Chapter Four

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  S/n Smith Pov

Ficamos em torno de duas horas naquele depósito ouvindo o "depoimento" do Eddie, e conversando sobre esse tal de Vecna. Eu fiquei calada a maior parte do tempo, ainda é difícil pra mim ter que assimilar toda essa história de monstros e mundo invertido. Pra dizer a verdade, continuava sem acreditar naquela história, mas algo em mim dizia que eu precisava ficar. Então preferi seguir meus instintos e ver até onde essa história me levaria.

Quando vi que já estava tarde da noite resolvi voltar para casa, Steve se ofereceu para levar a Max e eu até o bairro, já o Dustin e a Robin ficariam mais um pouco com o Eddie no depósito. Entramos no carro do Steve e seguimos caminho até o bairro. Durante todo o caminho não trocamos uma palavra, e particularmente eu preferia assim, minha mente estava confusa e a única coisa que precisava era de alguns minutos de paz sem pensar em absolutamente nada.

O relógio no meu pulso marcava 23:35 da noite, quando chegamos no esconderijo do Eddie eram 17:20, o tempo pareceu ter voado e eu nem havia percebido. Com certeza meu pai deve ter chegado em casa, e com outra certeza acabou notando minha ausência. Ele vai me matar. Mas de qualquer forma evitei pensar muito nisso. Já faltavam dez minutos para meia-noite quando chegamos no bairro. Steve nos deixou em frente a casa da Max, se despediu, e em seguida foi embora. Nós duas continuamos ali em pé, paradas por alguns segundos até uma das duas quebrar o silêncio.

Max: Que dia, não é.

S/n: Nem me fale... — Dou uma risada meio sem jeito com toda aquela situação.

Max: Ainda não consegue acreditar, não é? — Ela pergunta se referindo ao assunto que tivemos lá no depósito, a poucas horas atrás.

S/n: Max, não ache que estou duvidando de você. Mas eu preciso de tempo para assimilar as coisas, eu nunca tive contato com nada desse tipo antes. Não é fácil de compreender isso do dia pra noite.

Max: Ou seja, você continua sem acreditar... — Max desvia seu olhar para o chão parecendo estar desapontada. — S/n, eu já disse que você não é obrigada a participar disso. Ainda há tempo de voltar atrás.

S/n: Mas eu já tomei minha decisão. Eu tô nessa com vocês, e de qualquer forma, eu quero ver até onde isso vai me levar. Quem sabe eu acabe presenciando algo que acabe com minhas dúvidas, não acha? — A ruiva da uma risadinha.

Max: É, quem sabe. Mas, mudando de assunto agora... Eu queria dizer que ouvi as músicas que você gravou na minha fita. — Automaticamente um sorriso meio bobo se formou nos meus lábios.

S/n: Jura? Que legal! E só por curiosidade... — Me aproximei um pouco dela. — De todas elas, de qual você mais gostou?

Max: Bem, deixa eu pensar... — Max faz uma cara de pensativa. — Aquele tal cantor brasileiro que você citou na noite passada. Cazuza, Exagerado.

S/n: Uou! Você tem bom gosto. Essa é a minha música favorita.

Max: Digamos que ela também se tornou uma das minhas favoritas. Mas claro, depois de Kate Bush. 

S/n: Kate Bush também é minha favorita, depois do Cazuza, é claro. — Eu meio que debochei dela, na brincadeira.

Max: Você é muito palhaça, garota! — Ela me dá um soco de leve no braço me arrancando uma risada. Por alguns minutos eu senti uma sensação boa estando ali com ela, apenas conversando. Mesmo depois dessa confusão, contínuo nutrindo sentimentos pela Mayfield. Ela chama minha atenção de alguma forma.

Mas, toda aquela sensação de paz foi embora quando escutei uma voz masculina vindo a alguns passos longe de mim. Era meu pai na porta de casa, ele parecia estar super irritado.

Stranger Things - Meu Primeiro Amor ( Maxine Mayfield )Onde histórias criam vida. Descubra agora