Capítulo 63: Hormônios do ódio

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— Sim, isso mesmo. Eu acho que é sarna, pelo pouco que ela me falou. — Castiel disse, falando no telefone com um amigo, deitado em uma espreguiçadeira na praia em frente ao hotel em que estavam. — Não, esse outro é só tirar a tala que eu coloquei a algumas semanas. Ele já deve estar bem.

Dean chegou enquanto Castiel ouvia o que o amigo falava, trazendo um picolé de chocolate e uma garrafa de cerveja, um em cada mão. Ele entregou o picolé ao ômega, beijando-o brevemente antes de se sentar na espreguiçadeira ao lado dele e abrir a cerveja.

— Ah, não precisa agradecer. Eu quem devo agradecimentos, você salvou minha vida. — o moreno disse, rasgando a embalagem do picolé com os dentes, visto que uma das mãos estava ocupada. — Tchauzinho, Balth.

Ao ouvir o apelido, Dean apertou a garrafa de cerveja tão forte que ela quebrou em sua mão. O vidro espatifou e o líquido inteiro caiu, por sorte, na areia.

Bruce, deitado no chão na frente deles, ergueu as orelhas quando o vidro quebrou, verificando se o barulho não significava perigo.

Castiel olhou para o noivo com as sobrancelhas arqueadas, o celular desligado em uma mão e o doce na outra.

— O que foi isso?

— Não foi nada. — o alfa respondeu, forçando um sorriso e começando a catar os cacos de vidro da areia para evitar que alguém pisasse.

— Quebrou a garrafa por nada?

— Eu apertei demais, só isso.

— E desde quando você perdeu a noção da sua força?

— Desde que você fica falando com esse vagabundo que claramente quer te comer. — Winchester respondeu, jogando violentamente os cacos de vidro na sacola tinham levado para jogar o lixo. Castiel piscou e deixou o celular em cima da mesa de plástico entre eles.

— Tudo bem, vamos falar sobre isso.

Dean tinha conhecido Balthazar na festa de aniversário de Castiel. Ele era um antigo colega de faculdade, veterinário também e o alfa tinha certeza, todos seus instintos apontavam que ele queria o Novak.

Balthazar não ficou muito tempo na festa. Ele foi embora depois do quinto olhar de "saí de perto do meu ômega!" Que o Winchester direcionou a ele.

— Dean, Balthazar é meu amigo.

— Não gosto dele.

— Tudo bem, mas ele pegou meus pacientes da semana, eu precisava falar com ele. Eu quase não o vejo, não tem razão para ter ciúmes. — o ômega disse, lambendo o picolé que começava a derreter. — Só vamos ficar aqui por uma semana, Dean. Não quero brigar. — argumentou, se sentando ao lado do noivo, deixando um beijo gelado na bochecha dele.

— É, você tem razão. — o alfa concordou, enlaçando a cintura do ômega com os braços. — Mas ainda não gosto dele. — disse, beijando Castiel quando ele sorriu e revirou os olhos.

— Quer? — Novak ofereceu o picolé, arregalando os olhos quando Dean mordeu e tirou um pedaço. — Não! Não era para morder! — reclamou, ficando emburrado quando o alfa riu, sorrindo quando ele o beijou de novo. — Vai comprar outro para mim depois.

Minutos depois, deitado enquanto pegava um pouco de sol, Castiel observava Dean surfando. Ele ficou surpreso quando o loiro lhe disse que costumava surfar na infância, mas não tão surpreso assim quando ele lhe disse que parou por causa de John.

Como John estava morto e Dean agora era livre, não tinha motivo para ele não voltar a fazer o que gostava.

E agora ele estava lá, no mar, surfando lindamente apesar de não ter feito isso por anos. Castiel estava feliz por ele e orgulhoso, porque Dean finalmente estava vivendo a vida que queria e merecia.

Senhor Winchester// Destiel AboOnde histórias criam vida. Descubra agora