Capitulo trinta e seis

19 5 2
                                    

Frederico

O que eu fiz? Como eu pude fazer isso com ela? Aretha não vai me perdoar nunca, mais um pouco disso foi culpa dela também pra que me provocar? pra que falar na minha cara que ela queria transar com ele? dizer que tem nojo de mim.
Ligo pra ela e ela não atende, deve estar atrás dele, pra que esse infeliz voltou? Porque não continuou no buraco em que estava todo esse tempo.

Estava sentado no sofá com um copo de whisky perdido em meus pensamentos mais o barulho da campainha me despertou, me levantei e abri a porta.

- Como você tem coragem de aparecer em minha casa? Perguntei assim que vi aquele desgraçado.

- Vim aqui pois precisamos acertar alguns assuntos pendentes. Luiz estava com um tom de voz estranho.

- Eu não tenho nada pendente com você agora vai embora. 

Tentei fechar a porta mais ele a empurrou e entrou.

- Como você pode ser tão sórdido Frederico? Quando foi que você se transformou nesse monstro?

- Eu não tenho que escutar esses desaforos dentro da minha própria casa, vai embora!

- Forçar uma mulher a transar com você, tentar abusar da mulher que você diz que ama, que amor doentio é esse?

- O que? você esta louco? 

- Será que sou eu o louco aqui?

- Aretha e eu somos casados e é meu direito de marido fazer amor com a minha esposa.

- Não Frederico não é, é o seu dever respeitar uma mulher quando ela não quer ir pra cama com você, agredir ela e tentar abusar dela a força isso é crime e não direito.

- Quem é você pra vir dar lição de moral em mim Luiz Marcelo? o cara que abandonou a noiva gravida e deixou ela a própria sorte e sumiu durante anos.

- Foi bom tocar nesse assunto, você sabe bem que eu não abandonei ela.

- Ah me poupe.

- Sabe Frederico tinha uma coisa que estava martelando em minha cabeça, como o avião deu problema no meio da viagem se sempre a manutenção estava em dia, se era feito a checagem em cada ida e volta das viagens.

- Falha ou pane no motor talvez.

- É talvez né, também pensei nessa hipótese mais sabe pra mim a explicação mais plausível é que foi uma sabotagem, um ato criminoso.

- Você endoidou de vez, se bem que agora acredito que você bateu mesmo com a cabeça.

- E ai pensando em tudo isso me lembrei que o dia que fui viajar foi o mesmo dia que contei a você que Aretha e eu íamos ter um filho e você teve aquele acesso de raiva.

- O que? você tá querendo dizer o que com isso?

- Pois bem, juntando todas as peças, o seu ataque de raiva, eu voltar e saber que vocês estão casados, você odiar o fato de eu estar vivo, você tentar abusar de Aretha por raiva, tudo isso deixou uma coisa muito clara pra mim.

- Saia da minha casa eu vou chamar a policia!

- Você armou aquele acidente não foi? Foi você que tentou me matar Frederico!

- Você está louco!

- Admite que você queria se livrar de mim pra ficar com ela, pra ficar com a vida que era minha, por inveja ou obsessão.

Essa acusação de Luiz estava me deixando com ódio, cheguei bem perto dele menos de um palmo nos separava.

- Você esta me acusando Luiz Marcelo? Disse a ele serrando os dentes.

- Eu vou descobrir o que você armou e vou te por na cadeia Frederico.

Perdi totalmente o controle e dei um soco em seu rosto rapidamente ele me devolveu e então entramos em uma luta corporal, logo escutei gritos.

- Para! Para! 

Aretha gritava, logo senti braços me segurando olhei e vi que era meu pai e vi também que aquele desgraçado do Luciano segurava Luiz.

- Saiam todos da minha casa! Saiam daqui! 

Eu não queria mais ninguém ali, queria ficar sozinho eu estava cego de ódio, por mim eu mataria agora mesmo Luiz Marcelo com minhas próprias mãos.

- Eu vou investigar e se ficar comprovado que você sabotou aquele avião pode ter certeza que dou a minha vida mais irei fazer você apodrecer na cadeia!

- Saia daqui! Acabei tacando a garrafa de whisky que estava na mesinha, acertou na parede mais alguns cacos de vidro acertaram o braço de Aretha.

- Ai. Ela gritou segurando o braço assim que sentiu, o sangue começou escorrer e nessa hora algo limpou toda a nevoa negra de ódio que eu estava sentindo, quando a vi ali se agachando de dor e sangrando meu coração parou.

" O que eu fiz"

- Meu amor me perdoa, não queria te machucar.

Tentei chegar perto dela mais Luiz entrou na frente.

- Fica longe dela, você já a machucou de mais e nunca mais irei deixar você machuca-la de novo.

O que? aquele desgraçado acha que agora ele dita as ordens, ele pensa que Aretha ainda é dele?

- Eu sou o marido dela esqueceu, já você não é ninguém.

- Parem, já chega os dois! Meu pai gritou entrando no meio de nós e empurrando um para cada lado.

- Venha filha vamos ao hospital. Meu pai chamou Aretha enquanto a ajudava se levantar.

- Pelo que vejo precisará dar pontos. Ela disse enquanto tirava a mão do ferimento para analisá-lo.

 -Eu irei com vocês. Aquele verme do Luiz se ofereceu.

- Não, seu pai irá me levar não quero ninguém mais. Ela disse ríspida olhando pra nós dois.

- Vamos acertar nossas contas Frederico, espera só. Aquele desgraçado me ameaçou enquanto Luciano o puxava para fora. 

Todos saíram e eu fiquei ali, impotente e com raiva.

DO AMOR AO CAOSOnde histórias criam vida. Descubra agora