DO AMOR AO CAOS

Capitulo dez

Aretha

O relógio marcava 22:30, eu estava deitada na cama e ele se vestindo, a alguns dias trouxemos algumas roupas e comida para nosso apartamento já que aqui era nosso refugio todos os dias após o trabalho, já estava quase na hora do Luiz ir para o aeroporto, meu coração estava apertado não queria ficar sem eles esses dias. Ele vendo olhando-o e com uma cara pensativa veio até mim.

- O que foi meu amor? já esta sentindo saudades?

Olhei pra ele e não sei meu peito estava apertado com uma sensação estranha mais não quis preocupa-lo com bobagens, acho que estou mais emotiva por conta da gravidez.

- Sim, você nem foi e já estou morrendo de saudades.

- Eu também, mais são só três dias prometo que vou te recompensar muito.

- Eu tenho certeza que vai.

- Amor, quando eu vou vamos dar a noticia sobre a gravidez pra nossa família.

- Sim, a tarde pedi a Flavia para passar no hospital e contei a ela, ficou doida de felicidade e já se candidatou a madrinha.

- Ótimo, também contei para Luciano e disse a ele que gostaria que ele fosse o padrinho e ele já me intimou a chamar Flavia para madrinha, você sabe que ele tem uma queda por ela desde a escola.

- Eu sei, e sinceramente acho que ela também.

Rimos sobre a situação dos dois, e Luiz veio até a cama e se sentou do meu lado.

- Meu amor, dorme aqui hoje está muito tarde pra você dirigir até em casa, sabe que São Paulo é perigoso.

- Sim, irei ficar por aqui.

Nos abraçamos e demos um longo beijo e Luiz fez aquele gesto que amo, agarrou suavemente meu rosto com suas mãos e beijou a ponta do meu nariz.

- Eu te amo, amo vocês dois logo estarei aqui do seu lado, e marcaremos a data do casamento o quanto antes.

- O que acha se marcarmos pra daqui uns 5 ou 6 meses, acho que seria especial entrar na igreja vestida de noiva e com a barriguinha mostrando que nosso amor já deu um frutinho.

- Seria lindo.

Os olhos de Luiz se encheram de lagrimas e eu como uma manteiga derretida não me controlei e senti as lagrimas molhando meu rosto.

- Volta logo pra mim meu amor, vou morrer de saudades.

Luiz levantou e pegou sua pequena mala.

- Também irei sentir saudades.

Foi saindo do quarto e eu o acompanhando até a porta, assim que ele a abriu se virou e me deu mais um curto beijo.

- Toma cuidado meu amor.

- Eu sempre tomo, ligo assim que pousar em Buenos Aires.

Se virou e saiu rumo ao elevador, assim que entrou e as portas fecharam eu entrei para dentro de casa, meu coração estava angustiado eu não entendia o porque, pois ficamos longe tantos anos e eu já estava acostumada com a distancia, mais hoje a sensação era diferente não sabia explicar.

"Bobagem Aretha, você só esta mais sensível, nada como uma boa noite de sono para acordar renovada"

Fui até a cozinha, peguei um copo e me servi de agua bem gelada olhei para o balcão.

" HUMM bolachinhas de nata, Luiz sabe que são minhas favoritas"

Peguei o vidro levei até o balcão onde havia umas banquetas e comi algumas, logo meu estomago estava reclamando.

"Droga" 

Corri para o banheiro e coloquei tudo para fora, o complicado no inicio de gravidez é isso os enjoos, me lavei e resolvi procurar minha cama.

"Vou dormir, amanhã será um longo dia"