[09] Uma partida de quadribol com ressaca

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— Por que você acendeu as malditas velas?

— São oito da manhã, Draco.

— E sábado.

— Há treino — disse Goyle, acendendo a lareira com um movimento de sua varinha. Draco gemeu. Às vezes ele sentia muita falta dos dias em que tinha lacaios.

— Não vou — murmurou ele, enroscando-se no sofá macio. Ele nunca chegou aos dormitórios; ele se sentou na sala comunal com a intenção inocente de esperar até que sua cabeça parasse de girar, mas seus músculos estavam ansiosos demais e sentar se transformou em deitar. Ele dormiu lá pelo resto da noite, suas roupas amassando enquanto ele se revirava e sua língua ainda tinha gosto do gozo de Harry.

— Nosso querido Draco está de ressaca, Greg. — Blaise riu, a figura esbelta deslizando tão elegantemente pela sala fria. Ele levantou as pernas de Draco e as colocou em seu colo enquanto se sentava, dando nó na gravata.

— Caia fora, Zabini. Como você sabia?

— Você acha que está sendo sutil? De qualquer forma, foi o que Pike me contou no dormitório.

— Como Pike sabe?

— O que você quer dizer com "como ele sabe"? Ele estava com você.

Draco levantou o braço que estava descansando sobre os olhos, lançando a Blaise um olhar nada impressionado.

— Ele não estava.

Goyle, que se sentou na poltrona mais próxima das chamas florescentes, ergueu os olhos com a testa franzida. O sorriso de Blaise foi lento e acusatório.

— Com quem você estava então, para que Pike sentisse que precisava dar cobertura a você?

— Sabe, eu tenho outros amigos além de vocês, idiotas.

— Na verdade, você não têm — Draco.

— Cale a boca, Goyle.

Ele realmente não estava com disposição para perguntas. Sua cabeça estava rachada, seca como uma ameixa seca, mas transbordando, cheia demais, repleta de lenços de papel amassados ​​e bebida velha - um deserto muito apertado, ao que parecia, barulhento, embora não houvesse nenhum som, e ansiando pela escuridão. Ele queria voltar a dormir. Queria que o sábado fosse banido pela inconsciência; Domingo, talvez, também. Ele poderia ficar de pé na segunda-feira, tinha quase certeza. Na terça-feira ele tinha certeza de que seria capaz de pensar.

— Com quem você estava? — Blaise repetiu. Seus longos dedos envolveram firmemente o joelho de Draco. Draco bufou.

— Você realmente é péssimo em intimidação, Zabini. Não é à toa que Bellatrix nunca lhe ensinou como torturar.

Da poltrona veio o estrondo baixo da risada de Goyle. Ele balançava o joelho para cima e para baixo, o pé deslizando nas tábuas do chão com um guincho persistente e irritante; toda energia reprimida, como sempre ficava antes dos treinos de quadribol. Se Draco fosse capaz disso, ele teria jogado para ele um dos travesseiros prateados.

O comportamento de Blaise, por outro lado, não vacilou - nunca vacilava, o poder dos vaidosos. Ele simplesmente contraiu os lábios em um sorriso divertido, em um tom sarcástico e monótono quando refletiu:

— Se ao menos fôssemos todos tão insensíveis quanto os Malfoy.

Draco sorriu, lento e cansado, e colocou o braço sobre os olhos.

— Impossível.

— Vamos então, pessoal? — veio uma voz melosa. Harper estava encostado no arco de pedra que levava aos dormitórios.

Nyctophilia | DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora