Capítulo 55: Não era só uma suspeita

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Castiel acordou naquela manhã se sentindo especialmente mau, tão desanimado que pensou em cancelar todas as consultas que tinha naquele dia. Disse a si mesmo que não podia. Tinha acabado de reabrir o consultório, não dava para ficar cancelando consultas sempre que se sentisse indisposto.

Após reunir coragem, ele se levantou da cama e foi se arrumar para o trabalho, apesar da vontade zero. Tinha um bilhete escrito em post-it colado no espelho. Castiel reconheceu a letra de Dean no momento em que o pegou para ler.

" Bom dia, meu bem. Eu fui trabalhar, mas vou estar de olho no telefone o dia todo. Me ligue se precisar de QUALQUER coisa, absolutamente tudo o que quiser ou precisar. Te amo demais. — Dean".

O ômega sorriu, respirou fundo e, se sentindo um pouco mais animado, fez tudo o que precisava, acordou Bruce, que ainda estava dormindo e saiu do quarto.

Encontrou Benny encostado na parede, mordendo as próprias unhas das mãos em um gesto de nervosismo. Ele arregalou os olhos assim que viu Castiel, andando até o moreno, falando em um quase sussurro:

— Venha comigo. Não diga nada, apenas venha.

Castiel foi, sentindo o coração acelerar a cada passo, se perguntando o que diabos estava acontecendo. Benny o levou para o consultório na mansão e o fez se deitar na maca.

— Benny, quer me dizer o que está acontecendo? — perguntou, mas o segurança não o respondeu, mexendo nos equipamentos médicos sem dizer uma única palavra. — Benny?

— Erga a camisa. — o Lafitte mandou e, apesar do receio, Castiel o fez, chiando quando o loiro jogou um gel gelado em sua pele. — Fica quieto. — ordenou, começando a deslizar o equipamento pelo abdômen do ômega, olhando para o monitor ao seu lado.

— O quê? Benny! Que merda é essa?! Você não me diz nada! Não percebe que eu tô' preocupado e... E... O que é isso? — Castiel perguntou, ouvindo o som desregulado de batidas, semelhante a um coração, olhando para a tela do monitor que Benny olhava. — Benny, cacete! Me responde, porra!

— Tá' vendo ali? — o segurança indagou, apontando para a tela. — É o bebê.

— É o... O quê?

— Um bebê de oito semanas, Castiel. — ele afirmou, tirando o aparelho da barriga do moreno, se virando para ele com a expressão mais séria que o Novak já viu no rosto do amigo. — Você está grávido de oito semanas.

O silêncio que se sucedeu foi endurecedor no tempo em que Castiel apenas olhou para Benny com os olhos arregalados, sem dizer nenhuma palavra, quase não respirando porque o pânico o tinha atingido completamente.

Grávido.

GRÁVIDO!

AOS VINTE E CINCO ANOS!

Como diabos ele teria um filho estando envolvido até o pescoço em um negócio criminoso de tráfico e morte?

Rafael ainda estava por aí, provavelmente tinha outra pessoa que também os queria morto. Todas as mídias iriam massacra-lo e Dean... Puta merda!

— Eu vou trabalhar. — foi tudo o que disse, limpando o gel da barriga, se levantando e saindo do cômodo.

Minutos depois, com Bruce novamente encarando sua barriga no carro, Castiel finalmente entendeu o comportamento do cachorro. Dizem que animais conseguem perceber coisas como gravidez ou doenças como o câncer. Aparentemente, isso era verdade.

Pelo menos não era câncer.

Castiel ainda estava no carro quando Dean o ligou. O moreno respirou fundo, sentindo o nervosismo se apossar de seu corpo. Suas mãos tremiam quando atendeu.

Senhor Winchester// Destiel AboOnde histórias criam vida. Descubra agora