma expressão fechada.

— Abram todos na página 234 e façam um círculo. Vamos discutir algumas pinturas históricas.

— Rafa, posso me sentar do seu lado? Angélica se levantou e falou em voz alta. Eu sentia uma mistura de ciúmes e frustração crescendo dentro de mim.

— Claro, princesa! Senta aqui, você esqueceu o livro, não é?

— Valeu, Rafa! — ela pegou seu fichário e um lápis amarelo. Eu me irritava só de ver a cena.

— Com licença! — saí da sala, batendo a porta, e fui ao banheiro lavar o rosto. 

— Se ele a chamar de princesa, juro que me esqueço de quem sou! Bati a mão na pia de mármore várias vezes, deixando algumas marcas. Quando voltei à sala, os alunos estavam em círculo, e Angélica parecia bastante íntima de Rafael, abraçada a ele, com a cabeça encostada em seu ombro.


AngélicaOnde histórias criam vida. Descubra agora