15|Meu primeiro amor

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O pai de Elizah nos informou que voltaria hoje pela manhã, um pouco antes do almoço, e é por esse motivo que todos nós – minha avó, Emma, Elizah e eu – estamos a sua espera bem a frente do local de desembarque, Elizah está mais feliz que nunca, dá...

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O pai de Elizah nos informou que voltaria hoje pela manhã, um pouco antes do almoço, e é por esse motivo que todos nós – minha avó, Emma, Elizah e eu – estamos a sua espera bem a frente do local de desembarque, Elizah está mais feliz que nunca, dá para ver que eles tem uma ótima relação. Ele sentiu muita saudade dele e deu para perceber que ela nunca ficou tanto tempo longe dele, mas pelo menos eu estive ali para preencher o seu dia. Mas estou com algo na cabeça, e se ele achar ruim eu ter ficado todo esse tempo enfurnado em sua casa sozinho com a sua filha? Se eu fosse um pai eu não iria achar graça alguma.

Tudo bem que Elizah me assegurou que ele não havia demonstrado incômodo nessa situação e que nós não estávamos completamente sozinhos, vó berta estava lá. Mas digamos que ela não se importava de ficarmos sozinhos por horas, na verdade ela fazia o máximo para isso acontecer então se quiséssemos fazer alguma coisa, certamente já teríamos feito.

Hoje seria o dia de completar o décimo quinto item da lista, mas pelo visto isso vai ser impossível, visto que, o dia está totalmente ensolarado e quente.

– Papai! – Elizah grita tão de repente resultando em mim um belo de um pulo assustado.

Claro que Emma não deixaria isso escapar, a risada doce e escandalosa da mesma ecoa pelo aeroporto, agora vou ter que aguentar ela me zuar a semana inteira, talvez até ficarmos velhos.

– Liz, que saudades! – ouço um voz abafada.

Oh céus, é ele. Será que depois eu vou levar um sermão daqueles? Vou me esconder atrás da minha avó.

Henry, filho! Como está? – o senhor Thompson vem até mim me dando um... abraço?

Que mundo é esse? Qualquer outro pai que visse um amigo suspeito que passou doze dias com a sua filha na sua casa, iria passar direto e com a cara mais fechada do mundo, isso se por algum milagre não descer a porrada.

– Eu estou bem, senhor Thompson, como foi a viagem? – pergunto educadamente, porém ainda nervoso.

– A viagem foi bastante cansativa, acredita que eu tive que fazer massagem cardíaca no meio do avião? Foi uma loucura. – o sogro dos meus sonhos ri. – E por favor, sem cerimônias por aqui, você já faz parte da família portanto me chame pelo nome ou se quiser até de "tio" – Andrew sorri.

– Obrigado. – digo ainda tímido.

Não é como se eu fosse chamá-lo de tio do nada.

Dr. Thompson, seja bem-vindo de volta, pode apostar que cuidei bem da sua menina. – minha avó o abraça de uma maneira delicada.

– Berta, obrigada pelo carinho e os cuidados com o meu tesouro. E quem é essa princesa? – Andrew se abaixa para ficar na mesma altura que Emma.

– Eu sou a Emma, sou irmã de coração da Elizah. – Emma diz sem vergonha alguma.

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