Capítulo 89: Krissy Chambers

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Castiel mordia a unha do polegar em um ato de nervosismo. Pouco menos de dois minutos atrás, ele o tinha deixado com Benny no banco de trás do carro, dizendo que iria "resolver a situação".

Ao seu lado, olhando constantemente para as ruas através das janelas blindadas, Benny tinha uma arma em mãos, apoiada na cocha, uma expressão focada no rosto.

— Não vai me contar o que tá' acontecendo? — Castiel perguntou, olhando para o amigo.

— Eu também não sei.

— Não mente pra' mim.

— Eu não sei, Cass! O Dean está averiguando com os outros seguranças, mas ainda não sabemos do que se trata. Agora relaxa, o estresse não vai fazer bem.

— Não me manda relaxar quando pode ter alguém querendo matar o meu noivo! — Novak recusou, acertando o banco na sua frente com o punho. — Quando essa merda vai acabar? Quando vou poder parar de olhar por cima do ombro, porra?!

— Dean se faz essa pergunta desde que se entende por gente. A resposta é que você não vai. Nunca.

Castiel suspirou e balançou a cabeça, apoiando a testa no banco que tinha acabado de socar. Ele deu um pulo de susto quando alguma coisa se chocou contra sua janela. Quando olhou, ele pôde ver um arranhão no vidro blindado. Arregalou os olhos quando outro projétil bateu na janela.

Uma bala de sniper.

— Benny, tem um sniper!

— O quê?! — o Lafitte indagou, se virando para o amigo no exato momento em que outra bala atingiu o vidro, causando arranhões cada vez mais profundos. — Aí, que merda! — xingou, pegando o rádio de comunicação. — Eu preciso de reforços agora! Tem a merda de um sniper aqui!

•°•

Dean andou calmamente pela rua, como se estivesse simplesmente indo resolver algo antes de voltar para casa. Ele sabia que a garota o seguia. Além do fato de ela não ser nem um pouco sutil, os seguranças o avisavam de cada passo dela através da escuta que ele usava.

Ele seguiu o caminho, sendo guiado para um beco entre dois prédios que seriam demolidos em breve, para dar lugar a um super mercado.

Ele entrou no beco e não demorou a começar a ouvir os passos dela. Parou e se virou, dando de cara com a menina que apontava uma pistola para si.

"Já temos um homem no telhado a direita. Qualquer movimento no brusco e ela morre antes de bater no chão"

Dean olhou para ela, que não parecia ter nem dezoito anos, que tremia enquanto segurava a pistola.

— Qual o seu nome?

— Não, não temos tempo para isso. Vocês matou o meu pai, quero saber o porquê. Responda rápido ou vai se arrepender muito!

— Qual era o nome do seu pai?

— Lee Chambers.

— Eu não sabia que ele tinha filhos.

— POR QUE VOCÊ MATOU ELE?!

Dean ergueu as mãos em rendição quando ela gesticulou com a arma, pensando brevemente na melhor forma de contar. Apesar de ser só uma criança, ela parecia bem disposta a atirar.

— Ele era meu segurança, mas se aliou a um fornecedor rival. Tentou sequestrar meu ômega e entregar para ele. Seu pai bateu no meu cachorro. — contou, fazendo uma careta ao se lembrar. — Eu sei que deve ser difícil para você e sinto muito, mas você é jovem. Pode arrumar sua vida.

O queixo dela tremia, um claro sinal de que tentava não chorar. A menina fechou os olhos e respirou fundo, o peito subindo e descendo lentamente enquanto se acalmava. Ela abaixou a arma.

Senhor Winchester// Destiel AboOnde histórias criam vida. Descubra agora