[18] Sonserinos e Fantasmas I

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Na terça-feira seguinte, Draco reuniu coragem para abordar Harry na escola.

Não Harry sozinho. Harry com seus amigos.

Ele caminhou até eles, nada menos que no Salão Principal, perto da movimentada mesa da Grifinória, tocou o braço de Harry e falou:

— Posso falar com você um minuto?

Como ele esperava, Ron e Hermione fixaram nele pares de olhos estranhos, oscilando entre amigáveis ​​e inseguros. Pouco importava, no entanto. Harry sorriu, e Draco não conseguiu se concentrar em mais nada.

— Quase não vi você o dia todo. — Harry disse enquanto Draco o levava embora com a mão em seu cotovelo.

— Bem Olá.

— Ei. — Harry sorriu, torto, adorável, e inclinou a cabeça para beijá-lo. Uma coisa suave, e ainda assim o barulho das mesas - que sempre era terrivelmente alto, porque ninguém tinha o menor senso de boas maneiras à mesa - caiu completamente dos ouvidos de Draco. Ele ouviu o zumbido de seu próprio sangue e seguiu os lábios de Harry quando ele se afastou, atordoado, chocado, mas Harry não o cedeu. Ele permaneceu fora de alcance, com os olhos brilhando, pecaminosamente tentador, até que os sons do Salão Principal aumentaram novamente.

— Para o que foi isso? — Draco perguntou.

Harry encolheu os ombros.

— Você disse que deveríamos nos beijar na frente da escola uma vez, lembra?

— Sim, mas eu não esperava que você aceitasse isso. — Draco respondeu em tom incrédulo.

— Bem, eu fiz. — Harry sorriu. Ele inclinou a cabeça em direção à mesa dos professores do outro lado do Salão Principal. — Você acha que algum deles viu?

Draco olhou para a plataforma elevada. Ele pensou poder ver, através das cabeças agitadas de dezenas de estudantes, os olhos redondos de McGonagall fixos nos dele.

— Acho que sim — ele sorriu. — Esperemos que sim, pelo menos.

— O que você queria me dizer, afinal?

— O que?

— Você me arrastou para me contar uma coisa, não foi? — Harry franziu a testa.

— Oh. Sim, bem, não consigo me lembrar agora, não é? — Draco suspirou, envolvendo frouxamente um dos pulsos de Harry com a mão para puxá-lo um pouco mais para perto. — Você tem lábios que distraem.

— Eu beijei você por um segundo — Harry revirou os olhos, mas estava reprimindo um sorriso. — Eu tenho treino de Quadribol, pense rápido.

Draco cantarolou. Hermione e Ron ainda estavam olhando; muitos outros também, Draco calculou. Ele não estava muito inclinado a soltar o pulso de Harry, entretanto.

— Você tem planos para sexta à noite?

— Claro. — Harry bufou. Foi uma pergunta estúpida, na verdade - Harry e seus amigos não passavam uma noite de sexta-feira em Hogwarts desde o início do ano.

— Você os cancelaria?

Isso fez Harry levantar uma sobrancelha interrogativamente. Draco, encorajado, segurou seu outro pulso - e o Salão Principal poderia ser amaldiçoado, o Salão Principal poderia parecer como Harry Potter e Draco Malfoy de mãos dadas como tolos apaixonados - e explicou:

— Você não conheceu meus amigos adequadamente.

— Ah — disse Harry. Seus olhos se arregalaram, seu sorriso caiu. — Eu os conheci. Eles me odeiam.

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