18|Igual a mim?

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Desde a briga feia, meus malditos progenitores não voltaram mais, e com isso a paz reinou na casa dos Thompson novamente

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Desde a briga feia, meus malditos progenitores não voltaram mais, e com isso a paz reinou na casa dos Thompson novamente. Como duas almas podem pesar tanto um lugar como esses dois? Tem gente que não trás boas energias.

Mas de qualquer forma, eles não insistiram para que Emma fosse para casa, então a mesma está saltitando em meio aos cobertores espalhados pelo chão na sala de estar. Está na hora de dormir e decidimos cumprir dois itens da lista logo de cara, estamos precisando de distrações e momentos felizes para aguentar o tranco.

E quando se trata de distrações, Elizah é mestre. Ela já havia conseguido um pijama idêntico ao dela, ela até que ia comprar um para Emma, mas a mesma estava decidida passar a noite vestida de rainha Elsa. Elizah apostou que ela não passa da meia-noite acordada, eu aposto as onze horas, quem perder terá que pagar uma prenda.

Fizemos cookies e foi a maior bagunça, nós fizemos guerra desde a água até as gostas de chocolates, o que nos fez demorar o dobro do tempo normal para fazê-los. Foi divertido dançarmos como loucos ao som de Não quero dinheiro - Tim Maia. Tivemos que nos esforçar muito para não acordar a casa inteira, eu ainda sou tímido para dançar, mas Elizah me pediu para lhe acompanhar e eu faço de tudo por ela. Nem hesistei ou ao menos pensei, sequer me lembrei de que eu não sei dançar sem coreografia pronta, na verdade nem com coreografia. Mas para mim nada importava, a não ser ir e fazê-la sorrir.

A sensação de estar apaixonado é boa, mas só de saber que tudo o que você sente é totalmente recíproco, é coisa de outro mundo! Eu acho que nunca fui tão feliz, por mais que não esteja tudo perfeito, só de ter Elizah e Emma ao meu lado rindo até do vento nesse exato momento, para mim já é suficiente. Eu não preciso de mais nada, ganhei um ótimo quase sogro e a minha avó sempre cuidou de mim como uma mãe, e eu não sabia o quão sortudo eu era por ter essas duas mulheres em minha vida, graças a Elizah agora eu vejo.

Claro que, está tudo uma droga. Eu nunca tinha visto a minha mãe tão surtada, óbvio que aquela não é e nunca vai ser ela, de repente, o trauma a fez ficar neurótica, ou vai saber pelo o que ela passou detalhadamente. Esse mundo é podre e pode nos fazer enlouquecer, mas será que ao ponto de voltar com um monstro? Ele sequer se arrependeu de verdade, fez um show de atuação, — ruim, para variar — eu estou muito irritado, mas me controlei ao máximo por Elizah, vi as suas expressões e as reações automáticas de seu corpo. Ela odeia essas brigas, mas se meteu em uma só para me defender. Certamente, não era dessa Angeline que eu estava com saudade.

— Ei, você tem certeza que está bem? Se quiser podemos deixar para outro dia. — Elizah põe a sua mão em meu ombro esquerdo, chamando a atenção para si.

— Estou bem, raio de sol, não se preocupe. Eu quero muito cumprir esses itens da lista com você. — sorrio a puxando para um abraço tranquilo.

— Ei, já pensou o que faremos quando essa lista acabar? — Elizah acaricia o meu rosto com ternura.

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