Acaso! Our Serendipity.

Dynamite

CHRIS ON..

Escuto sem querer a conversa dos dois e no susto acabo derrubando algumas pastas que carregava. Me apresso em recolher tudo e logo vejo um par de mãos me ajudando. Subo meu olhar vagarosamente até encontrar o olhar de um Chae desesperado.

- Obrigada senhor Chae. - Seguro meu material firmemente, me desculpo pelo ocorrido e começo a me retirar.  Vejo os dois ainda parados um encarando o outro e aquilo mexeu comigo. O rapaz parecia muito ressentido e não sei por qual motivo resolvi me meter.   -Desculpa se estou sendo inconveniente,  mais não será bom que a conversa de vocês seja ouvida por mais ninguém. - Volto até Chae que me olha surpreso. - Aqui pegue essa cópia da chave da minha sala. Vão conversar lá e fiquem a vontade, só feche tudo depois sim?!

- Não precisa disso. - Chae se apressa em dizer.

- Precisa sim e sua julgar por sua reação ao ver o rapaz, essa conversa precisa ser em algum lugar tranquilo e privado. - Cochicho para ele que se afasta ainda mais surpreso.

- Como você... - Apenas coloco a chave em suas mãos e me afasto.

- Eu não sei de nada. Apenas aceite.
- Me despeço dos dois e me afasto. Já no carro fico pensando e repassando mentalmente todas as atitudes de Chae  e minha conclusão e simples, seu tio deve ter algo a ver com sua separação.

CHAE ON...

Aquilo foi surpreendente. Nunca esperei  que ela fosse me ajudar. Será que meu medo de sermos visto era tão grande que deixei ela perceber?

Enquanto meu pensamento  vaga por entre possibilidades, Ye Jun parece ainda perdido com o acontecido.

- E então.... vai me responder ou não.
- Sua voz faz meu coração acelerar novamente e mais que depressa pego em sua mão e me apresso em entrar na sala de Chris.
- Não me puxe assim, está sendo indelicado.- Ele reclama e por puro impulso assim que entramos e a porta está fechada, o beijo. Senti tanta falta desses lábios suaves e do cheiro de sua pele. Ele não resisto as minhas investidas e apenas se rende completamente. Sinto suas mãos começarem a adentrar por debaixo da camisa que vestia e isso me tirou do transe em que estava. Separo nossos corpos de forma lenta.... eu não queria, mas tínhamos que parar.

- Não podemos. - Digo ofegante.

- Eu não entendo. Esse beijo só prova que você me ama ou pelo menos me deseja tanto quanto eu te amo e desejo. Para de brincar comigo e me fala a verdade. - Quanto mais ele falava, maior era a minha vontade de chorar.

- Ye jun! Existem tantas coisas que eu queria te falar, tantas. - Falo segurando seu rosto entre meus dedos.

- Pois diga!- Ele deposita suas mãos sobre as minhas. - Seja o que for, podemos lidar com isso juntos.

Eu queria tanto ter coragem pra contar a verdade, mais não posso envolver ele nisso.

- Entenda.... eu te amo, mais isso entre nós não pode acontecer, não agora. É para seu próprio bem, estão  fique longe  de mim. - Retiro minhas mãos de seu rosto e reunindo todas as minhas forças, abro a porta e peço  que vá embora.

- Achei que tínhamos algo único, me enganei. Você disfarçou muito bem  seu pré-conceito. - Ele passa por mim e já no corredor olha em meus olhos uma última  vez. - Não se preocupe, não vai voltar a ter este tipo de problema. - Ele parte a passos firmes e meu mundo vem abaixo uma segunda vez. Fecho a porta e desabou naquele pequeno sofá. Me lembro de chorar até adormecer.

CHRIS ON...

Agora que as coisas começaram  a ser flexibilizadas, Jimin tem passado algumas noites comigo, claro quando não tem gravação ou quando não está filmando algo. Hoje é  uma dessas noites. Mesmo cansado do longo dia que teve, ele vem ficar comigo então peço  algo que amamos comer, porém evitamos, especialmente agora com o volume de trabalho.