Elizah Thompson é uma garota de bem com a vida, mas não pense que foi sempre assim, ela tem um terrível passado que venceu graças ao apoio que recebeu de seu pai que a criou sozinho desde a morte de sua mãe. Mas em uma situação inusitada, ela de dep...
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Eu esperei.
Por mais que meu pai tenha me dito que ele não viria, eu esperei que ele mudasse de ideia. Então fiz uma linda mesa de café da manhã com tudo o que ele mais gosta, enfeitei com flores e coloquei a nossa música para passar o tempo. Esperei por ele durante toda a manhã, depois pela a tarde e fiquei até a madrugada do lado de fora esperando ele aparecer por qualquer canto que seje.
Henry é da noite, fiquei com medo dele mudar de ideia e aparecer aqui de madrugada mas não me encontrar. Estava frio do lado de fora, mas a esperança dele aparecer estava me fazendo suportar, eu suportaria tudo só para ver Henry.
Mas era cinco da manhã quando a minha fixa caiu, ele não viria conversar comigo, e que talvez eu nunca mais converse com ele. Aquilo me atingiu como uma surra bem dada, doeu tanto que eu senti meu mundo desabar. Henry se afastou de mim, e a culpa era totalmente minha.
Eu fui insensível demais, eu não parei um segundo sequer para tentar compreendê-lo. Henry está passando por mais uma fase difícil de sua vida, está tudo muito confuso e ele simplesmente não sabe como reagir a tudo isso. Acho que no fundo ele não deve estar nem um pouco animado para restaurar a sua família, talvez ele esteja desacreditado.
Mas não entendi de fato o que o levou a fazer o que fez, mas eu sei que não foi porque ele perdeu o interesse, não tão de repente, eu vi a dor em seus olhos quando ele foi embora. Eu só queria poder vê-lo novamente e dizer que sinto muito pelas coisas horríveis que eu disse, queria poder saber como estão as coisas na sua casa e se ele está realmente bem e feliz com tudo isso.
É difícil quando uma pessoa passa tantos dias com você e de repente você entende que nunca mais estará com essa pessoa, é tudo tão confuso. Várias perguntas passam pela minha mente, mas até então, nenhuma resposta, somente teorias e mais teorias sem muitas explicações.
Eu queria entender o porquê detalhado de todo esse afastamento repentino, afinal, eu tenho direito, não é? E vai que eu consigo alguma solução para o problema? Não custa nada tentar ter uma conversa franca com ele, mas não sei bem se é uma boa ideia.
— Ei, como está se sentindo? — meu pai se aproxima como uma tigela recheada de morangos picados em pequeninos cubos.
— Destruída. como eu pude estragar as coisas desse jeito? De repente, se eu tivesse sido mais calma e compreensível, ele logo teria mudado de ideia e nesse momento estaria aqui comigo. — murmuro cabisbaixa.
Não ter Henry aqui comigo é totalmente angustiante. É como se tivessem cortado o meu coração no meio, deixando somente a metade inútil, já que precisa da outra metade. Eu estou desesperada por uma notícia dele, já mandei uma mensagem, apesar de que, a minha vontade era continuar mandando até que ele responda, mas isso seria terrível de chato. Eu odiaria passar por isso, certamente bloquearia o insuportável que fizesse isso. Por isso, mandei somente uma única mensagem, mas não significa que foi curta, muito pelo contrário, quase que escrevo a parte dois da bíblia.
