13|Raio de sol

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Elizah está dirigindo o nosso carro de aventuras em alto velocidade, essa garota não tem juízo algum na cachola

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Elizah está dirigindo o nosso carro de aventuras em alto velocidade, essa garota não tem juízo algum na cachola. Estou curioso para saber quem foi o doido que viu Elizah dirigindo e simplesmente pensou "ela dirige tão bem, acho que vou lhe aprovar." Certamente essa pessoa não estava sóbria quando decidiu isso.

Mas tirando a parte que Elizah parece estar querendo tentar um suicídio e um homicídio ao mesmo tempo, está tudo perfeitamente incrível, ainda podemos ver a lua crescente brilhar juntamente com as estrelas, saímos bem cedo de casa porque aonde vamos é um lugar diferente e bastante longe. Vamos a um campo que Elizah já passou em frente durante uma viagem, só espero que o dono não nos matem com uma espingarda.

Elizah me garantiu que é seguro e totalmente vazio, então logicamente eu aceitei, – ainda me cagando de medo – entreguei nas mãos de Deus, e cá estamos. Nossas mães devem estar orgulhosas por estarmos vivendo a nossa juventude de uma maneira tão pura. Eu nunca pensei muito sobre a minha mãe, só no quanto eu sentia falta dela.

Foi reconfortante, pela primeira vez eu senti como se ela estivesse realmente comigo. Como a minha mãe amaria Elizah, elas se dariam tão bem.

– Ei, você ficou sério de repente, o que houve? – Elizah para o carro.

– Nós já chegamos? – faço uma careta confusa.

– Sim, mas o que houve? – Elizah torna a perguntar.

– Eu só... lembrei da minha mãe, e no quanto ela adoraria te conhecer. – suspiro.

– Eu adoraria conhecê-la, sabe, eu ainda posso fazer isso, é só você me falar mais sobre ela. Se você quiser, é claro. – Elizah dá um meio sorriso.

Eu sei que o assunto "mãe" é tão complicado para ela quanto é para mim, ela perdeu a mãe muito mais cedo que eu e ainda tem o lance da culpa que eu sei que ela sente. Se a minha mãe morresse bem de baixo do meu nariz, com certeza no futuro eu me acharia um burro por não ter percebido e me culparia dia após dia por não tê-la salvado.

– Ainda é difícil para você também? – pergunto.

– Não muito, a verdade é que meu pai me ajudou muito nisso tudo, ele sempre foi totalmente sincero comigo e me ensinou a ser com ele, acho que é por isso que hoje eu sou um livro aberto. – Elizah sai do carro.

– Então porque não diz o quanto se sente triste em relação a sua mãe? - a sigo.

– Você já viu algum livro gritar sobre as histórias que possui? – Elizah senta no chão.

– Não. – faço o mesmo que ela.

– Pois é, eu sou um livro aberto esperando alguém ter um interessante em ler, isto é, perguntar. Eu nunca te disse nada relacionado a minha mãe porque você nunca perguntou. – Elizah dá de ombros. – Sabe, você nunca me disse como a sua mãe se foi. – Elizah me lembra.

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