São três da tarde e eu ainda não vi Elizah uma vez sequer, minha avó disse para eu dar um tempo para ela absorver tudo o que aconteceu, fiquei sabendo que ela era bv. Estou me sentindo péssimo, Elizah merecia perder o bv com quem ela amasse e de um jeito mais especial, que droga. Eu espero não ter arruinado tudo, eu não sei se conseguiria viver sem Elizah, não depois de conhecê-la. Eu nem acredito que fui capaz de viver todos esses anos sem ela.
Estou pensando em como iniciar uma conversa com ela, eu já dei tempo demais para ela pensar agora eu preciso consertar a cagada que fiz, preciso pedir desculpa caso eu tenha a pressionado, eu pensei que ela tivesse gostado. Eu pensei que estávamos avançando, mas eu fiz tudo voltar a estaca zero, como sou um miserável.
Chega, fiz uma bandeja cheia como pedido de desculpas e nela tem sanduíche de presunto e queijo, um suco natural de laranja, um pote com uvas e morangos cortados e um pote de iogurte de coco. Acho que se eu não conseguir o perdão pelas palavras, eu ganharei pelo estômago.
Estou indo em direção ao seu quarto e o caminho nunca foi tão longo e torturante, certamente o peso da culpa está pesando tanto que mal consigo mover os meus pés. Praticamente me arrasto até a sua porta e então eu bato. Minhas mãos e pernas estão como geleias, meus lábios tremem sozinhos, pisco mais que o normal, a minha respiração está fora de controle, meu coração acelera e sinto uma vontade enorme de deixar a bandeja ali e sumir para nunca mais voltar, talvez isso aconteça quando eu achar um buraco para enfiar a minha cara porque até agora só achei caixão.
Ouço um "entra" doce e... animado? Que universo paralelo é esse? Balanço a cabeça afastando os pensamentos e abro a porta com certa cautela, na verdade, eu estou me cagando de medo.
- Henry! Bom dia, como está? - Elizah deixa o seu notebook e vem até mim com um sorriso tímido.
- Estou bem, ãnn... eu... e-eu trouxe para... você. - tenho dificuldade para falar.
Droga.
– Oh, obrigada, Henry. - Elizah sorri tímida.
Desvio o meu olhar do seu e me deparo com um retraro nosso, não só um mas como uns três, acredito eu.
- Fotos novas? - questiono constrangido. A verdade é que o ar está pesado.
- Sim, eu revelei algumas fotos antes da gente sair. - Elizah pega a bandeja e se direciona até a sua cama.
- Ah sim... ficaram bem bonitas. - elogio.
- Obrigada. - Elizah toma um gole de seu suco.
- Me perdoe, sol. - digo após minutos de um silêncio totalmente constrangedor.
- Pelo o que? Você colocou veneno no suco por um acaso? - Elizah ri.
Gente mas o que está acontecendo? Elizah não parece estar chateada ou constrangida, ela parece estar perfeitamente normal e... feliz?
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30 razões para viver
RomanceElizah Thompson é uma garota de bem com a vida, mas não pense que foi sempre assim, ela tem um terrível passado que venceu graças ao apoio que recebeu de seu pai que a criou sozinho desde a morte de sua mãe. Mas em uma situação inusitada, ela de dep...