capítulo dezenove

409 46 10
                                    

— Que bundão.

— Ei! Essa fala é minha!

Louis ri, andando atrás de mim, abrindo os armários. Meus olhos o seguem até que Louis parasse na minha frente.

— Quer sushi? — indaga ele, beijando a minha bochecha e caminhando até a geladeira, com um prato em mãos. — Sobrou de ontem.

— Quero — respondo, guardando os pratos que havia lavado segundos atrás.

Ele pega a caixinha das sobras do jantar de ontem na geladeira, jogando tudo no prato de qualquer jeito.

— Pega garfo e vamos assistir The Office, sim? — diz Louis, sorrindo para mim e saindo da cozinha.

Louis está levando muito a sério isso de me deixar descansando. Já faz dois dias que eu não saio de casa — e nem ele — e nós não estamos fazendo nada, absolutamente nada, além de assitirmos série e ficarmos deitados. Eu não estou reclamando, porque Louis é adorável cuidando de mim... Mas eu só quero fazer algo útil.

Já implorei umas trezentas vezes para Louis me levar ao restaurante. Não precisava nem trabalhar; só ficar alí já era ótimo. Eu ia me sentir útil de qualquer forma.

Minhas costas estão bem melhor, por outro lado. E eu não vejo a hora de voltar a trabalhar e fazer algo de bom ao planeta Terra.

— Amor! Cadê você?!

— Tô indo!

Pego os garfos e aproveito para pegar algum suco de caixinha para nós dois. Também pego um iogurte para Florence, que estava, também, na sala com Louis.

Volto para a sala e entrego os garfos para Louis e me agacho no chão, entregando o iogurte de saquinho para a filhote, que agarra a bebida com as duas mãozinhas.

— O Jim me lembra daquele namorado da Anna, de Frozen — diz Louis, enfiando uma garfada de Uramaki de salmão na boca.

Eu arregalo os olhos, assentindo freneticamente. Eu sabia que ele me lenbrava de alguém.

— Ele é igual ao Kristoff! Nossa, sim!

— Né?!

Eu bebo um gole do suco de caixinha, me virando para Louis, enquanto reprimo um sorriso.

— O Jim é gostoso, né? Queria ser a Pam.

Louis, na hora, fecha a cara e olha para mim com os olhos cerrados. Eu sinto vontade de gargalhar.

— Gostoso é o meu- Olha, Harry Edward Styles, eu vou ter respeito a essa criança sentada no chão e vou calar a minha boca.

Suas mãos apertam o garfo tão forte que acho que o objeto vai entortar.

Eu reviro os olhos, rindo silenciosamente. Meu corpo se inclina para perto do dele e a minha mão vai até o seu rosto, agarrando suas bochechas e forçando-o a olhar à mim. Ele me olha com raiva.

— Meu amor, eu estava brincando — digo, beijando o canto de seus lábios, sujos de shoyu. — Você é o único homem gostoso desse mundo. Único. Você é perfeito e eu sou totalmente apaixonado por você. Agora, deixe desse ciúme e me dá um selinho, por favor.

Ele, emburrado, junta os nossos lábios em um selinho com gosto de shoyu e eu sorrio contra os seus lábios.

— Eu te adoro — sussurro, alisando seus cabelos. — Você é perfeito e eu não sei como conseguiria viver sem você.

— Te adoro, também — diz Louis. Ele ainda está emburrado.

— Amor, acha mesmo que eu iria querer ser a Pam e perder a oportunidade de ter o único Louis Tomlinson, no mundo inteiro, só para mim? Pois você, meu bem, você está muito enganado.

𝙏𝙤𝙢𝙡𝙞𝙣𝙨𝙤𝙣'𝙨 𝙇𝙤𝙪𝙣𝙜𝙚 (𝗳𝗶𝗰 𝗵𝗲𝘀+𝗹𝘄𝘁)Onde histórias criam vida. Descubra agora